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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Oito e Oitenta (#121)

Oito: Portugal

Não sei muito bem o que se passa mas a verdade é que este país não deve estar muito longe de bater no fundo. O limite da descida não deve estar muito longe.
O país parece aproximar-se da bancarrota. O Governo não pára na sua incessante loucura de pedir mais e mais empréstimos lá fora, os juros que nos são cobrados sobem sem parar. Mesmo assim, as contas públicas não apresentam grandes melhorias, cada vez mais pessoas falam na intervenção do FMI e agora também na necessidade de recorrer ao fundo que a UE criou para países à beira da falência.

O desemprego, mesmo tendo em atenção que estamos agora a sair de uma altura do ano em que tradicionalmente se cria mais emprego, que foi o Verão, continua em máximos históricos e a única solução que por cá se fala é em aumentar (ainda mais) os impostos. Como se ninguém percebesse que desta forma retiram mais dinheiro a quem o tem mas por outro lado provoca que cada vez haja mais pessoas e empresas que não o tenham.

Os Partidos políticos discutem na praça pública quem disse o quê e se o devia ter dito e jogam às adivinhas e às provocações, enquanto que o Governo continua a insistir na ideia de não há problema nenhum, está tudo controlado.
Por tudo isto, acho que o fundo não deve estar muito longe.


Oitenta: Centro Comercial Amoreiras

Esta semana, aquele que foi o primeiro Centro Comercial a ser construído em Portugal (pelo menos digno desse nome), completou 25 anos de existência.
Desenhado pelo "excêntrico" arquitecto Tomás Taveira, o Amoreiras foi um projecto que na altura da sua construção veio transformar a ideia que em Portugal havia de edifícios. A arquitectura era totalmente diferente do que estávamos habituados e foi uma obra que por isso conseguiu dividir a opinião das pessoas, entre os que gostavam e os que achavam que era um atentado à imagem da cidade.

Ainda sou do tempo, frequentava eu o ensino secundário, em que excursão escolar que se prezasse e que viesse para os lados da capital tinha obrigatoriamente de ter uma paragem no Amoreiras. Quer o destino principal da excursão fosse o Jardim Zoológico, quer fosse o Planetário, a Gulbenkian ou outro qualquer, no final do dia tinha de ter paragem obrigatória no Amoreiras.

Passados que estão 25 anos da inauguração de um dos mais conhecidos centros comerciais do país, vemos que este foi o primeiro de muitos e muitos que lhe seguiram. Portugal é hoje uma plantação de Centros Comerciais. Mas este, por ter sido o primeiro, fica na lembrança.

JP

1 comentário:

Notícias curiosas de Elvas disse...

Quando há retoma na Zona Euro e especialmente a Alemanha cresce muito fortemente, Sócrates fala como se todos os factores lhe fossem exteriores e nenhuma responsabilidade tivesse, do meu ponto de vista, se tivesse um bocadinho de dignidade já deveria ter feito o que Guterres fez, pôr o lugar à disposição, mas o gajo parece uma "lapa"...