Nos tempos que correm, a palavra "crise" é seguramente uma daquelas que mais se vão ouvindo um pouco por toda a parte. Infelizmente, já faz parte do nosso dia-a-dia.
Ainda a propósito desta mesma crise, há uns dias, vi uma reportagem na televisão que falava de empresas financeiras que têm surgido e têm ganho projecção no mercado por se especializarem naquelas clientes que, como se costuma dizer, estão atolados em créditos.
O principal objectivo destas empresas e da prestação destes tipos de serviços era tentar aliviar os encargos que as pessoas tenham com os créditos em que se meteram.
O trabalho destas empresas passa por falar com o bancos e as entidades financeiras com os quais as pessoas contraíram esses créditos e, de uma forma ou de outra, tentar aliviar as prestações mensais para o seu pagamento. Seja através de aumento dos prazos de pagamento, seja através da consolidação de vários créditos num único. Enfim, todas as estratégias devem ser válidas desde que sirvam para dar um pequeno balão de ar às pessoas.
Segundo um responsável de uma destas empresas, este tipo de serviço pode custar à volta de 250 euros.
Mas o que mais me chamou a atenção nesta reportagem foi a entrevista que foi feita a uma pessoa da DECO a propósito deste tema. Sobre pessoas com múltiplos créditos, que recorrem à Defesa do Consumidor, porque já não os conseguem pagar e precisam desesperadamente de ajuda.
Dizia essa pessoa da DECO que, nos últimos tempos, o número de pessoas com seis, sete e oito créditos que recorrem a eles a pedir ajuda tem aumentado enormemente.
Inclusive, já atenderam pessoas com, imagina-se, cerca de trinta créditos!!!
Esta foi certamente a parte da reportagem que mais impressão me causou.
Sei que a vida não está fácil para ninguém, mas como é possível que alguém chegue ao ponto de contrair 30 créditos?! Ou até mesmo os tais seis, sete ou oito?!...
Imagino que uma pessoa assim, até para ir à mercearia deve precisar de fazer um crédito.
Devemos estar a falar de pessoas que chegam a um ponto em que já pedem créditos para pagar créditos. Ou seja, desta forma, não há rendimento mensal que suporte uma situação destas.
Será que são pessoas que estavam habituadas a um determinado nível de vida, que em determinada altura tiveram um azar, perderam as suas fontes de rendimentos mas mesmo assim quiseram manter esse nível de vida e não souberam reduzir as despesas?! Talvez...
Serão pessoas que não se conformam com o que têm e gostam de viver acima das suas possibilidades?! Quem sabe...
O problema maior é que esta vai sendo cada vez a realidade do nosso país. A palavra "crise" entrou definitivamente no vocabulário do nosso dia-a-dia e promete estar para ficar, não se antevendo melhorias a breve prazo e as familias portuguesas vão caminhando para a falência.
JP
EU HOJE SOU...
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Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
2 comentários:
E como isto está, cada vez vai ser pior!
Onde vamos nos chegar.
E como isto está, cada vez vai ser pior!
Onde vamos nos chegar.
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