O Instituto Nacional de Estatísticas ( INE ) publicou recentemente um estudo sobre o poder de compra dos 308 concelhos portugueses.
Basicamente o indicador caracteriza os municípios "sob o ponto de vista do poder de compra, numa acessão ampla, a partir de um conjunto de variáveis", segundo esclarece o INE.
Para o efeito consideraram-se o vencimento salarial, os contratos imobiliários, o número de automóveis, optando por uma metodologia de análise multivariada.
Feitas as contas as surpresas não são muitas, no meu ponto de vista. A riqueza está essencialmente concentrada no litoral do país com especial incidência para a grande Lisboa que coloca 5 concelhos no top 10, logo seguida do grande Porto. No pódio temos Lisboa, Oeiras e Porto.
E o Alentejo? Também sem surpresas.
Segundo o estudo do INE, Sines é o primeiro concelho alentejano a aparecer no ranking assumindo a 14ª posição nacional. Para isso têm contribuindo certamente os investimentos no Porto de Sines e numa série de indústrias que se tem desenvolvido à sua volta.
Logo a seguir vêm as três capitais de distrito: Évora na 16ª posição, Beja na 26ª e Portalegre na 32ª espelhando a realidade económica das três cidades alentejanas e as assimetrias entre elas, com evidente destaque para a capital do Alto Alentejo.
A vila de Campo Maior ocupa a 48ª posição do ranking nacional, sendo o quinto concelho alentejano em termos de poder de compra. Também nada de estranho, atendendo a que, é aqui que está sedeado o Grupo Nabeiro – Delta Cafés.
Seguem-se Vendas Novas, Vila Viçosa e Estremoz na 61ª, 68ª e 70ª posições, respectivamente.
Elvas aparece apenas na 71ª posição, sendo o nono concelho alentejano com maior poder de compra. Também não me parece que surpreenda.
A realidade económica da cidade, a falta de indústria, o valor elevado da taxa de desemprego, os dias amargos que assolam o comércio tradicional contribui para a classificação que nos é atribuída.
Sinceramente sou da opinião que, a continuarmos como até aqui, a tendência é de agravamento da realidade apresentada, caso a economia local não tenha capacidade de dar a volta e impor-se de forma competitiva, conquistando cada vez mais o enorme mercado cheio de oportunidades que é a extremadura espanhola.
Enquanto não chega o TGV e a plataforma logística alguma coisa terá que ser feita, ou corre-se o risco de, quando tal acontecer, talvez seja tarde de mais…
São Mais Dualidades!!!
NP
EU HOJE SOU...
-
Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
3 comentários:
Também li, mas parece-me que há um indicador, o último, em que Elvas aparece a sombreado azul escuro, por ter uma boa performance no que toca ao peso relativo do turismo na actividade económica do Concelho!
~Também acho que Elvas tem que embarcar com Badajoz numa tentativa de desenvolvimento e realmente o turismo, enquanto não chega o TGV e a plataforma logística, é de abraçar cada vez mais a sério!
Jinhos,
MS
Bom dia, ando à procura do estudo efectuado pelo INE mas não consigo encontrar, pode enviar-me o link onde econtrou o estudo referido no seu artigo. Muito obrigado. Cumprimentos
Enviar um comentário