
Confesso que fui um fiel seguidor do primeiro Big Brother, ao ponto de fazer por tudo para não perder um diário. Confesso ainda que o segundo Big Brother ainda me suscitou algum interesse, embora não fizesse grande esforço para acompanhar ao dia as novidades. Se desse para ver, via. Se não desse, ninguém se chateava.
A partir daí, confesso mais uma vez que todos os Big Brothers que vieram a seguir, chamados com esse nome ou outro mais mascarado, fosse em que canal fosse, passaram-me ao lado. A novidade passou e o formato passou da validade.
Tudo isto para dizer que até há pouco tempo, a única coisa que sabia sobre "A Casa dos Segredos" é que estava a dar na TVI e a Teresa Guilherme tinha voltado do buraco onde se tinha metido para o apresentar. Mais nada.
Mas de há uns dias/semanas para cá a coisa mudou. O Youtube, alguns outros sites da internet e muitos emails que por aí circulam têm-me feito saber algumas coisas do que por lá se passa. E já que estamos numa de confissões, volto a confessar que me tenho rido bastante com o que de lá tenho visto.
Mas a parte do riso é apenas um dos lados da moeda. O outro lado diz-me que a TVI desta vez deve ter-se esforçado sobre maneira para encontrar os mais burros e os mais fodilhões. A guerra das audiências a isso obriga.
Os excertos que tenho visto pela internet e os "Best of" das tiradas que de lá saem são surreais. Os portugueses que enfiaram dentro daquela casa devem certamente ser a nata da burrice. Faz impressão tanta burrice concentrada em alguns metros quadrados.
Se aquilo fosse um programa de humor, eu tirava-lhe o chapéu. O problema é que não o é. O formato é outro e passa em horário nobre para miúdos e graúdos "aprenderem" o que de lá sai.
Oitenta: a ficção

Há algumas semanas encontrei nos serões de Domingo, na RTP1, o "Estado de Graça". Este sim, um programa de humor, à base sketches que ridicularizam e ironizam sobre o nosso querido Portugal. Encarnados por 5 nomes consagrados do humor nacional, depois do Telejornal de Domingo, Maria Rueff, Manuel Marques, Ana Bola, Joaquim Monchique e Eduardo Madeira conseguem fazer-nos rir com as coisas que por norma nos dão vontade de chorar.
Se imaginação lhes faltasse, o já em cima referido "A Casa dos Segredos" dá-lhes um manancial de possibilidades por onde pegar e fazer-nos rir de uma ficção tão ridícula mas tão perto da realidade. Se a realidade só por si já é ridícula, nem seria preciso muita imaginação para dela fazer momentos de humor.
Vale bem mais uma "Casa do Degredos" que uma "Casa dos Segredos".
Uma boa despedida do fim-de-semana, para começarmos a semana um pouco mais bem dispostos.
É caso para dizer que valha-nos a ficção, porque á realidade de tão cómica que é, torna-se triste de ver.
Outros vídeos aqui e aqui.
JP
2 comentários:
Lamentável.
Grande Rueff e monchique. :D
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