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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PSP em greve. Sim ou não?

Esta semana recebemos a notícia de mais uma novidade que vai ocorrer em Portugal. A Policia de Segurança Pública prepara-se para fazer greve. Mais concretamente em Novembro, no dia em que se vai realizar em Portugal a cimeira da NATO.
Do lado do Governo, a resposta já surgiu, e diz que essa greve não é legal pois os estatutos da PSP não o permitem. Os sindicatos contrapõem dizendo que a partir do momento em que a PSP passou a ser incluída no "grupo" dos restantes funcionários públicos ganhou esse direito à greve.

A grande questão que se coloca é exactamente essa. Será que deve ou não ser permitido que a Policia de Segurança Pública ou outras forças de segurança façam greve?!
Por um lado, pelo facto de serem funcionários públicos, deveriam ter esse direito, tal como todas as outras classes de funcionários públicos.
Por outro lado, pela especificidade que envolvem as suas funções, nomeadamente no garantir da ordem pública e da segurança das pessoas, que não podem em momento algum ser postas em causa, será que esse direito à greve não deve estar permitido.

Sobre as questões legais de poderem ou não ter o direito à greve não me pronuncio. Dessas questões não entendo, por isso mesmo não tenho opinião.
No entanto, se me perguntarem a minha opinião, diria que sou contra a ideia da Policia de Segurança Pública e outras forças da segurança poderem fazer greve. Pela razão que referi em cima. Por serem responsáveis pelo garante da ordem pública e da segurança de todos nós. E entendo que a segurança deve garantida sempre, sem umas interrupções pelo meio para greves.
Felizmente o nosso país, comparado com muitos outros, em termos de terrorismo ou actos de violência, ainda é um país relativamente calmo. No entanto, nunca podemos dizer que estamos livres de que algo mais grave aconteça e para levar a cabo um atentado terrorista ou algo semelhante basta um dia de greve.
Ou até mesmo, se não quisermos dramatizar ou pensar em algo tão grave, simples actos de violência, roubo ou afins que podem prejudicar o comum dos cidadãos.

JP

3 comentários:

Notícias curiosas de Elvas disse...

Quem entra para a Função Pública ou Polícia deveria lembrar-se que pertence a um "contingente" limitado e altamente cobiçado pelos trabalhadores menos qualificados da "privada".

Os da privada têm que sujeitar o valor do seu trabalho às leis do mercado - oferta e procura - pelo que me parece mais um oportunismo de um "grémio".

Elvascidade disse...

Também sou contra, deveriam adotar outras formas de luta. A ordem pública e a segurança de todos os cidadãos não pode ser posta em causa. E o perigo (leia-se banditismo) está sempre á espreita e que melhor oportunidade que um País sem polícia.

Anónimo disse...

Antes da greve os polícia lutaram pelo direito ao sindicalismo... conseguiram-no e, depois, mudou alguma coisa?!... Agora esta histeria por causa do direito à greve!Pobre povo este que sempre desprezou quem lhe faz bem e dá mérito a pessoas cobardes, mesquinhas e mentirosas.
Abram os olhos em Portugal Povo mesquinho.