Antes de saires de casa presta atenção

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Qual o número ideal de horas de sono?

Uma das coisas que sempre gostei de fazer foi dormir. Sim, porque isto de ser alentejano não pode ser só a fama. Já que a temos, toca de aproveitar. :)
Infelizmente, as condições para poder dormir muito já não são as mesmas do que nos tempos de adolescência e durante a vida de estudante. Agora as obrigações e os horários são outros.

Mesmo nos fins-de-semana, quando dá para esticar mais um pouco, o sacana do relógio biológico teima em tocar mais ou menos por volta da hora habitual dos dias de semana. Por vezes, com algum esforço e insistência, lá consigo ser mais forte que ele e prolongar a fase de sono. Até parece que acordo mais bem-disposto.

Durante a semana, fico-me algures por entre as 7 e 8 horas de sono diárias. Se pudessem ser mais, melhor, mas é o que temos. Mas será que são suficientes?!

Ora bem, segundo um estudo, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de West Virgínia, nos Estados Unidos, dormir menos de cinco horas aumenta para o dobro as hipóteses de desenvolver angina de peito, insuficiência coronária ou ataque cardíaco.
Por outro lado, segundo o mesmo estudo, dormir regularmente mais de nove horas também faz aumentar os riscos de doença cardiovascular em relação ao ideal considerado por este estudo, que são as 7 horas.

De acordo com os investigadores que elaboraram este estudo, o grupo mais vulnerável são os adultos com 60 anos que dormem menos de cinco horas por noite, triplicando os riscos de doença cardíaca em comparação com os que dormem sete horas, que será o número ideal.
Dormir seis ou oito horas aumenta "ligeiramente" o risco de desenvolver doenças do foro cardíaco.

Resta dizer que para elaborar este estudo, o grupo de investigadores analisou dados recolhidos de 30 mil adultos que, em 2005, responderam a um questionário nacional sobre saúde.
Depois de estudadas as respostas, relacionadas ainda com características específicas de cada indivíduo, os investigadores encontraram uma forte ligação entre as doenças cardiovasculares e o tempo de sono, embora não tivessem conseguido explicar o facto através de uma base científica.

Ora bem, voltando à minha rotina normal e pelo menos segundo este estudo, parece que posso ficar descansado. Não deve ser por falta ou overdose de horas que sono que vou desta para melhor.
Ainda assim e mesmo correndo o risco de isso contribuir para aumentar o risco de contrair uma doença cardiovascular, vou continuar a aproveitar os fins-de-semana para insistir e dormir mais uma boas horinhas.
Sabem como é, sempre gostei do risco. :)

JP

3 comentários:

Notícias curiosas de Elvas disse...

Parece-me uma perspectiva bastante reducionista, a dos americanos, a não se tratar de um padrão ou média.

As diferenças individuais são importantíssimas!

dualidades np disse...

Nunca ouviste dizer que quem muito dorme pouco aprende? No teu caso talvez esta frase explique muita coisa :-D

C.M.Lx disse...

E nesse estudo, incluíram os efeitos que pode haver para quem não dorme de todo?