Antes de saires de casa presta atenção

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

E se fosse por cá

É o tema do momento em França e não só, uma vez que já ultrapassou as fronteiras e muita gente se tem pronunciado sobre ele, incluindo as Nações Unidas e o Vaticano.
Há dias, o Governo francês expulsou do seu território nacional umas dezenas de ciganos romenos, que teriam emigrado para lá de forma ilegal e que, não tendo conseguido emprego, por lá se mantinham acampados.

Mesmo alegando que estava apenas a cumprir a lei, as vozes de protesto contra essa decisão, dentro e fora do país, foram muitas.

Neste caso concreto, é um problema francês, mas é facilmente extrapolado para muitos e muitos outros países. O problema de emigração ilegal é um problema que nos últimos anos, dadas as conjunturas económicas desfavoráveis e de crise que se vão vivendo pelos países do mundo fora, tem ganho uma relevância bastante grande.
Nos tempos que correm, o emprego parece ser uma coisa cada vez mais escassa e nestas situações, fluxo migratórios que antigamente eram (mais ou menos) bem aceites, actualmente são encarados cada vez mais de lado.
As medidas a tomar nestas situações nem sempre são fácies e menos ainda consensuais. Nunca existe apenas uma opinião e um ponto de vista a esse respeito.

Portugal vive esse mesmo problema. Aquilo que até há algum tempo atrás era bem visto e benéfico para o país, pois os emigrantes que entravam em Portugal vinham, por norma, desempenhar funções e trabalhos que os portugueses não queriam fazer e assim contribuir para a produtividade do país, hoje em dia, com a tal escassez de emprego, passou a ser visto como um "roubar" do emprego.

A verdade é que as comunidades emigrantes em Portugal, uma mais que outras, têm crescido a olhos vistos. Se antes tínhamos como maioritárias as africanas dos países de língua oficial portuguesas, hoje, certamente que a comunidade brasileira já as ultrapassou largamente.
Hoje em dia, principalmente nos grandes centros, é quase impossível andar na rua ou ir a um centro comercial sem ouvir falar o português do outro lado do Atlântico.

Também não podemos esquecer que Portugal já foi um país de emigrantes, nos quatro cantos do mundo, e que nessa altura fomos nós que fomos viver e trabalhar para outros países.
Mas acho que a realidade actual é diferente e por causa das já referidas limitações de emprego e outras sociais em que vivemos, devemos permitir que pessoas de outros países tentem a sua sorte em Portugal mas sempre de uma forma "controlada", com quotas que devem ser respeitadas e em função das necessidades ou capacidades do país.
Se assim não for, corremos o risco de não ter capacidade de acolher essas pessoas, que depois não terão alternativa senão tentar ganhar a vida de outras formas menos correctas e também fazer o mesmo aos próprios portugueses que se vêm privados de emprego.
E tudo isto contribui para uma degradação social ainda maior do país.

JP

2 comentários:

Notícias curiosas de Elvas disse...

Estive faz já alguns anos no Immigration Museum em Nova Iorque, e havia quotas segundo os países, e diz-se que havia preferências entre "raças" brancas, muito embora os Estados Unidos não sejam um País Branco, por exemplo diz-se que aos eslavos da Europa de Leste preferiam os escandinavos.

Os Romenos são pedintes profissionais e sabe-se lá mais o quê.

Em Elvas diz-se que há uma família no Centro Histórico que atravessa a fronteira para pedir em Badajoz, utilizando para isso o mini-bus com publicidade ao "El Corte Inglés"

O resto dos imigrantes de leste são gente seriíssima e muito respeitada, a quem até os bancos aceitam dar crédito.

Anónimo disse...

standardizar que todos são maus ou são bons, não é justo.
Mas a Roménia é o berço dos ciganos!!!!!!
Eu tou FARTA deles. há 1 ou 2 familias que se comportam como "pessoas normais", o resto exige viver dos descontos dos que trabalham.
Acho que a França está certa e que o resto da Europa deveria fazer o mesmo.
Anteontem em conversa com um amigo, a propósito desta medida do governo françês, dizia-me ele que numa das viagens que fez a França, viu um destes acampamentos.
O relato deixou-me de boca aberta: são espaços enormes a perder de vista, cheios de camiões TIR tipo roulotes, com parabólicas, BMW, mercedes, porches e afins à porta. Se não trabalham, não é dificil imaginar de onde vem o dinheiro para tanto luxo!
E ainda há quem tenha pena????????
LEVEM-NOS PA CASA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Jinho,
MS