Selecção Nacional - Fim da primeira série

Fazendo uma analogia com as séries de televisão que têm várias séries, a telenovela em redor da Selecção de Futebol e o Seleccionador chegou agora ao fim da sua primeira série de episódios.
Uma das mais completas e emocionantes a que assiste nos últimos anos, dentro do género.

Tivemos mundial, cenas de controlo anti-doping com ofensas à mãe de alguém (embora estas tenham sido censuradas e cortadas da telenovela e só mais tarde soubemos que existiram), tivemos processos de todos os lados e direcções, troca de bocas e acusações, jogos do europeu sem Seleccionador e com resultados vergonhosos, despedimento, tentativa de assédio a treinadores já comprometidos com outros, recuos e, finalmente, tivemos um casamento mas com um ar um pouco de contrariado ou, se preferirem, como aqueles casamentos em que acontecem porque um dos noivos percebe que está a ficar velho e se não for com aquele já ninguém lhe pega. Normalmente quem sofre é o noivo. Neste caso Paulo Bento.
Enfim, viva a Federação Portuguesa de Futebol e Gilberto Madail. Cada vez melhor.

Clubismos à parte (na medida do possível), se me perguntarem se acho que Paulo Bento vai ser um bom Seleccionador, digo que tenho algumas dúvidas.
Onde está o tal Curriculum dele? O que já treinou o homem para de repente se ver promovido a Seleccionador?
Treinou umas camadas jovens do Sporting e foi várias vezes campeão nos escalões jovens. Sim, é verdade, mas tenho de reconhecer que, em Portugal, o Sporting tem das melhores escolas de futebol e é um dos clubes que melhores jogadores jovens "produz". Ou seja, qualquer um que os treine arrisca-se a ser campeão.
Depois foi promovido a treinador da equipa principal do Sporting. E aí pergunto, para uma resposta com clubismos à parte: o que ganhou ele de importante?!

É por tudo isto e mais alguma coisita que tenho algumas dúvidas no sucesso deste casamento à pressa, só para calar as famílias dos noivos.
Independentemente disso, daqui para a frente vou continuar a apoiar a Selecção, como o fiz na era Scolari, na era Queiroz e todas as outras anteriores e desejo-lhe a maior sorte para o que aí vem, que não promete ser nada fácil.

JP