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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Será o preço elevado ou a pirataria?

Mais uma "arte" em crise. Mas porque será que já ninguém fica espantado com isso. Principalmente com a música.

Segundo dados da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), as vendas de música em Portugal sofreram uma nova quebra de facturação no ano de 2009. Quebra essa que se pode quantificar na ordem dos 6 milhões de euros, quando comparado como o ano anterior.

De acordo com a AFP e tendo em conta estes valores de mercado que recolhe anualmente, as editoras de música, em 2009, facturaram cerca de 33 milhões de euros, com vendas de música em formatos digital e físico.
Em contrapartida, em 2008 tinham facturado cerca de 40 milhões de euros e 44,5 milhões em 2007.
Ou seja, mesmo sem necessidade de fazer grandes contas matemáticas, dá para perceber perfeitamente que os valores têm vindo a diminuir a um ritmo enorme.

A título de curiosidade, podemos dizer que a editora que mais vendeu foi a Universal Music, que representa em Portugal, entre outros, os U2 e os Xutos&Pontapés.
Por outro lado, no ano passado, os álbuns mais vendidos em Portugal foram "Amália Hoje", do projecto musical com o mesmo nome, "O homem que sou", de Tony Carreira e "Acústico ao vivo", da Rita Guerra.

Mas esta tendência de quebra que se tem verificado em Portugal na área das vendas de música também se tem verificado em outros países.

Como todos devemos saber, ou pelo menos imaginar, as justificações para este “fenómeno” não devem muito difíceis de compreender. Tal como vem acontecendo um pouco em todas as outras áreas, tais como na literatura ou no cinema, também aqui na música a tal conjuntura económica não deve estar a ajudar muito mas o principal factor que leva a estas quebras acentuadas é seguramente a pirataria. A facilidade com que qualquer um de nós, através da internet, consegue encontrar e descarregar músicas, garantidamente faz com que a compra de CD’s fique um pouco posta de parte.
Pelo menos no que me toca, confesso que estou incluído neste grupo. Já não me lembro quando foi a última vez que comprei um CD para mim próprio e não é por isso que tenho deixado de ouvir música.
É a era do digital...

JP

1 comentário:

Anónimo disse...

E que tal colocarem no mercado os CDs a preços acessiveis?