Antes de saires de casa presta atenção

sábado, 30 de abril de 2011

Sugestão Dual (#70)

Este fim-de-semana, se a meteorologia não o comprometer, vai ter lugar em Elvas, mais concretamente no Clube Escola de Ténis (CETE) mais um torneio satélite do ATP Alentejo Tour Masters organizado pela Academia de Ténis de Portalegre e em parceria com a Câmara Municipal de Elvas e o CETE.

O torneio tem a categoria de Masters 1000 que é como quem diz, o segundo mais importante do circuito ATP Alentejo Tour Masters, tendo prize Money para os quatro primeiros classificados.

As amantes da modalidade fica a sugestão dual!

São Mais Dualidades!!!
NP

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Contra factos não há argumentos

Hoje vai falar-se de duas coisas. De um lado, o sexo feminino, vai falar do tal casamento que vai acontecer lá nas ilhas.
De outro lado, os gajos (pelo menos a maioria. Há sempre aqueles que ligam a casamentos reais e afins :) ), vão falar de bola.

E a grande maioria dos gajos que hoje vão falar de bola, creio eu, vão acabar por dizer que contra factos não grandes argumentos.
Vão falar da vitória merecida, mas escassa, de ontem do Benfica sobre o Sporting de Braga mas certamente também vão falar da performance do Porto.
Obviamente que no serão de ontem estive ligado na SIC e sobre o jogo do Porto limitava-me a ir acompanhando a evolução do resultado.
Quando o jogo se encaminhava para o intervalo e o zero a zero insistia em manter-se pensava que desta vez o Porto iria ter mais dificuldades do que nos últimos jogos europeus que fez em casa. Imediatamente depois, com o golo dos espanhóis e o intervalo o meu pensamento mudou para “Acho que desta não se safam”.

Pois... o resultado final do jogo prova que estava muito enganado. O Porto, depois de chegar ao intervalo a perder por 0-1, bastou-lhe a segunda parte para enfiar 5 golos no 4º classificado do campeonato espanhol, para um resultado final de 5-1. Sem grandes comentários a fazer. Resultado tão desnivelado que não é muito normal em jogos de competições europeias, principalmente chegados a esta fase da prova.

Não há muito mais a dizer. O Porto praticamente tem o seu lugar assegurado na final de Dublin. Só uma hecatombe gigantesca é que lhe tiraria essa presença.
E chegará a essa final como o grande favorito para a ganhar. Cabe a Benfica e Sporting, na próxima semana, acabarem de decidir quem lhe irá fazer frente e tentar contrariar todo esse favoritismo.

Independentemente de ser Benfica ou Braga, vai fazer-se história no desporto português e europeu. Pela primeira vez na história, uma final das competições europeias será disputada por dois clubes portugueses. Sem dúvida inédito e de grande destaque.

JP

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Casamento Real


As revistas cor-de-rosa batem palmas de contentamento...adivinha-se muito trabalho, mas boas vendas.

Nem a crise e muito menos o FMI vão impedir o sexo feminino de abrir as carteiras e gastar algumas moedas nas mais representativas revistas que lhe permitam, sem ter posto lá os pés, conhecer o mais ínfimo pormenor do casamento da década…o vestido da noiva, a farda do noivo, os chapéus das convidadas, a igreja, etc, etc…

É incrível a capacidade que as mulheres têm de analisar a indumentária das suas congéneres e depois descrevê-la com todo o rigor e detalhe.

Isto de ser gajo permite-nos uma abordagem bastante mais simplista da coisa, uma vez que os parâmetros em análise são claros e objectivos.

O mundo está suspenso à espera de assistir ao casamento do Príncipe William e da sua noiva, Kate Middleton.

Apesar da família real inglesa não ser exemplo nem referência para ninguém, veja-se de que ângulo se veja a questão, a verdade é que tem o fascínio de atrair multidões e de criar o verdadeiro contexto de conto de fadas.

Talvez porque sejam os monarcas de uma potência como o Reino Unido, com séculos de história e grande influência no contexto internacional, autores do idioma comum com o qual o mundo dialoga e colonizadores da grande potência que são os Estados Unidos. A família real inglesa será porventura a maior forma de inveja dos americanos em relação aos seus colonizadores.

Pensava eu nisto tudo quando me vieram à cabeça as imagens do casamento dos pais do noivo. Entre as duas datas passaram trinta anos…por incrível que me pareça. TRINTA ANOS??? O grave é que me recordo mesmo da transmissão televisiva.

Na altura a jovem e inocente Diana parecia encantado com o mastronço do príncipe inglês, mais velho e devendo pouco a beleza. O casamento ainda durou algum tempo, mas a separação foi inevitável, contrariando todas as seculares tradições da realeza inglesa. Diana com a sua beleza e forma de ser e estar fez estremecer os Windsor e obrigou-os a abrirem-se ao mundo. Depois dele nada voltou a ser igual por aquelas paragens.

Um acidente foi-lhe fatal no ano de 1997...

Amanha o primogénito da princesa sobe ao altar e o mundo terá os olhos postos nele.
Deseja-se-lhe uma sorte bem diferente...

São Mais Dualidades!!!
NP

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Facebook para Lellos

Continuamos em grande. O país contínua económica e financeiramente na merda e já começamos a ouvir falar de possíveis medidas de austeridade que poderão ser impostas pelos membros do FMI e da União Europeia, como é o caso da possibilidade dos subsídios de férias e Natal dos Funcionários Públicos poderem ser pagos em Títulos do Tesouro. Na prática, chegada a altura devida de receber esses subsídios, os trabalhadores do Estado, em vez de verem os euros cair na sua conta bancária, vão receber um papelinho muito bonito que diz que poderá ser trocado por dinheiro. Mas daqui a uns bons anos. Até lá, podem pendurá-lo na parede da sala para ajudar na decoração e dar com os sofás.
Os trabalhadores do público que se vão preparando. Os do privado, para já, vamos continuando na expectativa daquilo que se irão lembrar para não se esquecerem de nós.

Enquanto isso, a nossa classe politica e aqueles que nos (des)governam continuam no seu melhor.
Tal qual aqueles que há muitos anos receberam casas de mão beijada no Bairro de São Pedro, em Elvas, e em pouco tempo as conseguiram praticamente destruir e muitos outros que por Elvas e pelo resto do país andam sem fazer a ponta dum corno, apenas à espera que o subsídio chegue ao fim do mês, o Lello do Partido Socialista também é um óptimo exemplo do que significa sustentar alguém à espera que faça alguma coisa de produtivo para o bem da sociedade.
No início sempre temos a esperança, mas ao fim de alguns anos (ou legislaturas, se preferirem) acabamos por perceber quando alguém não tem qualquer utilidade. Apenas teve a sorte de ter os amigos certos para chegar ao lugar certo.

A cena que ontem se soube, passada com o Lello, é mais que demonstrativa que estamos entregues às mãos de palhaços ignorantes.
O ignorante do senhor José Lello, Deputado pelo Partido Socialista, convencido de que andava a brincar aos chats privados no Facebook com os seus amiguinhos, qual puto da escolinha, publicou nessa rede social uma mensagem em que dizia "Este presidente é mesmo foleiro". Tão bem fez a coisa, que a mensagem acabou publicada de forma pública, acessível a toda a gente.
E isto porquê?! Simples! Porque o Presidente da República não convidou os Deputados para a cerimónia do 25 de Abril, realizada no Palácio de Belém.
No entender do Lello, o Presidente deveria ter convidado os 230 marmanjos da Assembleia para irem até lá. Certamente para serem mais uns a beberem uns Martinis e comerem umas entradas à pala do contribuinte.
O Lello já devia estar farto de brincar no MSN, no Twitter e no Facebook e apetecia-lhe sair a apanhar um bocado de ar e nada melhor que ir até ao Palácio dizer umas piadolas e dar umas entrevistas. Como não foi convidado, amuou!

