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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vamos pôr as coisas a nu

Normalmente o assunto anda sempre relacionado com o mesmo. Praias e melhores condições para pôr o pirilau e a passarinha a apanhar sol.
Desta vez, para não variar, o tema volta a aparecer na altura do ano habitual e sobre os assuntos habituais.

A FPN (Federação Portuguesa de Naturismo) queixa-se da falta de praias na costa portuguesa destinadas à prática do naturismo.
Este novo protesto foi desencadeado pelo fim oficial do naturismo na Praia da Estela, o que significa que a norte do Rio Tejo deixou de existir qualquer praia dedicada a esta prática.
Os representantes da FPN mostram por isso a sua preocupação e apelam à sensibilidade das autarquias pare reverter esta tendência.
A dirigente da Federação, Maria Emília Paiva, alega que este tipo de espaços naturistas devidamente autorizados pode trazer mais-valias económicas para as zonas onde eles se situam, pois são espaços cada vez mais procurados e que atraem cada vez mais turistas e veraneantes.
Segunda esta mesma dirigente, o turismo naturista "é dos que mais tem crescido nos últimos anos e há cada vez mais naturistas no mundo que procuram espaços autorizados onde poder estar".
As autarquias ao não perceberem isso estão a deixar de recolher essas mais-valias económicas e a "obrigar" os amantes desta prática a rumar a outras paragens.
A indiferença existente em Portugal em relação a esta prática faz com que o nosso país vá perdendo o benefício monetário a favor de outros países, não só porque os estrangeiros ficam lá fora, mas também porque os portugueses vão lá para fora praticar o naturismo.

Para tentar sensibilizar as autarquias e estabelecer um contacto mais efectivo com estas, a FPN "vai fazer um estudo na região norte das praias com potencialidades naturistas para depois pedir autorizações às autarquias".

Em Portugal existem apenas 7 praias exclusivas a esta prática e onde o naturismo esta devidamente autorizado: Alteirinhos (Odemira), Adegas (Aljezur), Barril (Tavira), Belavista (Almada), Salto (Sines), Ilha Deserta (Faro) e a mas antiga de todas, Meco (Sesimbra).
Por sua vez, em Espanha "existem mais de 400 espaços naturistas".

No meu caso particular, não sendo um adepto deste tipo de ida à praia (nem de qualquer outro) concordo com os argumentos apresentados.
Mesmo não se sendo adepto desta prática ou até mesmo não se concordando com ela, acho que todos reconhecemos que há por aí muita gente, cá dentro e lá fora principalmente, que gosta e pratica e que esse gosto oferece uma nova oportunidade de "negócio" dentro do próprio negócio que já é o turismo balnear, tão importante na nossa economia.
Se há um leque de mercado disposto a pagar por isso, as autarquias com costa e outras entidades devem fazer por aproveitar esse mercado.
Se esse dinheiro pode ficar cá dentro porque não oferecer condições para isso em vez de empurrar esses pirilaus e essas passarinhas lá para fora.

JP

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois não sei bem o que pensar.
´Não ouvi as justificações da autarquia para ter deixado de pertecer a esta "rede".
Será que os ingrassos não seriam assim tão significativos?
Será que o ambiente proporcionado por esses praticantes é conveniente?

Para além destas questões, acho que Portugal é um país conservador e eventualmente essa será uma das razões: não ferir as susceptibilidades dos habitantes locias.
Isto V´s incremento económico pouco significativo, poderá ter sido o argumento.


Que o Turismo é uma das nossas mais valias, é!
Que tem que se ter uma visão mais económica das coisas, tem.

Jinhos,
MS