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terça-feira, 21 de junho de 2011

O carrocel começou a andar...

Com o novo governo chega também uma promessa de credibilidade e seriedade que modifique a forma como a politica tem sido feita em Portugal, onde os interesses pessoais dos seus protagonistas sejam ultrapassados pelo superior interesse nacional... no entanto, à primeira cavadela, minhoca!

Foi com grande surpresa que, ainda na pré-campanha, todos vimos Fernando Nobre somar-se às fileiras do PSD quando meses antes tinha enchido o país de uma esperança em figuras supra-partidárias merecedoras da nossa confiança. Depois do bluff inicial o dito senhor mostrou de imediato a sua ambição em ocupar o lugar de segunda figura do Estado que é como quem diz ser Presidente da Assembleia da República.

Deve ter sido a contrapartida oferecida por Pedro Passos Coelho para contar com o apoio do senhor, de olho nos milhares de portugueses que nele votaram nas últimas presidenciais.

Mas o tiro saiu pela culatra e Fernando Nobre não foi por certo uma mais-valia à candidatura PSD às legislativas de 5 de Junho.

Mesmo com todo o ruído gerado à volta deste assunto, ontem Pedro Passos Coelho cumpriu a sua palavra e propôs o nome de Fernando Nobre para Presidente da Assembleia da República, mesmo sabendo que o partido com quem se coligou não partilha da sua opinião e que muito certamente se absteriam.

Bingo! Fernando Nobre mereceu um chumbo à primeira volta, não conseguindo sequer somar os votos favoráveis dos 108 deputados PSD com assento no hemiciclo. Houve dois que atraiçoaram a causa.

Segundo dita a lei, a segunda volta da eleição realizou-se de imediato na expectativa que surgissem os 10 votos necessários para a maioria. Nem mesmo assim, atendendo à situação algo constrangedora, os deputados do PP deram o voto de confiança ao candidato dos seus colegas de Governo, aliás, à segunda Nobre recebeu menos um voto que da primeira.

Que venha o próximo nome...

Digamos que esta primeira imagem do novo governo de coligação fica muito aquém da expectativa dos portugueses, onde estão a união e coesão apregoadas? Fica-nos a ideia de que continuam os compadrios, os interesses de bastidores e a ambição de certos políticos pelo poder.

Querem ver que vamos comer gato por lebre? Tanta mudança, tanta mudança e fica tudo na mesma! E quem se lixa, é o mexilhão, como sempre!

São Mais Dualidades!!!
NP

2 comentários:

Elvascidade disse...

Mais uns episódios desta longa novela Portuguesa.

Anónimo disse...

Não me parece ser um caso de "compadrios", "interesses de bastidores" e "ambição de certos políticos pelo poder".
Em linguagem popular, foi mais "contar com o ovo no cu da galinha".
O dr. Fernando Nobre esqueceu-se que precisava de votos. Nem todos os votos do PSD teve...
O que queria?