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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Oito e Oitenta (#122)

Oito – Nação lusa

A República portuguesa assinala o seu centenário. As comemorações acontecem um pouco por toda a nação lusa, mas se as autoridades parecem empenhadas em recordar o dia em que foi posto um ponto final na monarquia que governou Portugal durante quase oito séculos, o povo português não parece muito preocupado nem esclarecido sobre os pormenores da data.

Os noticiários vieram para a rua e inquiriram um par de cidadãos. Como habitualmente poucos souberam responder às perguntas formuladas : Qual foi o último Rei de Portugal? Ou Qual foi o Primeiro Presidente da República de Portugal?

Se tivessem passado pelo Dualidades e lido o post didático do Sócio JP, por certo teriam feito melhor figura. Ou então se tivessem visto a série que a RTP1 exibiu nos serões de 2ª e 3ª feira, mas com certeza que, a essa hora, toda a minha gente saltava entre o novo reality show da TVI e as muitas telenovelas que ocupam a programação do serão.

A verdade é que se nota um distanciamento da sociedade lusa da sua história, dos factos e das figuras. Temos uma forma de estar muito própria. O importante no dia de ontem foi não ir trabalhar e para isso vale tudo, seja qual for a data a celebrar.

Somos um povo pobre em cultura, mais preocupado no consumismo desenfreado, no ter, do que no ser.

Somos a Nação que somos!!!!


Oito II – Nação brasileira

Optei por dois oitos no dia de hoje, a propósito das recentes eleições presidenciais no Brasil.

O país irmão, por nós colonizado, revela muito daquilo que fizemos dele. Obviamente que as pessoas já lá estavam quando Pedro Álvares Cabral pôs o Brasil no mapa, mas fomos nós, enquanto nação mais desenvolvida, que os colonizamos e lhe transmitimos os nossos credos e as nossos conhecimentos.

O resultado está à vista.

O humorista Tiririca, figura caricata da sociedade brasileira, acaba de ser eleito para deputado federal por mais de um milhão e trezentos mil brasileiros, sob o slogan “vote em Tiririca, pior do que está não fica”.

No mínimo de bradar aos céus. O bom do homem assumiu na sua campanha não fazer a ideia qual ser o papel de um deputado federal e mesmo assim mereceu a confiança de tantos brasileiros que o elegeram para defender os seus interesses.

Por cá palhaços também os há, mas nesta esfera costumam estar mais camuflados…

São Mais Dualidades!!!
NP

1 comentário:

Elvascidade disse...

É o espelho do estado das nações. A nível cultural.