Depois de ser aperceber da porcaria que tinha feito, foi vê-lo a correr de Televisão em Televisão a dar entrevistas e a justificar-se. E perdoem-me a opinião, mas a justificação que deu para o sucedido foi ainda mais patética e hipócrita do que o próprio "engano".
Segundo ele, "Se eu dissesse em politiquês o que pensava, teria dito que o senhor Presidente não tinha sido suficientemente abrangente para incluir os partidos políticos e os demais parlamentares naquela que era a festa do 25 de Abril".
Se alguém ainda achava que politico não é hipócrita, aqui cai a teoria por terra.

Numa altura em que estamos a viver num lamaçal de problemas e dividas, os nossos dirigentes políticos, em vez de se preocuparem com o que realmente é importante para nos conseguirem tirar daqui o mais depressa possível, comportam-se com a maior das leviandades e irresponsabilidades e entretêm-se com tretas que só ajudam a enterrar-nos ainda mais.

Se bem se lembram, foi este mesmo Lello que há uns meses/anos fez um escândalo em plena Assembleia da República porque se sentia incomodado por os jornalistas presentes na Assembleia se sentarem por trás do Deputados e poderem ver o que estes tinham nos ecrãs dos seus computadores. Agora percebo o porquê de tanto incómodo. O Lello não tinha privacidade para manter as suas conversas nos chats e actualizar o seu Facebook. Não há condições!

Para terminar, ao Engenheiro Lello, eu deixo uma sugestão. Se já ouviu falar num programa que o seu Governo pôs em prática há uns anos, chamado de Novas Oportunidades, e que servia essencialmente para passar diplomas avulso, sugiro-lhe que investigue se por lá não têm um curso de uma conhecida colecção. Em português e para ele seria, "Facebook para Totós".
Certamente que se mesmo assim tivesse dificuldades em concluir o curso com sucesso, não seria nada que uma ida à escola num Domingo não resolvesse.

JP

terça-feira, 26 de abril de 2011

Um 25 de Abril diferente...

Num desabafo Otelo Saraiva de Carvalho diz que se arrependeu de o fazer, mas a verdade é que também esteve no Palácio de Belém para uma edição diferente das comemorações do 25 de Abril.

Com um governo demissionário e eleições antecipadas ao virar da esquina, os 37 anos da revolução não tiveram lugar na Assembleia de Republica e, pela primeira vez, juntaram as quatro figuras que, pós 25 de Abril, ocuparam o cargo de Presidente da Republica : Cavaco Silva, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio.

O convite partiu de Cavaco Silva e mostrou ao país um exemplo de unidade, com vários recados dirigidos aos partidos com assento parlamentar.

Cada um ao seu estilo, todos procuraram fazer um retrato da situação actual, mas a minha preferência recai na oratória de Jorge Sampaio. O antecessor de Cavaco Silva foi capaz de ir ao detalhe da questão e apontar o dedo aos políticos mas também aos cidadãos, repartindo por todos as culpas do cenário em que nos encontramos. Com pés e cabeça e sem receios, Jorge Sampaio acusou alguns políticos de não terem capacidade para as funções que ocupam, mas também aos cidadãos que muitas vezes só sabem reclamar direitos mas que nem sempre cumprem os seus deveres.

Oxalá toda a classe politica tivesse essa clarividência e por certo a sua forma de actuação seria mais próxima da expectativa dos eleitores, reduzindo o fosso que actualmente conhecemos.

A presidir a assembleia presente no palácio, Maria Cavaco Silva foi também anfitriã das suas três antecessoras : Manuela Ramalho Eanes, Maria Barroso e Maria José Rita.

Estou de acordo com Miguel Sousa Tavares na sua crónica das segundas-feiras no Jornal da Noite da SIC. As celebrações, nos moldes em que foram realizadas, dizem muito mais aos portugueses do que a habitual sessão solene na Assembleia da Republica, com a larga maioria de deputados munidos de cravo ao peito e outros tantos, menos vinculados a esse símbolo, acredito que por posicionamentos políticos.

A união entre estes quatro casais cujas vidas estão intimamente ligadas ao presente e ao passado de Portugal vai estar também presente num livro escrito pela jornalista Alberta Marques Fernandes a ser publicado há poucos dias, sob o titulo "As primeiras damas" onde vão ser dadas a conhecer as historias de vida destas Senhoras que, apesar de em segundo plano, ajudaram os maridos a cumprir da melhor forma as suas funções. Estão prometidos alguns episódios próprios da função e que todos desconhecemos. Parece interessante!

E depois de quatro dias de descanso, coisa que não deve ter agradado muito aos senhores do FMI, a semana de trabalho espera-nos...felizmente mais curta!!!

São Mais Dualidades!!!
NP

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um pouco de história: o 25 de Abril

Na madrugada do dia 25 de Abril de 1974 Lisboa assistiu a um movimento militar inusual: a Revolução dos Cravos. Homens e veículos avançam, através da noite, pela capital do império e vão ocupando, sem resistência visível, vários alvos estratégicos, com o objectivo de derrubar o regime vigente.

Os militares golpistas, auto denominados Movimento das Forças Armadas – MFA – são comandados, secretamente, a partir do Quartel da Pontinha, em Lisboa, por Otelo Saraiva de Carvalho, um dos principais impulsionadores da acção.

A par das movimentações em Lisboa, também no Porto os militares tomam posições. São ocupados o Quartel-General da Região Militar do Porto, o Aeroporto de Pedras Rubras e as instalações da RTP na cidade invicta.
Aos homens da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandados por Salgueiro Maia, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço e dos ministérios ali instalados. A coluna de blindados vindos da cidade ribatejana chega a Lisboa ainda o dia não tinha despontado, ocupa posições frente ao Tejo e controla, sem problemas aquela importante zona da capital.

Mais tarde Salgueiro Maia desloca parte das suas tropas para o Quartel do Carmo onde está o chefe do governo, Marcelo Caetano, que acaba por se render no final do dia com apenas uma exigência: entregar as responsabilidades de governação ao General António Spínola, oficial que não pertencia ao MFA, para que “o poder não caía nas ruas”. O Presidente do Conselho, que anos antes tinha sucedido a Salazar no poder, é transportado para a Madeira e daí enviado para o exílio no Brasil.

Ao longo do dia os revoltosos foram tomando outros objectivos militares e civis e, pese embora tenham existido algumas situações tensas entre as forças fiéis ao regime e as tropas que desencadearam o golpe, a verdade é que não houve notícia de qualquer confronto armado nas ruas de Lisboa.

O único derramamento de sangue teve lugar à porta das instalações da PIDE (Polícia de Investigação e Defesa do Estado) onde um grupo de cidadãos se manifestava contra os abusos daquela organização e alguns dos agentes que se encontravam no interior abriram fogo, atingindo mortalmente 4 populares.
Por detrás dos acontecimentos daquele dia 25 de Abril estão mais de 40 anos de um regime autoritário, que governava em ditadura e fazia uso de todos os meios ao seu alcance para reprimir as tentativas de transição para um estado de direito democrático.

A censura, a PIDE e a Legião e a Mocidade Portuguesas são alguns exemplos do que os cidadãos tinham de enfrentar no seu dia-a-dia. Por outro lado, a pobreza, a fome e a falta de oportunidades para um futuro melhor, frutos do isolamento a que o país estava votado há décadas, provocaram um fluxo de emigração que agravava, cada vez mais, as fracas condições da economia nacional.

Mas a gota de água que terá despoletado a acção revolucionária dos militares que, durante tantos anos tinham apoiado e ajudado a manter o regime, foi a guerra colonial em África. Com 3 frentes abertas em outros tantos países, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, os militares portugueses, passada mais de uma década, começavam a olhar para o conflito como uma causa perdida.

Internacionalmente o país era pressionado para acabar com a guerra e permitir a auto-determinação das populações das colónias. A falta de armas nas forças portuguesas era proporcional ao aumento de meios dos movimentos independentistas. Os soldados portugueses morriam às centenas a milhares de quilómetros de casa.

Todos estes factores contribuíram para um descontentamento crescente entre as forças armadas, sobretudo entre os oficiais de patentes inferiores, o que levou à organização e concretização de um golpe militar contra o regime do Estado Novo.
25 de Abril de 1974 ficará, para sempre, na história como o dia em que Portugal deu os seus primeiros passos em direcção à democracia.

