A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.
A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, a república apresentava-se como a única capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.
Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira.
Lista de Presidentes da República
- Joaquim Teófilo Fernandes Braga de 1910-10-05 a 1911-08-24
- Manuel José Brum da Silveira e Peyrelongue de 1911-08-24 a 1915-05-25
- Joaquim Teófilo Fernandes Braga de 1915-05-29 a 1915-08-05
- Bernardino Luís Machado Guimarães de 1915-08-06 a 1917-12-05
- Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais de 1918-04-28 a 1918-12-28
- João do Canto e Castro da Silva Antunes de 1918-12-14 a 1919-10-05
- António José de Almeida de 1919-10-05 a 1923-10-05
- Manuel Teixeira Gomes de 1923-10-06 a 1925-12-11
- Bernardino Luís Machado Guimarães de 1925-12-11 a 1926-05-31
- José Mendes Cabeçadas Júnior de 1926-05-31 a 1926-06-07
- Manuel de Oliveira Gomes da Costa de 1926-06-17 a 1926-07-09
- António Óscar Fragoso Carmona de 1926-07-09 a 1951-04-18
- António de Oliveira Salazar de 1951-04-18 a 1951-07-21
- Francisco Higino Craveiro Lopes de 1951-07-21 a 1958-08-09
- Américo de Deus Rodrigues Tomás de 1958-08-09 a 1974-04-25
- António Sebastião Ribeiro de Spínola de 1974-04-25 a 1974-09-30
- Francisco da Costa Gomes de 1974-09-30 a 1976-07-13
- António dos Santos Ramalho Eanes de 1976-07-14 a 1986-03-09
- Mário Alberto Nobre Lopes Soares de 1986-03-09 a 1996-03-09
- Jorge Fernando Branco de Sampaio de 1996-03-09 a 2006-03-09
- Aníbal António Cavaco Silva de 2006-03-09 a 2011-03-09
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JP
EU HOJE SOU...
-
Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
2 comentários:
Antes já havia Monarquia Constitucional e Democrática, ao golpe de estado seguiram-se perseguições, nomeadamente à Igreja, e em abono da verdade, durante a I República nada se fez, todo o País ficou por infra-estruturar!
Como é que é possível este anormal do Zé de Melro vir aqui debitar ignorâncias como as que disse. A Monarquia era constitucional mas não democrática. Primeiro porque só os proprietários podiam votar, segundo porque não havia noção de cidadania, e nem todos os portugueses eram iguais, bastando nascer-se nobre para se ser muito superior a outro semelhante e finalmente porque durante a Monarquia Constitucional houve mais períodos de ditadura como a de João Franco do que constitucionalismo, isto para já não falar nas perseguições e assassinatos de opositores, na proibição da liberdade de imprensa e noutros casos graves e flagrantes.
Quando diz que nada se fez na Primeira República ou é ignorante ou maldoso. Os governos da I República Portuguesa eram dos mais avançados para a Europa daquele tempo impondo, por exemplo, a lei do divórcio, a separação da Igreja do Estado e a gratuitidade e obrigatoriedade do ensino, ou tão só, o Registo Civil, coisa que nem sequer existia. Quanto a perseguições houve-as é claro, perseguições a reaccionários que queriam voltar sempre ao antigamente e que planeavam golpes de estado dia sim dia não como foi o caso do Sidónio Pais ou da tentativa da Monarquia do Norte, ou então da padralhada conservadora que debitava fel contra a República nas Missas enganando o povo.
Por tudo isto, se é ignorante deve estar calado ou pelo menos não tente enganar as pessoas com o seu fel de reaccionário.
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