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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O aumento expectável da taxa intermédia do IVA

Estamos lixados...quando são oposição criticam as politicas do governo, condenam as subidas de impostos e apregoam que há formas alternativas de equilibrar a economia sem ter que penalizar mais os portugueses.

Passam uns meses, invertem-se os papéis e dão o dito pelo não dito...

Muito se falou durante a campanha eleitoral da necessidade de reduzir a taxa social única para reduzir os encargos das empresas e as tornar mais competitivas na procura incessante pelos votos dos empresários, mas nada se disse da receita que seria necessária para compensar tal perda.

Soubemo-lo ontem...em cima da mesa está a possibilidade de aumentar a taxa intermédia de IVA em, pelo menos, 2%...ou seja, a actual taxa de 13% passaria para 15%...

A taxa, aplicável em toda a actividade de restauração, penalizaria os empresários desta área de negócio, com consequente influência em futuras perdas de facturação.

Mas afinal o que é que se passa aqui?

Os nossos políticos não sabem mais?

Aumentar impostos não tem grande ciência, mas também não resolve os problemas estruturantes do país. Pode contribuir para cumprir metas e défices mas não agiliza a economia nem gera consumo.

E vem dizer-me que o português continua a consumir demais…se aumentarem a taxa intermédia de IVA os restaurantes, pastelarias, cafés e afins terão que reflectir esse incremento na sua facturação afugentando clientes…

A bica tem em Portugal um papel fundamental enquanto factor de socialização. Serve de pretexto para encontrarmos amigos e familiares, para dois dedos de conversa. Quando transitamos do escudo para o euro, em 2002, a bica passou de 50$ para 50 cêntimos que é como quem diz, o dobro.

Agora, pelo andar da carruagem, arriscamo-nos a ver a bica disparar para 1 euro, o que acredito fará reduzir o consumo da bebida.

O mesmo acontecerá com a pastelaria. Qualquer bolo, por mais pequeno que seja, ascende já a 1,50 eur / 2 eur...o problema disto tudo é que a massa salarial portuguesa não tem estrutura para suportar estes custos e cada vez as condições de vida serão menos boas.

Senhores do governo, não conseguem fazer melhor? E a tão falada redução da despesa do estado e acima de tudo do despesismo?

As promessas eleitorais são para cumprir, mas todas, e não só as que convêm.

São Mais Dualidades!!!
NP

1 comentário:

Elvascidade disse...

No final das contas quem se lixa é sempre o mesmo!