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terça-feira, 1 de junho de 2010

Maré negra sem fim à vista

Tem sido com preocupação que tenho acompanhado as notícias sobre a evolução da situação em volta da fuga de petróleo do poço da BP, no fundo do oceano.
Foi ainda com mais preocupação que assisti ontem à notícia de que mais uma tentativa para tapar a fuga não teve qualquer sucesso. Mais um fracasso, depois outros que já houve.
E a situação que já se prolonga por várias semanas.

São impressionantes as imagens que nos chegam da fuga de petróleo, que vem do fundo do oceano e mais impressionantes ainda são as imagens do mar em volta da zona onde ocorre essa fuga e da costa que tem vindo a ser atingida.
São milhões de litros de petróleo que estão a ser injectados directamente no oceano e que já deram e mais ainda vão dar à costa, principalmente dos Estados Unidos.

Se pensarmos o quão dramático são situações de marés negras que são provocadas quando petroleiros têm fugas de petróleo para o oceano, mais facilmente percebemos a dimensão deste caso, em que temos um peço a libertar petróleo directamente no oceano e sem parar, há semanas consecutivas.
Não é por acaso que este já é considerado o maior desastre ambiental da história. Não é necessária muita imaginação para perceber que os ecossistemas, com todas as espécies animais e vegetais daquela zona vão ser destruídos e que essa destruição poderá prolongar-se por muitos anos.
De igual forma, todas as comunidades que habitam nas zonas atingidas e dependem desses recursos naturais para viver, vão ser grandemente atingidas e privadas das suas fontes de rendimentos.

É bem verdade que a BP disse que irá assumir todos os custos inerentes a esta tragédia ambiental. Desta forma poderá ser recuperada a componente económica que está a ser destruída por esta situação, mas e a componente ambiental? E todo aquela mar, praias espécies animais e vegetais que vão ser destruídas? E todos sabemos o tempo que é necessário para que tudo isto volte a ser o que era.

Mas tudo isto serve para nos mostrar que uma tragédia destas não tinha acontecido até hoje simplesmente porque não tinha calhado. Depois de várias tentativas experimentais e falhadas para conter a fuga, sem sucesso, já todos percebemos que o homem avança para estas explorações no fundo do mar sem ter um plano de contingência para o caso de algo correr mal.
Começo a acreditar que a única solução deste problema será quando o poço não tiver mais petróleo para despejar no oceano.

JP

3 comentários:

Elvascidade disse...

O ser humano estraga o que a natureza cria.

dualidades np disse...

Confesso que estas situações me angustiam bastante.
Desperdicio de recursos e acima de tudo danos irreparáveis no ambiente...

Anónimo disse...

Só vão descansar quando fod lixarem isto tudo.