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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mais um ano...mas parece tudo na mesma...

Entramos em contagem decrescente para mais uma edição da secular Feira de São Mateus e das festas em honra do Senhor Jesus da Piedade.

Pelo que me parece, o programa será uma fotocópia do ano passado, o que se lamenta.
Ontem à tarde, ao fazer zapping detive-me na TVI onde o brejeiro Manuel Luís Goucha conduzia uma emissão especial em directo de Viana do Castelo na apelidada "romaria das romarias".
Ano após ano as festas da Senhora da Agonia continuam a ser um chamariz para as gentes do Minho mas também de todos os pontos do país e também de Espanha.

Em contrapartida, o nosso São Mateus, reconhecida como a maior romaria do sul do país, parece-nos definhar a cada ano, sem organização, sem grandes atractivos, com um cartaz de espectáculo direccionado para uma fatia especifica dos elvenses e onde se destacam os mesmos cabeças de cartaz.

Reparei que em Viana do Castelo se aposta nas tradições minhotas. Realizam-se vários cortejos etnográficos onde os visitantes tomam contacto com os usos e costumes de outros tempos.

Defendo que também em Elvas se devia valorizar o passado e recria-lo no período da feira. Destaco pela positiva o esforço de um grupo de cidadãos de boa vontade que, em boa hora, criou o grupo de Romeiros de Vila Boim e que, quase de improviso, passou a fazer parte da agenda das festas, conferindo-lhe um colorido especial.
Questiono apenas a hora do desfile. Quase coincide com a saída dos Pendões e nessa altura a grande maioria já está na cidade, vendo-se impedida de os ver desfilar na avenida da Piedade.

Os tempos mudaram. As pessoas não vão ao arraial todos os serões apenas por irem como acontecia há vinte ou trinta anos. Mas se tiverem animação, se tiverem grupos populares trajados a rigor que vão cantando pelo recinto, recriações do São Mateus de outros tempos, estou convencido que o parque da Piedade teria muito mais afluência, com vantagens evidentes para todos e sem grande esforço de investimento.

Também sou da opinião que, a arrumação da feira deveria ser melhor explorada e segmentada e actualmente é feita pela boa vontade da confraria. As barracas de bugigangas não deveriam ocupar uma área tão significativa e seria importante fazer-se um upgrade que, em certa escala a Expo São Mateus veio colmatar, mas que muito há ainda por fazer. Olhe-se para o Crato, para a Ovibeja, etc...

O espaço nocturno que felizmente se tem vindo a impor nos últimos anos também merecia nova abordagem. Recordemos a diferença que todos notamos este ano na Semana da Juventude. A presença das estruturas da empresa Retiros Místicos arrumou o espaço e deu-lhe muito mais conforto, com áreas delimitadas para dançar, casas-de-banho, etc. Porque não considerá-lo também no São Mateus?

São ideias avulsas, de um observador que lamenta que a Feira de São Mateus continue a ser preparada pelo amadorismo de um conjunto de senhores de boa vontade, quando já merecia o profissionalismo de quem deve catapultá-la para o patamar que merece. O verdadeiro espírito do São Mateus, o que mantém os elvenses presos a cada certame, deve manter-se mas está na altura de revitalizar a maior festa do concelho e muni-la de mais dinâmica e atractivos.

Quando o programa for conhecido voltamos à conversa...

São Mais Dualidades!!!!
NP

5 comentários:

Anónimo disse...

Pois....
Mas como o assunto tá nas mãos da confraria, não sei até k ponto é k esta terá interesse em conferir esse poder a outra entidade.
Aguardemos...

Jinhos,
MS

Elvascidade disse...

Infelizmente, estou inteiramente de acordo.

Anónimo disse...

Metam os olhos nisto

http://digital.publico.pt/Local/enchente-na-romaria-dagonia-gerou-mais-de-10-milhoes-de-euros_1508564

Anónimo disse...

Do artigo no Publico:

"O cálculo que se pode fazer é que por cada pessoa, por cada dia de festa, teremos um consumo médio de 10 euros. Isso representa um volume de negócios, gerado em Viana, de 10 milhões de euros", apontou Francisco Sampaio.

Faz lembrar aquelas estatísticas de milhões de passageiros no TGV.

Anónimo disse...

Ideias mais que susceptíveis de colocar em prática, logo que sejam feitas uma série de lobotomias nas cabecinhas pensadoras dos passivos elvenses que tão mal tratam o nosso S. MAteus.
R.M.