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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dualidades remember 2010 (#7)


Completar-se-á no dia 20 de Fevereiro um ano sobre uma data que não traz nenhumas boas recordações a Portugal mas principalmente ao madeirenses e sobre a qual não há motivos para qualquer tipo de comemoração. Eventualmente, apenas para homenagem.

Foi na manhã desse dia do mês de Fevereiro de 2010 que a Madeira e Portugal acordaram com a notícia da tragédia ocorrida nessa madrugada na ilha, provocada pelo mau tempo que assolou o arquipélago.
Nessa noite, um forte temporal causou inundações e deslizamentos de terras, provocando várias dezenas de mortos, centenas de feridos e milhares de desalojados.
A ilha a Madeira, conhecido por todos como o jardim de Portugal e caracterizada pela sua beleza rara, chegou até nós pelas razões. Um invulgar temporal varreu uma ilha que é caracterizada pelo seu tempo ameno durante quase todo o ano e apanhou desprevenidos os seus habitantes que se viram a braços com uma invulgar manifestação na natureza.

Mas também não nos podemos esquecer que, se por um lado o tempo é incontrolável, por outro lado, a intervenção do Homem, quase sempre com efeitos negativos, muitas vezes tem a capacidade de tornar pior o que já por si é mau.
A ilha da Madeira, durante as últimas décadas, tem sabido preservar as suas maravilhas naturais mas outra parte da sua paisagem também tem sido alvo de uma grande transformação.
A intervenção do Homem tem sido muita. A bem da modernidade e das populações, é verdade, mas talvez sem pensar nos efeitos secundários que daí podem advir em situações como esta.
O facto de muita da construção que é feita na ilha acontecer em encostas acidentadas, de haver movimentações de terras, eventualmente alguma desflorestação excessiva e de ser frequente o desviar ou reduzir a espaço natural destinado ao caudal das ribeiras que descem a serra facilita a que em situações destas os estragos atinjam dimensões que de outra forma poderiam não atingir.

Também é importante não esquecer que após esta enorme tragédia os madeirenses souberam arregaçar as mangas, limpar a cara à ilha e voltar a dar-lhe o encanto que todos lhe reconhecemos.

Quando nos aproximamos do dia 20 de Fevereiro de 2011, que marcará um ano passado sobre esta enorme tragédia, resta-nos esperar que uma situação destas não volte a acontecer e que a Madeira saiba preservar aquilo que de mais belo todos lhe reconhecemos.

JP

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