Creio que a imagem que todos nós temos dos alemães é mais ou menos a mesma. Normalmente associamo-los a pessoas "frias", sérias, rígidas mas também altamente profissionais, pragmáticos, rigorosos e exigentes.Pois bem, a forma como começou aquela que já foi baptizada por alguns de "crise dos pepinos" mostra precisamente o contrário.
Depois de diagnosticados os primeiros casos de pessoas afectadas por um vírus cuja origem ainda hoje permanece desconhecida, e já lá vão umas semanas, os alemães mostraram uma total imprudência, ignorância e falta de rigor.
A forma como inicialmente colocaram a culpa de tudo nos pepinos foi do mais precipitado e insensato que pode haver.
O boato que lançaram na Europa, até mesmo agora, depois de desmentido, serviu essencialmente para arruinar as culturas por essa Europa fora dos muitos produtores dessa espécie e de outras de legumes.
O alarido e o boato foram imediatos, a contrastar com a investigação científica sobre a verdadeira causa, que ainda continua desconhecida e a matar pessoas.
Fazia falta algum sangue frio e rigor alemães na forma de lidar com este caso.
Oitenta: mudança
A esta altura do campeonato, que é como quem diz, ainda agora estamos no início da primeira jornada, não podemos ter mais que esperanças.O resultado que saiu das eleições do passado Domingo deixa-nos para já com isso. Com a esperança que alguma coisa mude, para melhor, obviamente.
Acredito que a esperança se confunda com muito cepticismo, por muitas razões. Mas vamos torcer para a mudança seja para algo melhor.
Nesta altura, há quem concorde comigo e há que não concorde, mas acho que mais do que tudo estávamos a precisar de mudar alguma coisa. Estava cansado de ver sempre as mesmas caras, as mesmas frases, as mesmas justificações e, principalmente, as mesmas desculpas.
A mudança teve a vantagem de mudar quem vai orientar o barco mas também veio provocar a mudança de quem se vai opor. Dupla vantagem.
Independentemente das cores, porque é muito mais que isso e porque não nos devemos prender às cores mas sim aos resultados e às provas dadas, acho que já estávamos a precisar. Por isso o meu Oitenta.
JP
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