Fonte:


JP

domingo, 24 de abril de 2011

As Escolhas dos Dualidades (#133)

Domingo de Pascoa!!!

A meteorologia parece ter dado uma trégua.

Para os cristãos é dia de festa por excelência. Celebra-se o mistério da ressurreição, da vida!!!

É dia de tradições familiares, de gastronomia requintada, de festa.

No nosso Dualidades é dia de escolhas musicais.

Se tiverem um tempinho, entre o convívio com os familiares e a degustação do borrego, ouçam, votem e digam de vossa justiça.

Dualidades JP

Dualidades NP

Boa pascoa!!!!

São Dualidades!!!
NP

sábado, 23 de abril de 2011

Sugestão Dual (#69)

Ao contrário do que aconteceu há duas semanas, quando escrevi a minha última sugestão Dual, o tempo para este fim-de-semana não se apresenta nada agradável. A Páscoa promete ser molhada e estragar o dia daqueles que tanto apreciam ir até ao campo "rebolar o vale" e comer o bom do folar.
Há duas semana sugeri que se aproveitasse o sol que se mostrava e as boas temperaturas, sugestão que seria a ideal para a Páscoa.
Como a meteorologia não parece muito cooperante, vou virar-me para uma sugestão de leitura. Vou sugerir como leitura o livro que tenho em cima da mesa de cabeceira: O cão de Sócrates.
Numa altura em que não há dia que não se fale de Sócrates e de tudo o que gira em terno dele e do seu Governo, eu vou falar nele mas numa vertente bem mais ligeira e descontraída. Mais concretamente, do seu cão. Pelo menos neste livro. :)

A personagem principal deste livro e o narrador do mesmo é o cão do nosso Primeiro-Ministro. Personagem e mascote inventada pelo autor do livro.
Um rafeiro que foi "adoptado" por José Sócrates, numa tentativa de ganhar uma imagem mais humana e fraternal.
Este livro, escrito por António Ribeiro e editado pela editora Esfera do Livros, é dedicado à sátira política e retrata a vida do animal de estimação do nosso Primeiro-Ministro, que ao longo do mesmo vai desvendando alguns dos seus segredos. Tudo a brincar, claro está. Ou talvez não.
Acredito que não é um livro que tenha sido escrito para ganhar muito prémios literários mas é certamente um livro com um conteúdo bem ligeiro, que ficciona algumas situações bem divertidas mas que algumas partes se cruzam com a realidade que todos suspeitamos.
Numa altura em que estamos todos cansados de coisas "pesadas", creio que este livro é um óptimo contraste, que se lê bem e introduz alguma ligeireza que às vezes sabe tão bem.

Um bom fim-de-semana de Páscoa para todos.

JP

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Páscoa outra vez!!!

O país real descansa...

Pena que a meteorologia não queira ajudar a que estes quatro dias possam ser passados ao ar livre, conforme as tradições habituais da quadra.

Como já tive oportunidade de partilhar convosco em anos anteriores, este é um dos meus fins-de-semana favoritos porque devolve a Elvas os filhos da terra. Por muito afastados que andem, por poucas visitas que façam à terra natal, as festas religiosas são sinónimo de família e é vê-los a chegar, mantendo vivas as tradições e enchendo a cidade de uma agradável vitalidade que, se lamenta, não tenha mais vezes ao ano.

São dias de convívio, de carregar as baterias afectivas e depois voltar, às rotinas dos grandes centros, certos de que, algures no Alentejo, Elvas e os entes queridos são e sempre serão um porto de abrigo.

Para quem insiste em permanecer por estas paragens, estes dias também são especiais pelo regresso daqueles com quem as circunstâncias da vida nos impediram de privar diariamente ou pelo menos mais frequentemente.

As mesas estão fartas.

A região é muito rica gastronomicamente. Comem-se as broínhas, as queijadas, as amêndoas, cuja dinâmica de mercado oferece cada vez maior requinte e variedade, os ovos de chocolate, que implicam um estreitar de laços entre padrinhos e afilhados, junta-se a família, assa-se o borrego que, podemos comer diversas vezes durante o ano, mas que tem um sabor especial no almoço do domingo de Páscoa.

As procissões continuam a sair à rua, talvez com menor fulgor que noutros tempos, mas a cidade dá sinais de continuar viva, apesar das crises, dos FMIs e outros que tais.

A antiga Sé é palco privilegiado de celebrações religiosas que, os que vem de fora têm orgulho em mostrar a quem os acompanha e que, os residentes, revêem ano após ano, nessa cadência serena e quase imperceptível do passar dos anos.

Logo à noite os bares vão estar invulgarmente cheios e sei que vou rever muitas caras da minha geração e dos quais há meses não tenho noticias. Pode até surgir uma ruga adicional ou serem mais evidentes os cabelos brancos, mas os sorrisos não enganam e serão genuínos como sempre, porque o tempo não dilui as amizades ditas verdadeiras.

Boa Páscoa para todos!

São Mais Dualidades!!!
NP

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tolerância precisa-se

Até me considero uma pessoa bastante tolerante mas há coisas que tenho muita dificuldade em entender.
Ficámos ontem a saber que o nosso senhor Primeiro-Ministro decidiu dar tolerância de ponto aos funcionários públicos na tarde de hoje, por ser véspera de Sexta-feira Santa. Estas coisas fazem-me muita confusão.
Acho que não é preciso, mais uma vez, estar aqui a pisar e repisar tudo sobre a situação de crise e dificílima que o nosso país atravessa, com mil e um problemas financeiros, falta de dinheiro nos cofres do Estado e de todos.
Em nome desta situação são-nos impostos cada vez mais restrições e mais limitações, obrigam-nos a pagar cada vez mais por tudo e mais alguma coisa, cortam-nos em tudo o que é benefício e, como se tudo isto não bastasse, temos o FMI instalado no nosso país a tentar perceber por onde mais nos podem esmifrar mais alguns euros.

O grande problema do nosso país é gastar mais do que aquilo que produz, ou seja, existe um claro problema de produtividade entre nós e o governo o que faz?! Dá tolerâncias de ponto.
Segundo o Despacho do nosso Primeiro, esta tolerância justifica-se pela “tradição existente no sentido da concessão de tolerância de ponto nos serviços públicos não essenciais na época da Páscoa”.
Que bela forma de aumentar a produtividade. Apetece-me dizer que eu também tinha como tradição não pagar IVA às taxas que pago hoje, poder deduzir no IRS muitas das coisas que hoje já não posso, pagar uma taxa de IRS inferior à que pago hoje e não ver colocada a hipótese de alguém retirar alguma parte do meu vencimento em nome da saúde financeira e da produtividade do país.

Sei perfeitamente que no meio de todo este enorme buraco uma tarde de trabalho dos Funcionários Públicos talvez acabe por ser uma coisa quase irrelevante, mas também me pergunto se estas situações não seriam bons pontos de partida para dar alguns exemplos?!
Se é imperioso aumentar a produtividade do país, será que trabalhar mais uma tarde não poderia ser bom para começar a aumentar essa produtividade?!
Principalmente numa altura em que os senhores do FMI estão por cá e todos falam em negociações difíceis e na necessidade de tentar fazer passar a mensagem de que estamos empenhados em resolver o nosso problema não seria boa ideia começar a dar esses pequenos sinais de que realmente queremos melhorar as coisas?!
E num ano em que à Sexta-feira Santa se junta o 25 de Abril na Segunda-feira seguinte, o que já dá um enorme fim-de-semana de 4 dias, será que não dar a tarde de Quinta-feira parecia assim tão mau?!
Se os portugueses do privado aguentam ter de trabalhar Quinta-feira à tarde, certamente que os portugueses do público também iam aguentar. Mas quando cheira a voto...

O que são 20 milhões para quem vive abastado: aqui.

JP

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Oito e Oitenta (#147)

Oito – Carnaval em casa... Páscoa em casa?!?!

