Acendam a luz ao Aqueduto!!!!

Já falamos no Dualidades do espectáculo único que oferecem as muralhas seiscentistas elvenses depois de concluída a requalificação que, iluminando-as, as valorizou.

No entanto, fala-se do bom, mas também do mau.

A principal entrada da cidade, pela nacional 4, chegando na direcção de Lisboa, Estremoz, etc, oferece um dos mais bonitos postais que possamos ter visto, o Aqueduto da Amoreira, a que todos chamam ex-libris da cidade.

Imponente, altivo, construído ao longo de décadas pelo esforço financeiro de gerações de elvenses, surpreende quem nos visita e faz um arrepiozinho na espinha de quem o reconhece como um pouco de seu, de quem o identifica como a sua casa, o seu canto.

Contudo, para que possa ser apreciado convém que se chegue a Elvas de dia, porque se a iluminação já era deficitária, nos últimos dias ela quase é inexistente…desconheço qual a causa que motivou a situação e imagino que o investimento tenha algum vulto, mas considero que numa cidade que se quer turística e candidata a património mundial precisa cuidar mais do legado que lhe deixaram os seus antepassados.

É desolador contornar a rotunda do Tribunal mal o sol se põe, seguir na direcção do monumento mais emblemático da cidade e encontrar um total breu que esconde aquilo de que todos nos orgulhamos. Outras vezes, observamos alguns focos cheios de boa vontade que, do alto de algumas arvores, iluminam algumas partes do monumento, não o deixando perceber na integra ou minimizando o impacto visual que o mesmo provoca.

Nos últimos dias passei por duas cidades espanholas que ostentam orgulhosamente a classificação da Unesco e as suas realidades pouco tem a ver com a nossa. Não digo que o seu património seja melhor que o nosso, ate porque me parece errado fazer comparações deste género, mas percebe-se um cuidado, uma aposta clara nessa riqueza que movimenta a economia, atrai visitantes e gera riqueza e desenvolvimento.

Conto que a autarquia tenha esta realidade bem presente e que redefina prioridades. Mais do que estradas ou betão, os nossos Arcos da Amoreira merecem ser dignificados!!!

São Mais Dualidades!!!
NP