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quinta-feira, 13 de maio de 2010

13 de Maio...com o Papa

Apesar de sermos um estado laico, mais de 80% dos portugueses assumem-se como católicos o que confere uma simbologia muito própria ao dia de hoje.
Desde há 93 anos a esta parte, o 13 de Maio passou a fazer parte do calendário religioso nacional, data em que três crianças pastorinhas da região de Ourém ( Fátima ) viram aparecer-lhes Nossa Senhora e revelar-lhes segredos sobre a política mundial e apenas pedindo que rezassem o terço.

Dois desses Pastorinhos, Jacinta e Francisco, foram beatificados pelo Vaticano precisamente há dez anos e para assinalar essa efeméride, a Autoridade máxima da Igreja Católica veio até Portugal, na que é a sua primeira deslocação a território nacional.

Não é de estranhar, como tal, que tal visita marque a actualidade nacional. Goste-se ou não, defenda-se ou não, Bento XVI é um dos mais prestigiados Chefes de Estado globais, além de ser o sucessor de Pedro.

Lisboa, Fátima e Porto serão os alvos da visita Papal, numa cobertura sem precedentes, quer ao nível da segurança como de cobertura jornalística.

Milhares e milhares acompanharam na terça-feira a chegada do Papa a Lisboa, assistiram às suas deslocações pela capital e à missa que Bento XVI presidiu no recentemente remodelado Terreiro do Paço.

Com igual interesse e alegria, assistiram à sua deslocação até Fátima, coração da religiosidade nacional, bem como às diversas celebrações que aí tiverem lugar.

Hoje decorre o principal dia desta deslocação do Papa Bento XVI a Portugal, presidindo as celebrações de mais um aniversário das aparições de Fátima, onde por certo estarão presentes milhares e milhares de fiéis, muitos deles tendo feito o percurso a pé.

As televisões nacionais têm dado total cobertura a todos os passos do Papa em Portugal. RTP, SIC e TVI tem dedicado grande parte da sua programação a esta visita, obtendo por certo valores de audiência elevados.

Como já anteriormente tínhamos comentado aqui no Dualidades, Bento XVI pode não ter o mediatismo do seu antecessor João Paulo II, nem granjear os níveis de empatia deste junto dos fiéis, mas fica provado que uma visita Papal reveste-se sempre de grande entusiasmo nacional.

Pelo menos por estes dias parece que sentimos menos a situação económico-financeiro do país.

São Mais Dualidades!!!
NP

4 comentários:

AP disse...

Concordo com tudo o que dizes, mas tolerância de ponto para o dia de hoje, para a função publica, acho inacreditável...com o estado das nossas finanças, acho uma autentica excentricidade!!!
Bjos
AP

Mimi disse...

NP,

Eu pertenco ao grupo dos 20% de portugueses que não se revestem de entusiasmo com a visita do papa.

Gostaria de perceber como é que um Estado laico se verga desta forma perante a visita do Santo Papa! Ah, e já agora… como é que se chama Santo a alguém que representa uma instituição onde milhares foram mortos, torturados e dizimados em nome de Deus!

Muitos continuam na miséria e a morrer à fome enquanto este “Santo Papa”, continua a rejubilar-se as custas de um valioso espólio roubado a “infieis”…
Enfim, muito se tem feito e se continua a fazer em nome Deus!

A ajudar a festarola e com procissão ainda no adro, vem os nosso governo dar-se ao luxo de oferecer tolerância de ponto de dia e meio à função pública!
Fecham-se instuituições públicas, escolas, estradas, reforça-se a segurança como nunca visto, etc, etc, etc.
Viva o despesismo público !!!!

E como não há bela sem senão, adivinha lá quem é que irá pagar parte desta factura ?!

Beijinhos,

Dualidades JP disse...

A tolerância de ponto deixa muito a desejar. Certamente que muitos dos beneficiados não ligam a mínima à visita do Papa e no entanto para-se o país por causa dessa tolerância.

Anónimo disse...

É sempre um tema contorverso. Contudo,apesar de todos os apesares, os países conforme a sua maioria religiosa, costumam fazer estas excentricidades.
A minha opinião: O despesismo, para os tempos que correm´, é excessivo; O "feriado-2 serve para o povo "esquecer" a crise... O papa não é santo, é um homem como todos nós.
Somos católicos, porque concordamos com a doutrina cristã.
O que os homens fizeram a seguir: inquisição, o Vaticano ser o estado mais rico do mundo V´s a miséria de muitos fiéis, etc.. são contrasenços que eles próprios criaram.
Sou católica porque concordo com a moral que é inerente a esta religião.
Quando vou à igreja, vejo pessoas que estão com uma atitude muito devota, mas quandi saem de lá fazem o contrário do que deveriam. Mas não vou deixar de ir à igreja por isso.
EU vou à igreja, porque é o lugar de culto da minha religião, onde se ora e se faz introspecção.

Jinhos,
MS