Se a festa móvel da Pascoa se apresenta primavera adentro, quase no final do mês de Abril, todos esperamos que nos aguardem uns dias de sol e temperaturas a subir, tal como no fim-de-semana passado.

Contudo, esquecemo-nos de ter em conta o velho ditado que diz: "Abril aguas mil..."

Chegaram tarde, mas elas aí estão.

Pois é pessoal, mesmo com o 25 de Abril encaixado no fim-de-semana pascal, a meteorologia parece condicionar os planos de mini-ferias da maioria dos portugueses, bem como a realização das tradições regionais que, nesta altura do ano, fazem procissões sair a rua e convidam elvenses e campomaiorenses a procurarem o convívio com a natureza quer seja na margem do Guadiana, na Ajuda, como na margem do Xévora, na Enxada.

Ficamos a torcer para que São Pedro nos de uma trégua e amanhã possamos acompanhar a Procissão do Mandato no seu percurso pelas ruas do centro histórico elvense em visitação as igrejas locais, mantendo viva a tradição e revendo amigos e familiares que, todos os anos, mantém viva a chama da Pascoa no cumprimento dos usos e costumes legados pelos nossos antepassados.


Oitenta – O IRS já cá canta

Já tenho em meu poder o reembolso do IRS 2010.

A máquina fiscal de José Sócrates parece funcionar, quer seja porque está oleada ou apenas por razoes eleitoralistas.

A verdade é que, ao fim de 13 dias de ter submetido a minha declaração via internet e contendo o NIB devido, a sms chegou ao meu telemóvel e ao fim de alguns minutos o dinheiro estava disponível na conta.

Oxalá todas as promessas do Estado fossem cumpridas com esta celeridade trazendo evidentes vantagens para todos, principalmente fazendo-nos acreditar naqueles que, eleitos por nos, deveriam defender os nossos interesses e zelar pelo superior interesse nacional.

São Mais Dualidades!!!
NP

terça-feira, 19 de abril de 2011

Toca a ir pela CRIL. Mas bem devagarinho

Muitos anos depois, muitos milhões depois e muitos processos em tribunal depois, apetece-me dizer que finalmente temos CRIL. A já famosa Circular Regional Interior de Lisboa foi finalmente inaugurada na sua extensão total.
Aconteceu no Sábado e o nosso Primeiro, com toda a sua comitiva, fez questão de marcar presença. A inauguração formal aconteceu no Sábado mas só no Domingo a nova via abriu ao trânsito.

A nova via que vai servir a área metropolitana de Lisboa ficou finalmente concluída na sua totalidade, permitindo fazer a ligação entre a zona oriente de Lisboa, desde Sacavém, contornar a grande Lisboa até terminar novamente junto ao Tejo, em Algés. No total são mais de 20 quilómetros de via rápida e sem portagens.

Na teoria será uma óptima alternativa para muitos que diariamente fazem os seus percursos diários para o emprego e do emprego para casa.
De entre aqueles que, teoricamente, serão extremamente beneficiados com esta nova via rápida devo estar eu incluído.
Quem sai de manhã de Odivelas e se dirige para Alfragide, a nova CRIL arrisca-se a ser a oitava maravilha do mundo.
Imaginar a possibilidade de evitar a Calçada de Carriche, Eixo Norte-Sul e Segunda Circular em hora de ponta até me faz arrepiar de satisfação.
Mas até aqui entra a parte da teoria. Por alguma experiência própria já aprendi que algumas vezes a prática fica bem longe.
Quando os veículos a circular diariamente são demais, por mais vias que sejam abertas consegue-se sempre criar filas em mais uma.
Ainda assim, neste caso, vou esperar mais uma semana ou duas para tirar conclusões. Porque esta é a primeira semana em que a CRIL está aberta e ainda não se criaram as rotinas diárias e também porque estamos em férias da Páscoa, a sensatez diz-me para esperar algum tempo antes de mandar os foguetes e ir buscar as canas.

Se se mantivesse como aconteceu ontem, seria mesmo uma maravilha. Mas o trânsito foi pouco demais para se esperar que assim se mantenha.
A parte negativa de tudo isto, porque tinha de haver, não fossemos nós portugueses, foi a quantidade de radares de velocidade com que praguejaram o novo trajecto agora aberto.
Se estar limitado a 80 quilómetros por hora na Segunda Circular ainda considero aceitável, aproveitar-se desta nova CRIL, com 3 faixas para cada lado, amplamente largas, separador central e cruzamentos desnivelados e limitar a velocidade a 70 quilómetros por hora, não me parece mais que uma forma extremamente subtil de arranjar financiamento para pagar a obra. Não há portagens mais vai haver multas com fartura. Basta lá passar e ver os flashes a disparar a um ritmo mais elevado que numa festa de casamento.
A maior dificuldade é mesmo conseguir manter o carro na quinta mudança à estonteante velocidade de 70 à hora.
E no sentido Odivelas - Amadora, aquela descida marota, antes de entrar no túnel apinhado de radares, é perfeita para apanhar os patos.

JP

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pedro Marques vs Cristóvão Crespo

Apesar de termos dado como certo o nome do actual presidente do município elvense a cabeça de lista do PS pelo distrito de Portalegre, afinal parece que o lugar vai ser ocupado por Pedro Marques, presentemente secretário de estado da segurança social.

O PSD propõe o nome do actual deputado Cristóvão Crespo.

Depois de décadas a representar o distrito, o nome de Miranda Calha parece afastado destas hostes, das duas uma, ou porque se reformou, ou porque outro tacho lhe está reservado.

Lembram-se do distrito quando as eleições se aproximam, porque quer queiram ou não os senhores de Lisboa, o distrito de Portalegre ainda existe, e como tal, terá que ter representantes, mesmo que a sua voz quase não se faça ouvir e sejamos cada vez mais votados ao esquecimento, ao atraso e desertificação.

Recordo-me de uma das últimas eleições legislativas em que a ex-Ministra da Saúde, Leonor Beleza, foi cabeça de lista pelo PSD no distrito. Não me recordo que vinculo a Senhora tinha com estas paragens, mas o que se pretendia realmente era arranjar-lhe um lugar na assembleia que lhe permitisse ganhar o ordenadinho da praxe.

Nessa altura, e durante a campanha, a Senhora deu-se ao trabalho de viajar de comboio desde Elvas e até Lisboa, viagem que iniciou por voltas das cinco e meia da manha e com chegada bastantes horas depois.

A ideia era mostrar o atraso que sucessivos governos da outra cor politica tinham provocado...

No entanto, a Senhora foi eleita deputada e dela não se ouviu falar muito mais, nem me recordo que medida ou medidas propôs ou fez aprovar para atenuar as assimetrias do distrito e dos concelhos que o compõem.

Estamos fartos de oportunismos. Fartos que venham visitar-nos com sorrisos abertos e promessas de melhoria, quando na verdade querem utilizar-nos e servir-se do nosso voto para atingir objectivos pessoais que passam por bons salários e regalias enquanto que o Zé Povinho se vai lixando uma e outra vez...

Razão tem Marinho Pinto...os portugueses deviam unir-se e abstrair-se massivamente no próximo dia 5 de Junho. A classe politica merece um vistoso cartão amarelo para abrirem a pestana e, de uma vez por todas, trabalharem em prole do interesse nacional e não daquele que não vai alem do seu próprio umbigo.

São Mais Dualidades!!!
NP

domingo, 17 de abril de 2011

As Escolhas dos Dualidades (#132)

O dia de hoje é de música mas para ser diferente dos outros Domingos, em vez das habituais duas, trago três.
À conta da terceira já me ri um bom bocado.
Falaram-me dela esta semana e guardei a curiosidade para o fim-de-semana. Fui à procura e encontrei. Ainda não é a música completa, é só uma amostra, já dá bem para perceber o que aí vem. Medo!!!!... :)

Lembram-se daquela "coisa" que de vez em quando aparece nas nossas televisões, chamada José Castelo Branco? De certeza que sim.
E lembram-se que aqui há uns anos a coisa teve uma incursão no mundo da música. Recordo-me de na altura ter ouvido o anúncio mas depois não me apercebi do que é que ele(a) trouxe.
Mas parece que a investida não se ficou por aí. A coisa voltou com mais uma.
Quanto ao estilo, bem... podia esperar muita coisa, mas isto é mesmo para rir: Kuduro.
Parece que continua igual a si próprio, o que só por si, não é muito bom sinal. E desta vez até traz a mãezinha consigo. Perdão, a esposa. :)

Por isso, no dia de hoje, começo por deixar-vos o vídeo com a amostra da nova "música" da "coisa" e depois, mais a sério, como já é tradição, as duas escolhas da semana.
Para ouvirem e essas sim, apreciarem.




