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sexta-feira, 8 de abril de 2011

BALUARTES

Menos de um ano depois da apresentação da candidatura Baluartes, formulada conjuntamente no âmbito do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriço entre Espanha e Portugal (POCTEP) pelas cidades de Elvas e Badajoz, o financiamento foi aprovado.

O projecto tem como objectivo principal valorizar os recursos patrimoniais de Portugal e de Espanha.

Num total de dois milhões e meio de euros, a Elvas caberá a fatia de setecentos mil euros, que é como quem diz, menos de 30% do total disponível.

Em Elvas, o projecto Baluartes inclui a recuperação dos Fortins de São Domingos, contíguo ao Aqueduto da Amoreira mesmo em frente ao cemitério municipal, e de São Mamede, nas traseiras do Forte de Santa Luzia, além da recuperação das portas de madeira dos acessos às fortificações abaluartadas, ou seja, nas três portas da cidade : Esquina, Olivença e São Vicente.

Em Badajoz, o projecto Baluartes contempla a recuperação do decrépito Fuerte de San Cristobal que mais não é do que o Forte da Graça lá do sítio.

Por falar em Forte da Graça…e falando um pouco de côr porque não estou por dentro da candidatura, nem do detalhe da mesma, não seria mais justo que a moeda de troca para a recuperação do Fuerte de San Cristobal fosse a mesma operação no Forte da Graça?

Possivelmente a verba disponível não seria suficiente para ambos, no entanto, aquilo que é observável por quem está de fora, é que a parceria só acontece porque a cidade de Badajoz lucra bem mais do que nós.

Há muito se fala da Eurocidade que a todos nos parece uma simples formalização do que acaba por ser o quotidiano de ambas as cidades, contudo, e ao que se diz, não tem havido vontade politica do Ayuntamiento de Badajoz para avançar com o projecto. Todos reconhecemos que, comparativamente, Badajoz é francamente maior, tem seis vezes a população elvense, é muito mais pujante em termos económicos e não teria tanto a ganhar. Mas se pensarmos num futuro turístico, numa aposta no património, Badajoz só tem vantagens em associar-se a Elvas. Além de possuirmos um conjunto patrimonial único, o mesmo apresenta-se bem conservado e capaz de atrair visitantes.

Turisticamente só faz sentido falar de Badajoz se o a associarmos ao património militar elvense e à história conjunta destas cidades raianas e tradicionalmente rivais.

Senhores, parcerias sim, mas pelo menos que se repartam os benefícios. Uma negociação perfeita é aquela em que ambas as partes ganham... "win-win".

São Mais Dualidades!!!
NP

2 comentários:

Elvascidade disse...

Somos menos, mas claramente mais ricos em património. Temos que nos fazer valer de todo o nosso património.

Anónimo disse...

Tás coberto de razão.
Badajoz, economicamente dá-nos de 10.
Mas em termos monumentais nós damos de 1.000 a eles!
E precisam do nosso património para serem de "interesse turístico"!

Aguardemos...

Bom fds!

Jinhos,
Ms