Antes de saires de casa presta atenção

segunda-feira, 14 de março de 2011

Vem aí nova paralisação

Com um pequeno esforço de memória creio que todos nos conseguimos lembrar daquilo que foi e o que provocou no país a greve que as empresas de transporte de mercadorias, os popularmente conhecidos camionistas, fizeram em 2008.
Se nos primeiros dias pouca ou nenhuma importância demos à paralisação, à medida que os dias iam passando e os camionistas mantinham firme a sua convicção, as carências de bens iam-se fazendo sentir pelo país inteiro e todos nós começámos a perceber o quão grave a situação poderia ser.
De entre todos os produtos que começaram aos poucos a faltar pelo país fora, um daqueles que mais ameaçaram o regular funcionamento do país foram mesmo os combustíveis. As filas nas estações de serviço para abastecer o carro eram cada vez maiores e as bombas com falta de combustível começavam a surgir.

O irónico de toda esta situação é que ela foi provocada precisamente pelo inflacionamento que o preço dos combustíveis que se viveu na altura, quando atingiram máximos históricos para a altura.
Segundo os camionistas, na altura, o combustível que representa o seu principal custo de operação, atingiu valores incomportáveis para a realização da sua actividade.
A sua principal reivindicação eram os apoios e subsídios do Governo.
Quando a situação por fim se resolveu, todos suspiramos de alívio e percebemos o peso que este sector tem na normal actividade do país.

Pois bem, todo este cenário que faz parte do passado promete voltar agora ao nosso presente, com a nova greve do sector que se iniciou às 0 horas de hoje.
E mais uma vez, sabemos quando começou mas não sabemos quando vai terminar. A greve que hoje começa não tem data para terminar. Tudo irá depender dos desenvolvimentos, das conversações e dos acordos que se venham a realizar entre os representantes do sector e o Governo.
Tal como em 2008, a justificação que leva a esta paralisação é a mesma, e prende-se com o aumento exponencial que o preço dos combustíveis está a atingir, fazendo os máximos de 2008 parecerem ridiculamente baixos. E com promessas de continuar a subir.
No meio de tudo isto, com as recordações do que aconteceu em 2008 a voltarem à nossa memória, vamos acompanhando o que se vai passando e esperando que a situação se resolva a curto prazo, sob pena de sentirmos no nosso dia-a-dia a falta de alguns bens que já consideramos de primeira necessidade.
Pelo sim, pelo não, atestei o carro.

JP

6 comentários:

Elvascidade disse...

Continuo a perguntar, quando é que isto rebenta?

Anónimo disse...

O que isto precisa é de uns libios para resolver a situação.

Anónimo disse...

Uma viatura de transporte pesada em Portugal,salvo raras excepções de empresas com viatura propria para distribuição dos seus produtos e cuja margem de lucro comporte a sua manutenção,está condenada a falir,o gasoleo esta a rondar os 1.4 euros/lt,a taxação das scut vieram condicionar ainda mais este sector num país pequeno e periferico.,as scut´s e auto-estradas estão vazias de carros e muito mais de camions.

Em espanha o gasoil estava ontem a 1.290eur,mas para ir de badajoz a madrid e de madrid ate frança ,não tem de pagar a autopista,e fala o n/governo em competividade e exportações.

A afectação dos transportes a ser repercutida nos preços das mercadorias,mais aumentos de preços se adivinham.

O bom senso pede que os camions pagassem metade das portagens nas scut´s e auto-estradas entre as 0 horas e 7 horas,e que o gasoil profissional fosse implementado,ou,permitissem uma total dedução dos impostos as empresas.Ai sim havia competividade e ate se podia exigir ao sector dos transportes,um abaixamento dos preços,logo, mercadorias mais baratas,era uma forma de contrariar o desequilibrio do poder de compra que vimos a assistir.

Anónimo disse...

meus caros, o problema é bem mais grave, pois politicamente não se vislubra outra solução se não mais do mesmo.

este governo é prepotende e arrasta-nos para o abismo, o PSD não demostra ideias para salvar o pais, assim com manifestações ou greves não temos nada de novo, mesmo com um novo 25 de abril como no domingo foi dito por alguns na manifestação da geração arasca não vejo luz ao fundo do tunel.
Infelizmente quem vai pagar somos nós, mas a geração dos nossos filho está seriamente em risco.

Anónimo disse...

parce-me que a opinião do anónimo das 12:36h é bastante coerente e viável.
Infelizmente os nossos políticos iluminados, hão-de arranjar 1001 impedimentos para que isso seja possivel.
E acho k já tivemos mais longe dum 2º 25 de abril. Mas desta vez era bom k houvesse SANGUE!!!!!

Jinhos,
MS

Anónimo disse...

Concordo com o MS. Eu começo pelo Socrates.