Dualidades NP

Dualidades JP

Bom Domingo.

JP

sábado, 16 de abril de 2011

Sugestão Dual (#68)

O cenário minimalista recriava um ambiente de taberna onde o fado sempre assumiu a sua face mais castiça.

O coliseu apresentava uma boa moldura humana, entre portugueses e espanhóis movidos por um objectivo comum: ouvir ao vivo a internacionalmente conhecida, fadista Mariza.

Esta foi a sua terceira presença em Elvas. A primeira, na Praça da Republica, fez encher a sala de visitas da cidade, apesar das condições não terem sido as melhores para apreciar o talento de Mariza. Da segunda vez, acompanhado por Carlos do Carmo e pela Sinfonietta de Lisboa, a fadista esteve no Coliseu.

De todas, a presença de ontem, foi de longe a melhor. Mariza cantou e encantou, teve o coliseu elvense aos pés e demonstrou que as grandes estrelas são feitas de simplicidade e de humildade.

As quase duas horas de concerto foram de emoções, dos sentimentos mais profundos e intensos que o fado suscita, mas também de festa e alegria. Para ficar na memoria de quem teve o privilegio de o viver.

A minha sugestão de hoje, num sábado quente e solarengo, é o novo trabalho de Mariza. Para ouvir, sozinho, ou preferencialmente acompanhado.

Deixo-vos com "Boa noite solidão"...

Boa noite solidão
Agora quero dormir...
Porque vou sonhar com ela!



Sao Mais Dualidades!!!!
NP

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Parabéns aos semifinalistas

O post de hoje bem podia ser um Oitenta.
É dedicado às três melhores equipas portuguesas da actualidade que continuam a fazer história na Europa.
Se ter 3 equipas entre as oito finalistas de Liga Europa já era algo de merecido destaque e até porque não, dize-lo, surpresa, então ter 3 equipas entre as 4 finalistas é caso único. No futebol português e tenho quase a certeza que no futebol europeu.
Acredito que nem os países que têm as equipas que tipicamente dominam o futebol europeu alguma vez conseguiram um feito destes.

Em teoria, existem 75% de hipóteses da Liga Europa ser ganha por um clube português. O único intruso é o Villareal, da vizinha Espanha.
Para já, uma coisa é certa. Pelo menos um clube português estará presente na final.
Estes resultados das equipas portuguesas têm tido destaque na imprensa desportiva internacional. Pelo menos uma boa notícia, para variar.

Tentando olhar com objectividade para as equipas em prova, pelo menos das portuguesas, creio que o Porto é a que parte como favorito.
Porque é aquela que tem feito os melhores resultados ao longo da prova, confirmados duplamente nesta eliminatória, onde conseguiu marcar 10 golos aos russos, na soma das duas mãos.
Mas como nestas coisas nem sempre ganham os favoritos, creio que tudo pode acontecer.

Para já, parabéns às três equipas portuguesas que conseguiram chegar a esta fase com grande mérito. E que uma delas consiga trazer a Taça para Portugal. Se for o Benfica, tanto melhor.

JP

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Rondão Almeida a caminho de Lisboa...

Localmente é a notícia da semana...apesar da chegada do FMI, talvez porque nos diga directamente respeito e ao futuro da cidade e do concelho.

Em recente reunião da Comissão Distrital do Partido Socialista, o nome do actual presidente da Câmara Municipal de Elvas, José António Rondão Almeida, foi apresentado como cabeça de lista daquela força política à Assembleia da República nas próximas legislativas antecipadas do dia 5 de Junho.

De acordo com a actual presença naquele órgão de soberania, Portalegre elege dois deputados. Nas últimas eleições PS e PSD colocaram os seus cabeças de lista respectivamente, pelo que, é quase certa a eleição de Rondão Almeida.

A exercer o seu ultimo mandato e sem hipóteses de nova candidatura, o actual presidente do município elvense ruma à Assembleia da República, deixando a terra que o elegeu nas mãos de um vice ou de uma vice, não sei se a decisão já foi tomada.

A possibilidade estava em cima da mesa. Rondão Almeida não podia continuar eternamente à frente dos destinos elvenses, função que desempenha há quase vinte anos.

É indiscutível que a sua marca está presente na vida da cidade e nas muitas placas que, apesar de pecarem por excesso, mostram obra feita.

Algumas coisas fez bem e outras nem por isso, mas através da sua habilidade e da sua forma de ser modificou Elvas, para melhor ou pior dependendo dos pareces que não são consensuais.

Habituamo-nos à sua garra, à sua determinação e nos concelhos vizinhos chegou a invejar-se a liderança aqui exercida.

Normalmente, depois de uma líder muito forte e marcante vem o vazio e a inevitável comparação.

E agora? Obviamente Elvas não vai parar, mas vivemos um momento conturbado do ponto de vista económico-financeiro, a supremacia de Badajoz tem vindo a impor-se cada vez mais, não há emprego, o comércio está decadente e a cidade parece definhar a cada dia...

O Senhor que se segue tem uma tarefa árdua de rumar contra a maré e criar dinâmicas comerciais e económicas que melhorem as condições de vida da cidade e do concelho. As expectativas estão elevadas…aguardemos.

Ao Senhor Presidente o Dualidades deseja sucessos profissionais nas suas novas funções, fazendo votos de que se faça ouvir no hemiciclo e contribua positivamente para o futuro distrital que se apresenta muito complicado...

São Mais Dualidades!!!
NP

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Oito e Oitenta (#146)

Oito: Fernando Nobre

Não votei no senhor nas eleições presidenciais principalmente porque não via nele alguém com a tal coisa do carisma necessário e porque apresentava um discurso que dizia muito pouco. Ia dizendo umas coisas só porque numa campanha se têm de dizer coisas.
Dos debates que vi com ele serviram essencialmente para confirmar isso tudo, que podia ser um bom Presidente tal como eu.

De tudo isso, aquilo que mais saltou à vista do discurso apresentado por Fernando Nobre durante a campanha eram ideias como "movimento de cidadãos", "candidatura de cidadania", "apartidário", "não gostar de política e políticos" e mais algumas que as televisões nestes últimos dias têm feito questão de relembrar.
A melhor de todas, já depois das eleições, quando gritou vitória, mais uma vez pela tal candidatura de cidadania e quando garantiu com toda a convicção, numa entrevista, que ligar-se à vida partidária estava fora de questão e nem sequer ponderava essa hipótese.

O resultado está à vista. Bastou um Partido acenar-lhe com um cargo político, neste caso o PSD, e lá vem o Fernando Nobre a correr e a esquecer tudo o que tinha dito e feito em nome dos tais moimentos de cidadania e agarra o poleiro que lhe ofereceram.
Até mesmo o facto de ser um Partido que apoio um sei concorrente nas eleições parece não fazer diferença nenhuma.
Apetece-me dizer que "todos diferentes, todos iguais".


Oitenta:

Esta semana, depois de parar durante um bom tempo, olhar em volta e pensar em tudo o que se está a passar e nas notícias que enchem todos os jornais e Telejornais, achei que não havia grande assunto ou tema para colocar como Oitenta.
Esta semana, por tudo que se vive, fico-me apenas pelo Oitenta.

JP

terça-feira, 12 de abril de 2011

Um lugar ao sol...

Começou a dança das cadeiras.

O FMI chegou. Técnicos, peritos, especialistas, neste e noutros cenários de insolvência de países.

