Amália...

O dia hoje não vai ser fácil...

Além de voltar ao trabalho depois de duas fantásticas semanas de férias, ainda estou cansadíssimo dos últimos dias passados na bonita cidade espanhola de Granada. Foram uns dias muito bem passados.

Durante a semana vou tentar partilhar convosco algumas das imagens que registei. Já conhecem a cidade? Já? Então vou por certo recordar-vos de alguns episódios passados.
Ainda não conhecem? Então proponho que conheçam, através das minhas fotos, a beleza de Granada.

De destacar a nossa frustração ante a impossibilidade de conhecer o “pateo de los leones”…então não é que o raio dos doze leões estão a ser alvo de restauro? Grande sorte, dirão vocês…e é verdade.

Ontem também demos um salto até à Sierra Nevada, mas tivemos mais outro golpe de sorte. Com as temperaturas altas que se têm sentido nos últimos dias, não nos foi possível observar o mínimo vestígio de neve. Noutros anos, a Sierra Nevada cobre-se de neve logo em Outubro e o manto branco permanece até quase ao verão.
Como o pessoal lá passou, o branco não marcou a sua presença.
Mas a beleza natural e os mais de 2.500 metros de altitude já justificaram a visita.

Quanto ao dia de hoje, destaca-se particularmente pelo aniversário da morte da voz do fado por excelência : Amália Rodrigues.

Se dúvidas existissem, ela é o exemplo concreto de que, apesar de sermos todos iguais, independentemente de cores, credos ou classes sociais, alguns de nós destacam-se por serem figuras únicas que sobressaem e atingem a imortalidade ao serem sempre lembrados pelo seu valor, pela sua arte.

Depois de dez anos após a sua morte, a fadista que deu o fado ao mundo continua viva para os portugueses, a sua imagem continua presente, a sua voz ainda é ouvida e os seus fados repetidos inúmeras vezes, conhecendo até mesmo novas versões, novas sonoridades, dando-nos a perspectiva que permanecerão por muito mais tempo.

Durante o dia de hoje, todos os canais generalistas prepararam uma programação especial alusiva à vida e carreira da diva do fado.

Já se fizeram filmes, adaptações a séries, exposições, homenagens e tantas outras manifestações, mas nenhuma delas conseguiu calar a palavra que Amália cantava de forma singular, a saudade.

Nada consegue calar a saudade que os portugueses guardam da sua voz do fado!

São Dualidades!!!
NP