Muda o cheiro, mas o resto é igual...

Primeiro dia do mês de Agosto...período de ferias por excelência.

Este ano, contudo, o governo escolheu este mesmo dia para agravar mais ainda a já complicada situação financeira de milhões de portugueses ao agravar as tarifas dos transportes públicos. A percentagem deste incremento varia entre os diversos géneros, mas em muitos casos ascende a dois dígitos...

Não se percebe...por um lado parece-nos vantajoso que cada vez mais cidadãos utilizam os transportes públicos no sentido de produzir menos emissões, logo, contribuindo para um futuro mais saudável das novas gerações, por outro lado diminuindo o número de viaturas que diariamente entram e saem desses grandes centros e consequentemente melhorando a qualidade de vida de todos os que lá habitam...no entanto, incrementam-se os preços de utilização tornando-os menos apelativos...

Por outro lado, a ponte 25 de Abril vai ser portajada durante o mês de Agosto contrariamente ao habitual...

Mudou o governo mas a procura desesperada por receitas imediatas continua a penalizar de forma injusta os portugueses. Chamam a isto estado social?

Por outro lado foi com grande espanto que vi o Senhor Ministro das Finanças anunciar o aumento de administradores da Caixa de Geral de Depósitos. Dos últimos sete, entendeu este executivo somar mais quatro...apesar de se desconhecer os vencimentos que os mesmos irão auferir, ou seja, quanto mais os contribuintes vão ter que pagar para que se administre o referido banco.

E se a questão já se torna polémica, a agrava-la vem a revelação dos quatro nomes : António Nogueira Leite, Pedro Rebelo de Sousa, Nuno Fernandes Thomaz e Rui Machete.

Vejamos...o primeiro é conselheiro nacional do PSD e o terceiro do CDS. Ambos terão funções executivas.

O segundo é irmão do conhecido comentador político Marcelo Rebelo de Sousa e o ultimo foi presidente do PSD...

Palavras para quê???

Este governo chegou ao poder cheio de promessas de mudar o sistema, queria quebrar com o clientelismo que se percebe neste círculo e que faz os portugueses divorciarem-se da política, mas o começo não é famoso.

Aumentar as receitas através de penalizar os portugueses e continuar a engordar a despesa com "jobs for the boys" não me parece o melhor caminho...

Veremos!

São Mais Dualidades!!!
NP