Os portugueses estão ávidos de informação e as televisões respondem a essas expectativas. A informação é mais do que nunca líder de audiências e suplanta o interesse despertado por ficção nacional ou entretenimento.

Judite de Sousa dá as primeiras cartas na TVI, Fátima Campos Ferreira reforça o seu protagonismo na RTP e na SIC Clara de Sousa mantém o seu registo.

Os convidados são quase sempre os mesmos, muda a cor da gravata e a antena que os recebe a cada dia em especiais, especialíssimos, debates e outros que tais.

José Sócrates, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã tornaram-se os novos focos de atenção da sociedade portuguesa que, apesar de os olhar com descrédito, tem que os gramar, para mal dos nossos pecados.

Mas se estamos cansados de partidos políticos e ideologias gastas e cansadas de décadas, que contribuíram para que o Portugal seja esta manta de retalhos que todos conhecemos, os independentes também não parecem decididos a minimizar a nossa preocupação.

Nas recentes presidenciais, Fernando Nobre criou-nos expectativas no seu papel de independente, isento, alheio a facções partidárias, sugerindo que o interesse nacional poderia vingar, senão pela mão das caras habituais, pelo menos por outras...puro engano.

A recente colagem de Fernando Nobre ao projecto do PSD foi um tiro que, no meu ponto de vista qual Sousa Tavares ou Rebelo de Sousa, pode sair pela culatra de Passos Coelho. Atento ao significativo número de votos que o mesmo obteve essencialmente na esquerda, o líder do PSD resolveu propor-lhe um tacho interessante e o homem aceitou. No mundo das redes sociais, onde o mundo é um berlinde, o Facebook encheu-se de mensagens de indignação de muitos que acreditaram nele e agora se consideram defraudados…

Todos querem, um lugar ao sol, já os Delfins cantavam!!
Assim vai a politica...

Hoje o FMI vai ao Ministério das Finanças. Aguardemos para ver...

São Mais Dualidades…em recessão!!!
NP

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ir à praça

Eu cresci com o hábito de, chegado o fim-de-semana, a minha mãe ir "lá acima" à praça. Fazia parte do ritual do Sábado de manhã.
Lá ia comprar muitas coisas frescas para a semana e com o meu direito de poder escolher os bolos que preferia que ela me trouxesse. A mim a à minha irmã. O regresso dela era sempre um ponto de alegria para poder adoçar a boca.
Por Elvas, apesar de passar muito temo longe, parece-me que o tal hábito de ir à praça ou ao mercado está muito longe daquilo que era. Mais uma daquelas tradições e memórias da infância que se vão perdendo.

Por Lisboa, os hábitos são maioritariamente diferentes em muita coisa, mas há outros que são semelhantes. Acredito que o hábito de ir à praça seja um dos que também existiam e, infelizmente, também se estão a perder.
Ao lado da minha casa existe uma "praça", que mesmo não sendo muito grande, tempos idos e principalmente nos fins-de-semana movimentava muita e muita gente que lá se dirigia para comprar os tais frescos, legumes, verduras, frutas e afins.
Hoje em dia, parece caminhar a paços largos para o fecho de portas. Os vendedores são cada vez menos e os clientes igualmente. É um ciclo vicioso.
Acredito que os agricultores hortelões sejam cada vez menos e aqueles que conseguem competir com os preços das grandes superfícies ainda menos.

Este fim-de-semana, sem contar com isso, dei por mim no Sábado de manhã numa das "praças" ainda vivas mais famosas da capital. O Mercado da Ribeira, na zona do Cais do Sodré.
Fiquei a saber que é lá que a telenovela portuguesa da SIC grava as cenas que são passadas no mercado.
A primeira impressão que fica é que neste caso a ficção fica muito longe da realidade. Se na telenovela se vê um mercado cheio de clientes e com bancas bastante bem arrumadas, na realidade a coisa é um pouco diferente.
A área do mercado é enorme, contando com o rés-do-chão e um primeiro andar. Área que hoje está muito e muito longe de estar preenchida. Aquilo que em tempos foi um enorme mercado repleto de vendedores e cheio de vida, hoje apresenta o primeiro andar fechado e o rés-do-chão preenchido talvez nem pela metade. Chega a ter um ar quase abandonado ou pelo menos descuidado.
E se do lado dos vendedores a realidade é esta, do lado dos clientes é exactamente igual. Clientes havia, sim, mas muito longe da ficção retratada pela tal telenovela.
E de entre aqueles que ainda se viam a circular por entre as poucas bancas, chamou a atenção o facto de serem muito largamente pessoas de gerações acima da minha. A tal malta nova, só alguns "putos" a jogar à bola numa das áreas que antes eram ocupadas por bancas de vendedores.
Uma coisa é certa. O hábito de ir à "praça" já lá vai, seja em Elvas ou Lisboa. É o tal ciclo vicioso. Os vendedores são menos, os clientes consequentemente também e vice-versa.
As pessoas hoje em dia quando querem as suas frutas e hortaliças pegam no carro e lá vão ao Continente ou ao Pingo Doce.

JP

domingo, 10 de abril de 2011

As Escolhas dos Dualidades (#131)

Quando a semana de trabalho ameaça chegar, o domingo reserva-nos ainda um bocado bem passado diante da televisão para assistir a mais um episódio da serie portuguesa "Conta-me como foi", do melhor que se tem feito nos últimos tempos.

No entanto, e depois de varias temporadas e uma centena de episódios, a serie prepara-se para se despedir do publico português. Contrariamente ao que acontece na versão espanhola, aqui mesmo ao lado na vizinha Espanha, onde recentemente finalizou a decima segunda temporada no que foi o episódio duzentos e quinze, a adaptação portuguesa fica-se pelo conturbado ano de 1974.

Sugiro que se mantenham atentos ao episódio de hoje enquanto um dos últimos,acho que termina no primeiro domingo de Maio. É com pena que despediremos a família Lopes do nosso convívio aos domingos ao serão, mas as audiências falam mais alto e parece que os reality shows embrulhados em formato de concurso para miúdos e graúdos levam a melhor.

Dualidades JP

Dualidades NP

São Mais Dualidades!!!
NP

sábado, 9 de abril de 2011

Sugestão Dual (#67)


A minha sugestão para este fim-de-semana é bastante simples. Se a meteorologia não me enganar, apenas sugiro que aproveitemos o sol que promete continuar, como tem acontecido com estes ultimos dias da semana.

Pelo menos para estes lados, há muito tempo que não apanho um fim-de-semana de pleno sol e com um "cheirinho" de calor.
Os últimos dias desta semana e a previsão indiciam que este fim-de-semana é que vai ser.
Eu assim o espero. Aproveitar o dia para sair e apanhar ar. O cinema, a leitura e outros podem ficar para outro dia.

Aproveitem também o fim-de-semana da melhor forma.

JP

sexta-feira, 8 de abril de 2011

BALUARTES

Menos de um ano depois da apresentação da candidatura Baluartes, formulada conjuntamente no âmbito do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriço entre Espanha e Portugal (POCTEP) pelas cidades de Elvas e Badajoz, o financiamento foi aprovado.

O projecto tem como objectivo principal valorizar os recursos patrimoniais de Portugal e de Espanha.

Num total de dois milhões e meio de euros, a Elvas caberá a fatia de setecentos mil euros, que é como quem diz, menos de 30% do total disponível.

Em Elvas, o projecto Baluartes inclui a recuperação dos Fortins de São Domingos, contíguo ao Aqueduto da Amoreira mesmo em frente ao cemitério municipal, e de São Mamede, nas traseiras do Forte de Santa Luzia, além da recuperação das portas de madeira dos acessos às fortificações abaluartadas, ou seja, nas três portas da cidade : Esquina, Olivença e São Vicente.

Em Badajoz, o projecto Baluartes contempla a recuperação do decrépito Fuerte de San Cristobal que mais não é do que o Forte da Graça lá do sítio.

Por falar em Forte da Graça…e falando um pouco de côr porque não estou por dentro da candidatura, nem do detalhe da mesma, não seria mais justo que a moeda de troca para a recuperação do Fuerte de San Cristobal fosse a mesma operação no Forte da Graça?

