Cada vez vive-se mais depressa...como se o tempo fugisse por entre os nossos dedos!
Ontem vi com alguma atenção o programa Repórter TVI naquele canal. Semanalmente propõem-nos um tema que, regra geral, consegue prender a atenção dos telespectadores mais atentos.
Esta semana abordava-se as vivências da geração a que denominaram "sem limites". Dá que pensar. Passaram pouco mais de quinze anos sobre os meus quinze anos e as coisas mudaram radicalmente.
É normal que não compreendamos alguns comportamentos ou que há distancia de uns anos não concordemos com algumas atitudes, já a minha professora de Sociologia dizia que era o célebre "conflito de gerações", no entanto, nestas últimas décadas a evolução tem acontecido a uma velocidade alucinante.
Segundo a referida reportagem, crianças de 12 e 13 anos saem à noite em Lisboa com alguma regularidade e bebem uns copos, fumam e no final da noite entretêm-se com umas "curtes". No meu tempo, fumar um cigarro era um acto de irreverência e conquistava-se a admiração dos que nos rodeavam. Hoje a fasquia elevou-se e sob a pena de se ser excluído ou gozado. É preciso fazer bem mais!
Ao que consta, hoje em dia um namoro decorre de forma bem mais acelerada. Trocam-se uns beijos e ao fim de uma semana tem-se a noção que se deve ir mais longe. Fogo...rapazes da minha geração, têm alguma coisa a dizer a isto?????? Neste campo as coisas mudaram bastante e ao que parece na maior parte dos casos são as mulheres a precipitarem os acontecimentos.
Recordo-me que, com essa idade, vivi de forma muito mais ingénua e despreocupada, mais de acordo com a mentalidade da época, com a graça própria que esses anos traziam e sem pressas de viver outras emoções porque naturalmente elas chegaram.
E os pais, o que dizem no meio disto tudo? Como dizia o psicólogo entrevistado, muitas vezes os pais desmarcam-se do papel que lhe corresponde para procurarem ser os melhores amigos dos seus filhos. Normalmente a coisa tende a descambar para o lado do facilitismo.
À data a autoridade paterna ainda condicionava comportamentos e respeitavam-se as directrizes impostas. Algumas vezes também as fintávamos, mas as represálias não se faziam esperar...
Hoje em dia, e à luz da referida reportagem, os pais parecem não ter grande controlo sobre o destino dos filhos.
Não tenho filhos adolescentes, mas se olhar um pouco para filhos de amigos meus que atravessam essa fase, concluo que na província a mudança não foi tão significativa. Nota-se alguma evolução relativamente à vivencia dos pais, mas ainda não se chegou ao ponto lamentável ontem retratado.
Com tanta pressa de viver, pergunto-me para com os meus botões, que outros emoções quererão conhecer estes pré-adolescentes à medida que os anos avancem e os limites vão sendo cada vez mais elevados?
São Mais Dualidades!!!
NP
EU HOJE SOU...
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Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
3 comentários:
O retrato é evidentemente de uma parte e não se pode tomar a parte pelo todo.
A vantagem das crianças que vivem numa família "regular" de pais casados é tremenda, pois não precisam de comprar os filhos com favores e podem até orientar as amizades desde a infância.
O grupo é determinante para começar a fumar, beber e ter comportamentos sexuais.
O grupo em que se inserem infelizmente e na maior parte das vezes tem que ver com a origem familiar e até com o bairro onde vivem.
E continuaremos a ver emanar de alguma sociedade génios nas artes e ciências, apesar de tudo...
Não vi a dita reportagem mas em relação a esse assunto é engraçado constatar uma coisa: à medida que as gerações vão passando, por um lado os filhos ganham essa dita "emancipação" e liberdade cada vez mais cedo mas por outro lado saem de casa dos pais cada vez mais tarde.
Acho que é um tema bastante complexo, mas cada vez mais as crianças entram no mundo dos adultos mais cedo nem que seja pelo famoso magalhães.
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