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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O segredo do sucesso

Termina amanhã em Badajoz a iniciativa que recebeu o nome de "Shopping Week".

Durou seis dias e foi promovida pelas associações de comerciantes e as instituições públicas, tais como o Ayuntamiento, a Direcção Geral de Comércio do Governo da Extremadura e a Diputacion.

Conforme noticiava o Linhas de Elvas "Numa intensa semana recheada de actividades, a localidade pacense é palco de desfiles de moda, promoções especiais, apresentações de produtos, visitas guiadas, actuações musicais, artesanato, degustações gastronómicas, mostras de arte na rua e a abertura das lojas até à meia-noite.
Com esta iniciativa, Badajoz quer consolidar a sua vocação de cidade comercial e de serviços, reconhecida pelos portugueses que vivem perto da zona fronteiriça.
Segundo dados do "Observatório de Badajoz", um projecto promovido pela Câmara Municipal no qual participam políticos, empresários e profissionais, cerca de 20 por cento do volume de vendas totais na cidade corresponde a cidadãos portugueses. As principais razões da visita têm a ver com a oferta comercial, incluindo o abastecimento de combustível, embora outros motivos comecem a ter um peso significativo, como os cuidados de saúde nos hospitais públicos e privados da cidade. Para além disto, os portugueses representam 44% das dormidas de turistas estrangeiros em Badajoz, de acordo com o "Observatório" da cidade."


Apesar das realidades não serem comparáveis, atendendo à supremacia populacional da cidade de Badajoz, a verdade é que o seu comércio, e mais concretamente o situado na artéria mais movimentada, soube unir-se e criar sinergias que atraem não só os residentes como também uma franja significativa dos portugueses que vivem na raia, principalmente os de Elvas e Campo Maior, mas também de Borba, Vila Viçosa, Estremoz, Arronches, Portalegre, etc...

Se recuarmos vinte anos no tempo, recordamo-nos do centro histórico e comercial de Elvas repleto de espanhóis, carregados de sacos com, essencialmente, atoalhados, bronzes e café. Nessa altura as lojas proliferavam pelas artérias elvenses como cogumelos, todas à procura dessa oportunidade de negócio.

Os tempos mudaram, as necessidades dos consumidores também, mas em Elvas não houve a capacidade de acompanhar essa mudança, de evoluir. O resultado está à vista...

E o mais curioso é que alguns comerciantes elvenses desse ramo de actividade continuam a sua actividade, mantendo a procura e justificando as deslocações dos vizinhos espanhóis, sinal de que, apostando na qualidade e na diferenciação o interesse mantém-se vivo.

Esta questão merece reflexão por parte da associação empresarial elvense, enquanto ainda existe vida...por mais ténue que seja.

São Mais Dualidades!!!
NP

1 comentário:

Elvascidade disse...

Apesar de todos os nossos condicionalismos, falta-nos iniciativa.