Possivelmente a verba disponível não seria suficiente para ambos, no entanto, aquilo que é observável por quem está de fora, é que a parceria só acontece porque a cidade de Badajoz lucra bem mais do que nós.

Há muito se fala da Eurocidade que a todos nos parece uma simples formalização do que acaba por ser o quotidiano de ambas as cidades, contudo, e ao que se diz, não tem havido vontade politica do Ayuntamiento de Badajoz para avançar com o projecto. Todos reconhecemos que, comparativamente, Badajoz é francamente maior, tem seis vezes a população elvense, é muito mais pujante em termos económicos e não teria tanto a ganhar. Mas se pensarmos num futuro turístico, numa aposta no património, Badajoz só tem vantagens em associar-se a Elvas. Além de possuirmos um conjunto patrimonial único, o mesmo apresenta-se bem conservado e capaz de atrair visitantes.

Turisticamente só faz sentido falar de Badajoz se o a associarmos ao património militar elvense e à história conjunta destas cidades raianas e tradicionalmente rivais.

Senhores, parcerias sim, mas pelo menos que se repartam os benefícios. Uma negociação perfeita é aquela em que ambas as partes ganham... "win-win".

São Mais Dualidades!!!
NP

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A coisa deu-se

O tema que tinha pensado para hoje não era este, mas uma SMS recebida ontem quando passavam alguns minutos das 19 horas chamou-me a atenção para o que aí vinha. É caso para dizer que os acontecimentos sobrepuseram-se a tudo o resto e o tema tinha de ser necessariamente este: Portugal pediu ajuda externa para tentar sair do buraco onde se encontra.

Depois de muitos e muitos meses a passar a mensagem de que o país se aguentava, que conseguia resolver sozinho os seus problemas, o nosso Governo, precipitado também pelos acontecimentos recentes, deu o braço a torcer e decidiu pedir ajuda financeira à União Europeia de forma a conseguir dar resposta às exigências financeiras que se apresentam a curto prazo e garantir a subsistência do país.
Como o nosso PR se fartou de insistir nos últimos dias, não estamos a falar ainda do FMI, mas sim do FEEF, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira.
Como o nome indica, este Fundo será originário, não do FMI, mas da União Europeia, que o criou com o intuito de resgatar países membros do grupo euro que chegassem ao ponto a que Portugal agora chegou. Um Fundo ao qual Grécia e Irlanda não puderam recorrer na altura, quando se depararam com situação semelhante à que agora Portugal vive.
Resta também a questão se conseguimos ficar apenas por aqui e se não será necessário mais à frente ir bater também à porta do FMI.

A verdade é que a partir de hoje aquela situação da qual se falou durante muitas e muitas semanas de uma forma hipotética e como um cenário possível passou a ser real.
Muitos terão ficado contentes, outros tantos decepcionados, a verdade é que a já fraca credibilidade de Portugal a nível internacional atingiu agora o seu ponto mais baixo.
Se a vinda de dinheiros comunitários terá mais benefícios ou mais prejuízos, isso cedo se verá e certamente dependerá de caso para caso. Para o comum dos cidadão, principalmente aqueles cujos rendimentos provêm do sector público, certamente que as vantagens serão ultrapassadas pelas desvantagens. Mas também não nos podemos esquecer que o nível de endividamento a que o país se vinha sujeitando e os juros cada vez mais altos que nos eram cobrados por esse endividamento também não deixavam adivinhar nada de bom a curto prazo.

Mas como dizia o outro, prognósticos só no fim. Agora de início, o pessimismo leva grande vantagem.

JP

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Oito e Oitenta (#145)

Oito – Onde anda o FMI?

Continua a especulação sobre a ajuda externa...

Diariamente a comunicação social alarma-nos mais ainda, retratando um Portugal falido, sem capacidade para dar a volta a uma situação económico-financeira muito complicada, com a pressão externa a cobrar-nos juros cada vez mais elevados para nos financiar. Mais tarde ou mais cedo tem que ser posto um travão a esta realidade, a breve trecho não teremos capacidade para cumprir as nossas obrigações...

A crise politica veio adiar o adiável. José Sócrates continua a assustar-nos com o papão do FMI, mas acho que todos temos consciência que a ajuda vai ter que ser pedida e nesse sentido quanto mais depressa aconteça, mais depressa poderemos vislumbrar uma luz ao fundo do túnel.

As eleições legislativas estão agendadas para o primeiro domingo de Junho, no entanto, ainda falta quase dois meses...uns dizem que o governo de gestão não tem poderes para pedir ajuda externa, outros dizem que tem toda a legitimidade...entendam-se e façam alguma coisa por Portugal de uma vez por todas.

A culpa é nossa! Escolhemos os políticos que nos tem governado há trinta e alguns anos...chegou a hora de pagar a factura por compadrios e favorecimentos.


Oitenta – IRS 2010

Felizmente nem tudo corre mal...

Ontem entreguei a declaração de IRS relativa ao exercício de 2010.

As despesas não eram muitas, excepção seja feita ao credito a habitação.

Estava convencido que o reembolso ia ser pequeno ou mesmo inexistente, mas fui surpreendido pela positiva e o valor é bastante razoável.

Resta-me esperar que, tal como no ano passado, o reembolso se processe em menos de vinte dias.

Pelo menos a este nível José Sócrates e o seu governo até trabalharam e hoje em dia tornou-se mais simples e célere a relação com o cumprimento das nossas obrigações fiscais…isto é, para quem se digna cumpri-las!!!

São Mais Dualidades!!!
NP

terça-feira, 5 de abril de 2011

Censos - As perguntas que não contam


Pois é, depois de tanto falatório e insistência, a coisa deu-se mesmo.
A famigerada "pergunta 32" dos censos desde cedo que deu muito que falar por, diziam, tentar ocultar ou disfarçar a realidade dos muitos portugueses que trabalham a recibos verdes.
No enunciado dessa pergunta era dito que "Se trabalha a 'recibos verdes' mas tem um local de trabalho fixo dentro de uma empresa, subordinação hierárquica efectiva e um horário de trabalho definido deve assinalar a opção 'Trabalhador por conta de outrem'".

Se houve alguma premeditação ou intencionalidade por trás na tentativa de disfarçar essa cruel realidade não sei, mas que a pergunta está feita de uma forma muito estranha, lá isso está.
Pergunto-me o que terão a ver recibos verdes com trabalhar num local fixo e bla bla bla. São duas coisas que nada têm a ver, que são compatíveis e não cabem ambas ma mesma pergunta. Como duas coisas distintas que são, deviam ser cobertas por perguntas igualmente distintas.
Qualquer um pode corresponder às várias características enumeradas na pergunta e ser por exemplo "Trabalhador familiar não remunerado". E se assim é, então porque essa opção de resposta não é também encaminhada para "Trabalhador por conta de outrem".
Então eu posso ter um local de trabalho fixo, dentro da empresa do meu pai, subordinação hierárquica efectiva porque ele manda em mim e um horário de trabalho que ele me definiu só que não me paga ordenado? Apenas me deixa comer e dormir lá em casa.
E então, apesar de ser um trabalhador familiar não remunerado não sou também um trabalhador por conta de outrem?
Se acham que esta situação é disparatada, então eu acho que juntar recibos verdes e trabalhador por conta de outrem no mesmo saco também o é.

Mas, ao que parece, as lutas que por aí andavam contra algumas perguntas dos censos não se ficavam por aqui.
Sobre a tal "pergunta 32" ainda não há novidades, mas elas apareceram sobre outras perguntas.
Ao que parece, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai ser obrigado a eliminar duas perguntas da base de dados criada para os Censos 2011.
Segundo a edição electrónica de um jornal nacional, em causa está a pergunta "do Questionário de Família sobre se determinada pessoa tem uma relação em união de facto com um parceiro do mesmo sexo ou de sexo diferente, e se reside com esse mesmo parceiro" e mais outra, "no espaço C do mesmo questionário, em que se exige a cada cidadão que indique o nome e o sexo das pessoas que, não sendo residentes no seu alojamento, aí estavam presentes no dia 21 de Março".

