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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Wikileaks volta a fazer das suas

Mais uma bronca diplomática, e das grandes, após a Wikileaks ter divulgado mais documentos secretos.
Depois de uma primeira divulgação de documentos classificados de altamente confidenciais, há alguns meses atrás, sobre as operações militares dos Estados Unidos, a Wikileaks voltou à carga e começou a divulgar mais outro lote de documento "top secret".

Segundo o fundador da organização, Julian Assange, quando questionado sobre se os novos documentos diziam respeito ao Iraque ou ao Afeganistão, "os documentos que nos preparamos para publicar dizem respeito a todos os grandes assuntos em todos os países do mundo".
Para além de disponibilizar esses documentos no seu site, a Organização distribuiu muitos desses documentos por jornais de grande relevo internacional, tais como El Pais, Le monde, Spiegel, Guardian e o New York Times.

Estes documentos, que incluem muitas comunicações entre os Estados Unidos e as suas embaixadas espalhadas pelo mundo inteiro, prometem causar o pânico nas relações internacionais dos Estados Unidos e com muitos países e entidades internacionais.
Nos documentos podem ler-se descrições e caracterizações que os serviços secretos fazem de inúmeros líderes políticos, tais como Angela Merkl, Zapatero e outros, as quais geralmente não são nada abonatórias para os mesmos.
Revelam também que Washington ordenou que fosse espiado o Secretário-geral da ONU, inclusive tentar descobrir as suas passwords de acesso aos sistemas informáticos, bem como outros funcionários de relevo desta Organização.

Os Estados Unidos tudo fizeram para tentar evitar que estes documentos fossem publicados, alegando que a segurança de muitas pessoas e entidades ficariam em risco, bem como as relações internacionais com outros países.
A verdade é que estes argumentos não sensibilizaram a Wikileaks que não se privou de os divulgar.

Estas noticias e factos que agora se vão começar a saber podem mesmo colocar em risco as relações entre os Estados Unidos, considerados como a maior potência mundial e um dos principais intervenientes, para o bem e para o mal, nas principais negociações diplomáticas mundiais.
Resta mesmo saber como esses outros líderes mundiais vão receber as notícias de que andavam a ser espiados e os adjectivos nada simpáticos com que foram brindados por diplomatas americanos e serviços secretos que trabalhavam nos seus países e que apresentavam como aliados.
Provavelmente nada voltará a ser como dantes nas relações internacionais e na diplomacia americana, que passara a ser olhada com outros olhos.

JP

1 comentário:

Elvascidade disse...

Gostava de ler a caracterização dos nossos políticos. Deve ser bonita!