Oito e Oitenta (#120)

Oitenta – Recuperação do viaduto

Com as festas da cidade de Elvas ainda a decorrer, saúda-se com agrado a conclusão da primeira fase das obras de requalificação da envolvente ao Aqueduto e às muralhas seiscentistas, mais concretamente a zona popularmente conhecida como da "Senhora da Nazaré".

As obras foram concluídas um pouco de atropelo para que tudo estivesse a postos para a passagem dos Pendões. Compreende-se, mas possivelmente prejudicou alguns detalhes.

Mas seja como for, a principal entrada para o casco histórico ficou embelezada e mais digna, dando continuidade ao trabalho desenvolvido nesta área.

Aguardamos com expectativa a segunda fase das obras que, segundo o presidente da Câmara, estarão concluídas em três ou quatro meses, ficando também prometida a inauguração, por esses dias, da iluminação da totalidade da cintura de muralhas num total de quase seis quilómetros e que, estou certo, valorizará a panorâmica nocturna da Elvas muralhada.


Oitenta – A tradição já não foi o que era

Este ano a procissão dos Pendões não cumpriu toda a sua tradição ao sair, na íntegra, da antiga Sé da cidade.

O conjunto de Pendões que todos nos habituamos a ver sair da Igreja da Nossa Senhora das Dores, acompanhados da Banda 14 de Janeiro, saíram este ano da antiga Sé, tal como todos os outros.

O estado avançado de degradação da Igreja de Nossa Senhora das Dores obrigou a que a mesma não fosse aberta, tal como também já não o foi no último ano quando, na quinta-feira santa a procissão do Mandato percorreu as igrejas da cidade.

Lamenta-se a situação e chama-se mais uma vez a atenção para o drama do património religioso. No meu ponto de vista, e sem ter muito bem noção de quem tem principal responsabilidade pela manutenção destes imóveis, considero que a diocese deveria zelar para que situações como estas não se verificassem.

Acredito que, por esse país fora, sejam dezenas as igrejas que se encontrem no estado da referida e é uma parte da nossa história que rui com elas.

Aguardemos expectantes que alguém tome conta da situação e que, no próximo 20 de Setembro, os Pendões voltem a sair da Igreja de Nossa Senhora das Dores e a tradição volte a ser o que era.

São Mais Dualidades!!!
NP