"Por considerar que se trata de informação 'sensível', da esfera da 'vida privada', a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) proibiu o INE de registar, nas bases de dados criadas de propósito para esta operação estatística, todas as informações que já tiverem sido recolhidas até ao momento, através dos formulários em papel ou via internet.

"Esta decisão só agora foi tomada – 'em momento bastante tardio e numa altura em que já estava em marcha a recolha dos dados', frisa a CNPD - porque só no passado dia 10 é que o INE pediu autorização aos juristas desta Comissão para tratar a informação deste recenseamento".
Para o INE, "'tendo em conta que os questionários do inquérito-piloto e os da operação real eram idênticos, entendemos que a notificação do primeiro seria suficiente' - justificou fonte oficial do Instituto Nacional de Estatística".

"O INE tem agora 15 dias para informar aquela Comissão sobre as medidas que vai tomar para proteger devidamente os dados pessoais a inserir ou já inseridos na base de dados".
Isto numa altura em que, ainda segundo o mesmo jornal, até a meio da passada semana estavam contabilizados mais de dois milhões e meio de pessoas que tinham respondido aos Censos pela via electrónica. Valor que equivale a cerca de meio milhão de alojamentos recenseados.

E assim estamos. Duas perguntas já foram. Quando à tal 32 é bem provável que siga pelo mesmo caminho. Não querendo ser má-língua, creio que antes de se porem a mandar convites às pessoas para preencherem a papelada, podiam ter perdido mais algum a validar estas pequenas coisas.

JP

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FC Porto Campeão!!!

O assunto do dia é, inevitavelmente, a vitória do FC Porto no Estádio da Luz e por consequência do título nacional, a vários jogos do final da competição.

Mérito do Vilas-Boas? Do plantel? De algum valor individual? Talvez do próprio conjunto e da estrutura.

O jogo foi disputado, tenso (ambiente próprio de um derby) e acabou com uma vitória dos nortenhos por duas bolas a uma, sendo o golo do Benfica marcado de grande penalidade...discutível.

Mas, jogo à parte, o meu post de hoje pretende passar pela envolvente do mesmo e pela batalha campal que se desenrolou à volta do Estádio da Luz.

A partir de uma ponte pedonal, a claque do Benfica arremessou pedras aos adeptos portistas quando os mesmos chegavam ao estádio devidamente acompanhados pelas forças policiais.

As televisões mostraram! O país viu!

O chão mostrava a quantidade e a dimensão das pedras arremessadas. Os carros estacionados sofreram as consequências. As televisões deram destaque a um Smart cujo tejadilho mostrava bem o grau de vandalismo a que tinha sido sujeito. Enquanto isso, a proprietária estava já no estádio, depois de pagar o seu bilhete, disposta a assistir ao jogo e a terminar descontraidamente o seu fim-de-semana.

Mais tarde foi entrevistada e a sua cara revelava tudo menos descontracção.

Como se não bastasse, o fairplay dos anfitriões foi ainda realçado com o apagar das luzes do estádio, deixando a equipa portista a comemorar às escuras.

Para quem tanto falou dos confrontos entre adeptos sportinguistas aquando das eleições recentes...

Infelizmente o futebol está cada vez mais colado a este tipo de cenários e comportamentos.

Parabéns ao Porto!!!

São Mais Dualidades!!!
NP

domingo, 3 de abril de 2011

As Escolhas dos Dualidades (#130)

Apesar das centenas de cartas que recebi de fãs do Dualidades a pedir-me que continuasse a insistir no tema Paulo Futle, vou ser forte, resistir e deixá-lo de parte.
Nem imaginam como me dói o coração com isso. Nem a musiquinha de hoje tem algo a ver com o Futle ou o Sporting. Como diz um colega meu: "Nem isto!...".

Antes pelo contrário. A música que escolhi para hoje é totalmente made in Portugal e pertence a um dos grupos nacionais há mais tempo no activo, que conta com um vastíssimo curriculum e que tem uma forte ligação ao Glorioso. Os mais atentos e mais "catedráticos" em música provavelmente já perceberam de quem falo. É caso para dizer que com três letrinhas apenas se escreve a palavra UHF. A banda liderada há várias décadas por António Manuel Ribeiro.

Não tenho pejo em dizer que é para mim a melhor banda portuguesa. Os Xutos e afins que me desculpem mas o lugar mais alto do pódio tem dono.
Culpa minha por durante estes mais de 2 anos de escolhas musicais, se a memória não me falha, apenas por uma vez trouxe uma música deste grupo. Com um leque de possíveis escolhas vistíssimo é mesmo um crime esta banda não ter marcado presença no Dualidades mais vezes.
Hoje começo a corrigir esta falha. E prometo continuar. Hoje trago uma mais acelerada. Para a semana fica uma mais calminha. A dificuldade vai ser escolher.

Dualidades NP

Dualidades JP

Bom Domingo.

JP

sábado, 2 de abril de 2011

Sugestão Dual (#66)

A minha sugestão dual de hoje procura atenuar um pouco a amargura que a situação económica e política do país nos vem causando.

Apesar do dia se apresentar menos quente que ontem, onde as temperaturas atingiram inclusivamente valores muito altos para a época, o ambiente convida ao passeio.

Um ano mais, os claustros do convento de Santa Clara são o palco para a decima primeira Feira de doçaria conventual que propõe aos visitantes uma deliciosa viagem pelo que de melhor se faz na região, no país e ate no estrangeiro.

Na Feira de Doçaria Conventual podem ser saboreados vários doces, entre os quais barrigas de freira, pães de rala, toucinhos-do-céu, fidalgos, ovos-moles, castanhas de ovos, rebuçados de ovos de Portalegre, pastéis de Belém e de Tentúgal, Lampreia de Amêndoa, fartes e queijinhos do céu.

Tentador, não acham?
Bom fim-de-semana!!!

São Mais Dualidades!!!
NP

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vai vir mais um post sobre o mesmo

Epá sócios, eu sei que esta semana tenho andado bastante repetitivo e quase sempre a bater na mesma tecla, mas não sei o que vos dizer. Isto é mais forte que eu. Há muito tempo que não me ria tanto nem fazia tanta galhofa com o mesmo tema.
Mas o que posso eu fazer. Para onde quer que me vire ou com quer que fale a conferência de imprensa do Paulo Futle vem à baila.
Com isto tudo quase me consigo esquecer que o país está à beira da falência e prestes a ser leiloado.

O que querem que vos diga, hoje vai vir mais um post sobre o mesmo tema. O raio dos charters e do chinês não me saem da cabeça. Mas é melhor nem pensar muito nisso porque estou concentradíssimo e se me distraio nem consigo acabar isto e já são horas de me ir deitar. Amanhã quando o raio do despertador tocar vou acordar com os olhos esbugalhados. Vou parecer um chinês.
O ideal mesmo era ter charters de sponsors e receber comissões dos museus e também das tascas que o Futle frequenta antes de ir para as conferências de imprensa para eu não ter de trabalhar.

Mas continuando. Este tema é um manancial. Basta ir ao YouTube, escrever Paulo Futre e é de uma pessoa ser perder com a quantidade de "material" que aparece. E sempre coisas novas a aparecerem. Apetece-me dizer que vai vir charters de vídeos. Bem mais que 19 + 1. Bem mais. Pelo menos tantos que dão para encher um charter.
Não sei o que é o gajo fumou antes daquela conferência de imprensa mas é do melhor que deve haver no mercado.
Olha, perdeu o Sporting...

Assim sendo e para acabar a semana em beleza, hoje tenho de partilhar mais uns quantos videos. Cada um melhor que o outro.
E só uma pequena nota final. Depois de ver e ouvir o último dos vídeos, finalmente percebi a justificação daquele dom da palavra que o Futle exibe.
Então o homem diz que só tem a 4ª classe e que a acabou com 12 ou 13 anos! O que é que estavam à espera?!...









JP