Todos concordamos que a educação sempre foi, no nosso país, um dos calcanhares de Aquiles das diversas governações.
Os Ministros que defendem a referida pasta sempre tiveram uma vida util muito inferior a outras talvez porque a área é crítica e interfere com diversos grupos sensíveis da nossa sociedade.
José Sócrates começou a sua governação com Maria de Lurdes Rodrigues uma ministra muito ao seu estilo, dura, inflexível e com capacidade para tomada de decisões menos populares. Pela mão dela surgiram as polémicas aulas de substituição, discutiu-se de forma acesa o processo de avaliação dos docentes e a Ministra foi somando anti-corpos que lhe custaram a cabeça, depois de lhe terem arremessado ovos à porta de uma escola que visitava.
Na sua segunda escolha, José Sócrates procurou uma figura mais popular da sociedade portuguesa e com um estilo afável, que contrapusesse a rigidez da sua antecessora. Mas talvez seja essa a única vantagem da actual Ministra Isabel Alçada já que o resto deixa um pouco a desejar.
No passado domingo ouvi com atenção a intervenção da Senhora no Jornal da Noite da SIC, respondendo sobre a possibilidade da abolição dos chumbos. A sua descrição num tom pausado e quase romanceado remeteu-me para uma realidade utópica que infelizmente não existe.
Dizia a Ministra que devemos orientar-nos pelos modelos educacionais dos países do norte da Europa já que são estes que obtêm maior índice de sucesso.
Desta forma, propõe-se aferir a possibilidade dos alunos deixarem de ser chumbados no formato a que todos estamos habituados, optando pela definição de metas de aprendizagem que todos os alunos deverão atingir com a colaboração dos docentes a quem cabe a tarefa de "inventar" formas de os motivar e lograr os tais objectivos traçados.
Todos conhecemos as crianças e os jovens de hoje em dia. Todos sabemos a panóplia de situações que prendem a sua situação e temos também noção da motivação escolar que nos moveu a nós e que move hoje os mais novos.
A proposta da Senhora Ministra parece-me realmente a ideal, mas para isso haveria que mudar mentalidades e muitos outros factores que condicionam directamente os resultados obtidos.
Pode ser um passo de gigante...ou pode ser mais outro no caminho do facilitismo, onde só as estatísticas saem a ganhar.
São Mais Dualidades!!!
NP
EU HOJE SOU...
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Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
3 comentários:
A comparação com a Europa do norte ou é mal-intencionada ou ingénua, afinal a educação começa em casa e a "matéria-prima" alunos por cá tem um nível familiar basatante mais baixo!
A proposta da senhora realmente é a ideal.
Infelizmente não vivemos num país ideal, onde a educação está muito longe do ideal e onde pais a alunos não são os ideais. E os resultados de tudo isto estão à vista.
Por tudo isto, acho que este devaneio é de uma infelicidade extrema, só para não o classificar de uma diarreia mental.
Voto na "diarreia mental", plos motivos que já expuseram.
E mais 1: o governo quer dados estatisticos do sucesso escolar...
O k nos leva a um país de gente mediocre com canudo!
Caminhamos a passos largos para o terceiro mundo!
Jinhos,
MS
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