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terça-feira, 10 de agosto de 2010

O INE e o poder de compra

O Instituto Nacional de Estatísticas ( INE ) publicou recentemente um estudo sobre o poder de compra dos 308 concelhos portugueses.

Basicamente o indicador caracteriza os municípios "sob o ponto de vista do poder de compra, numa acessão ampla, a partir de um conjunto de variáveis", segundo esclarece o INE.

Para o efeito consideraram-se o vencimento salarial, os contratos imobiliários, o número de automóveis, optando por uma metodologia de análise multivariada.

Feitas as contas as surpresas não são muitas, no meu ponto de vista. A riqueza está essencialmente concentrada no litoral do país com especial incidência para a grande Lisboa que coloca 5 concelhos no top 10, logo seguida do grande Porto. No pódio temos Lisboa, Oeiras e Porto.

E o Alentejo? Também sem surpresas.

Segundo o estudo do INE, Sines é o primeiro concelho alentejano a aparecer no ranking assumindo a 14ª posição nacional. Para isso têm contribuindo certamente os investimentos no Porto de Sines e numa série de indústrias que se tem desenvolvido à sua volta.

Logo a seguir vêm as três capitais de distrito: Évora na 16ª posição, Beja na 26ª e Portalegre na 32ª espelhando a realidade económica das três cidades alentejanas e as assimetrias entre elas, com evidente destaque para a capital do Alto Alentejo.

A vila de Campo Maior ocupa a 48ª posição do ranking nacional, sendo o quinto concelho alentejano em termos de poder de compra. Também nada de estranho, atendendo a que, é aqui que está sedeado o Grupo Nabeiro – Delta Cafés.

Seguem-se Vendas Novas, Vila Viçosa e Estremoz na 61ª, 68ª e 70ª posições, respectivamente.

Elvas aparece apenas na 71ª posição, sendo o nono concelho alentejano com maior poder de compra. Também não me parece que surpreenda.

A realidade económica da cidade, a falta de indústria, o valor elevado da taxa de desemprego, os dias amargos que assolam o comércio tradicional contribui para a classificação que nos é atribuída.

Sinceramente sou da opinião que, a continuarmos como até aqui, a tendência é de agravamento da realidade apresentada, caso a economia local não tenha capacidade de dar a volta e impor-se de forma competitiva, conquistando cada vez mais o enorme mercado cheio de oportunidades que é a extremadura espanhola.

Enquanto não chega o TGV e a plataforma logística alguma coisa terá que ser feita, ou corre-se o risco de, quando tal acontecer, talvez seja tarde de mais…

São Mais Dualidades!!!
NP

3 comentários:

Notícias curiosas de Elvas disse...

Também li, mas parece-me que há um indicador, o último, em que Elvas aparece a sombreado azul escuro, por ter uma boa performance no que toca ao peso relativo do turismo na actividade económica do Concelho!

Anónimo disse...

~Também acho que Elvas tem que embarcar com Badajoz numa tentativa de desenvolvimento e realmente o turismo, enquanto não chega o TGV e a plataforma logística, é de abraçar cada vez mais a sério!

Jinhos,
MS

Carvalho, J. disse...

Bom dia, ando à procura do estudo efectuado pelo INE mas não consigo encontrar, pode enviar-me o link onde econtrou o estudo referido no seu artigo. Muito obrigado. Cumprimentos