A altura do ano é por si só triste. A despedida do verão, a descida da temperatura, os dias tornarem-se mais pequenos, a perspectiva de se passar mais tempo em casa longe do contacto com o sol e com o ar livre, motivam muitas vezes que andemos mais tristes e desalentados.
A somar a isso temos a alma lusa, cinzenta e melancólica e como se tudo isto não bastasse, as palavras crise, deficit, aumento de impostos, desemprego e redução de poder de compra fazem agora parte do nosso quotidiano como o “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”.
Enquanto o PSD mantém o país em suspenso, sem dar a conhecer a posição que tomará mais lá para o final do mês quando o Orçamento de Estado for votado na Assembleia da República, e todos pensamos com os nossos botões qual mal é menor, se a queda do governo ou a aprovação do bendito orçamento, alguns países da Europa começam a dar mostras de querer sair da situação em que se encontram.
Nos últimos tempos, o nosso Primeiro-Ministro tem-se especializado na capacidade de fazer uma análise comparativa da situação económico-financeiro do país com outros congéneres europeus. Ainda há dias na entrevista que concedeu a Constança Cunha e Sá para a TVI o homem falava da vizinha Espanha e destacava, todo contente, alguns aspectos que, na sua opinião deixavam o país do lado mais fragilizado que o nosso.
Também por mais do que uma vez o ouvi comparar a realidade nacional com a alemã, no entanto, não me recordo de o ter ouvido frisar que, o FMI prevê que a economia espanhola cresça um pouco mais que o previsto no ano de 2011 e acima dos 2% no ano 2013 e seguintes e que a Alemanha atingirá um crescimento da ordem dos 3,3% o que leva o Ministro da Economia alemã a propor substanciais aumentos salariais como forma de dinamizar a economia.
A Alemanha intitula-se já como a “locomotiva económica da Europa”, lutando para a redução do desemprego e falando em descida de impostos…
Por cá é o que se vê.
Os empresários reuniram-se ontem com Cavaco Silva, o Rei de Espanha e o Presidente da Itália para discutir ideias sobre a fragilidade economia nacional que, sem rumo ou planeamento, vai lutando para se manter de pé, assegurar postos de trabalho e criar riqueza. Mas os impostos penalizam-nas, o incremento do custo das matérias primas, a entrada em cena de novos países no cenário europeu com salários mais baixos e por consequência gerando produtos mais competitivos.
Falava-se ontem que a saída para as empresas nacionais passa pela inovação, logo pela diferenciação e não podia estar mais de acordo.
Fazer igual ao que os outros fazem não nos traz vantagem competitiva porque fazemos mais caro e pior. A saída é inovar. Querem um exemplo? Acredito que todos conheçam a nova gama que a Renova lançou. Criou papel higiénico com cores vivas e apelativas tornando um utilitário num objecto de decoração, elevando o preço do produto. A verdade é que tem sido notícia um pouco por todo o mundo e as encomendas via net chegam dos locais mais inóspitos e inesperados, incluído de Hollywood. Façam uma pesquisa no Google e tomem consciência do caso de sucesso.
Inovemos e demos mostras ao mundo da criatividade lusa! Já uma vez inovamos e demos mundos ao mundo, do que estamos à espera? Os genes estão cá!
São Mais Dualidades!!!
NP
EU HOJE SOU...
-
Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
Sem comentários:
Enviar um comentário