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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Freedom Festival. Mais do mesmo

Acaba hoje, em Elvas, mais um Freedom Festival.
Nessa altura creio já ser possível fazer um balanço da terceira edição deste festival para dizer que foi muito parecido ao de anos anteriores. Mesmo para quem não esteve presente e até estava a duzentos quilómetros de distância.
Os ingredientes parecem ter sido os mesmos do costume, que é como quem diz Sexo, Drogas e... música techno e o resultado também terá sido o mesmo. Como seria de esperar quando se juntam estes ingredientes.
Mais uma vez não chegou ao fim se pelo menos uma morte e apesar do festival se realizar junto à Barragem do Caia, a causa da morte não foi o afogamento mas sim a ingestão, em excesso, de drogas.

Se é uma verdade que este Festival dá alguma publicidade à cidade e traz muitos milhares de jovens, de vários países da Europa, a Elvas, pergunto-me se será um tipo de publicidade e turismo que interessa manter.
Grande parte das notícias que saem deste festival e que acabam por lhe dar destaque são do tipo desta que aqui deixo e que foi retirada de um Diário Nacional, ontem:

"Cocktail de drogas mata finlandesa"

A ingestão de um poderoso cocktail de drogas sintéticas terá sido o motivo da morte, na sexta-feira, de uma finlandesa, de 20 anos, que participava no Freedom Festival, que decorre no Monte da Chaminé, em Elvas. Esta é a segunda morte por overdose ocorrida no âmbito deste evento de música electrónica. Em 2007 já havia morrido uma israelita de 30 anos no Hospital de Portalegre.

Acompanhada por duas amigas, a finlandesa ainda foi assistida ao início da noite pelos bombeiros de serviço no recinto. Acabou por morrer no Hospital de Elvas por paragem cardiorrespiratória. "Quando chegou junto dos bombeiros estava desorientada e muito agitada. Dizia que estava a arder por dentro", referiu Alexandre Lavadinho, adjunto do comando da corporação local.

A jovem deu entrada na Urgência pelas 20h30. "Foram efectuadas manobras de suporte avançado de vida. Mostrou instabilidade clínica até falecer, pelas 23h00", referiu Ilídio Pinto, porta-voz do hospital.

"Foi acompanhada e assistida por todos os meios de socorro no recinto (bombeiros e Cruz Vermelha), tendo saído daqui com vida. Esta situação não irá causar qualquer alteração no festival", disse Wilma Farget, uma responsável pela organização. Wilma referiu ainda que a organização assegurou apoio psicológico aos acompanhantes da falecida.

Além da finlandesa, nas Urgências do Hospital de Elvas foram assistidos anteontem dez jovens com sintomas de intoxicação por consumo de álcool e de drogas sintéticas como LSD ou anfetaminas, substâncias elaboradas com produtos químicos e provocadoras de efeitos alucinogénios. Nas imediações do recinto do Freedom, que começou no dia 6 e termina amanhã, já foram detidas pela GNR 60 pessoas por posse de droga.


Boa semana.

JP