Guerra de audiências

A reentre televisiva promete ser quente, apesar de chegar com o outono...

A TVI anuncia o regresso dos reality shows ao horário nobre, assinalando o décimo aniversário sobre a estreia do formato mais bem sucedido : o Big Brother.

Hoje em dia o espectador não tem a curiosidade que todos tivemos na altura ao querermos conhecer um programa inovador que despertava o espírito voyeur que há em cada um de nós.

O sucesso deveu-se também à ingenuidade dos primeiros concorrentes, que agiam sem ter a noção do impacto que a vida na casa da Venda do Pinheiro foi tomando na sociedade portuguesa, levando a TVI pela primeira vez à liderança das audiências e fazendo da expulsão do concorrente Marco Borges noticia de abertura do telejornal.

Era impensável para estes jovens supor que o país passava o dia pendente de cada um dos seus comportamentos.

Várias edições se seguiram, novos formatos, com e sem famosos, mas não se voltou a repetir tal índice de sucesso.

Agora, volvidos todos estes anos, está prestes a chegar a adaptação lusa de Secret Story... aguardemos para ver.

E se a TVI parece querer descolar-se do formato telenovela, talvez porque tenha compreendido que o género começa a saturar, a SIC mostra-se apostada em revolucionar a ficção nacional.

Valendo-se da sua parceira com a Rede Globo do Brasil, já está a gravar a sua mais recente telenovela de título Laços de Sangue, escrita pelo autor daquele país da América do Sul, Aguinaldo Silva, responsável por êxitos como Tieta.

Segundo se ouve repetidas vezes, a preparação da mesma e dos actores envolvidos no projecto tem sido muito cuidada, de uma forma pouco habitual em Portugal e com resultados percebidos quando estrear lá mais para Setembro.

As primeiras cenas foram gravadas no Rio de Janeiro por Diana Chaves e Diogo Morgado, os protagonistas da trama e dois nomes sonantes destas andanças.

Quanto à RTP, guarda no segredo dos deuses as suas propostas.

Quando o calor se for, a hora mudar e os dias ficarem mais curtos e tristes, valha-nos o consolo de televisivamente, pelo menos, termos algum aliciante.

Ou não! Na altura a gente fala.

São Mais Dualidades!!!
NP