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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Deu-se a mudança


E a coisa deu-se. Felizmente!
Depois de muita incerteza, trazida nas últimas semanas pelas sondagens que mais do que nunca se seguiam umas às outras, a certeza dos resultados manifestou-se e mostrou claramente a derrota do Partido Socialista e de José Sócrates.
Nunca como nestas eleições tivemos tantas sondagens e tão próximas umas das outras. Nos últimos dias de campanha elas eram diárias e sempre mostraram que os dois principais Partidos andavam praticamente colados um ao outro, sem que nenhum conseguisse descolar.
Inclusive chegou a haver alternância no Partido mais votado. Algumas chegaram a dar o Partido Socialista a frente.
Creio por isso que próprias as sondagens desta vez também saíram derrotadas, por mostrarem uma estimativa bem diferente daquilo que veio a ser a verdade.

A prestação da principal alternativa a José Sócrates e ao Partido Socialista, Pedro Passos Coelho, que durante a campanha eleitoral, no meu entender, insistiu em dar alguns valentes tiros nos próprios pés também serviu para juntar alguma desconfiança naquilo que o resultado das urnas poderia mostrar ao país.

A verdade e que Pedro Passos Coelho e o Partido Social Democrata venceram estas eleições e com uma vantagem bastante confortável, que se cifrou em mais de 10 pontos percentuais, ficando ate muito próximo da maioria absoluta.
Chegou ao fim o ciclo de Jose Sócrates, que se iniciou no ja longínquo ano de 2005.

Quanto aos outros principais Partidos, as analises dos resultados são sempre muito variadas, dependendo de quem as faz. Onde uns conseguem ver derrotas, outras vêm vitórias e vice-versa.
O CDS afirmou-se novamente como a terceira maior força política em Portugal, mas ainda assim com um crescimento inferior ao pretendido e prognosticado pelo próprio Partido e pelo seu líder, Paulo Portas.
A CDU será de todos os Partidos com assento parlamentar o que se mostrou mais estável, com o seu eleitorado, mais ou menos fiél, a estar garantido e a assegurar uma percentagem muito próxima daquilo que e habitual.
Para além do PS, o outro grande perdedor destas eleições foi o Bloco de Esquerda, que depois de várias eleições a crescer, desta vez mandou um gigantesco trambolhão. Se me e permitida a minha opinião, o Partido voltou aquilo que sempre foi, o maior dos pequenos.

Finalizado este período de campanha eleitoral, chega agora o momento de formar um Governo de maioria que seja capaz de tirar o pais do enorme buraco em que se encontra. Certamente não vai ser fácil, tal como não vão ser nada fáceis os tempos que nos esperam a todos nos, mas vamos olhar para esta mudança com esperança.
Há dias, antes das eleições, um dirigente do PSD dizia que Pedro Passos Coelho daria um Primeiro-Ministro bem melhor que aquilo que foi enquanto candidato. Eu espero sinceramente que sim.

Para quem quiser consultar todos os dados destas elições, aconselho a consultar o site da RTP, que me parece um dos mais completos, aqui.

JP

3 comentários:

Elvascidade disse...

No estado em que isto está penso que só vão mesmo mudar as moscas! Oxalá me engane para bem de todos nós.

Anónimo disse...

Puta que o pariu que vá morrer longe.

Anónimo disse...

A alternância é uma virtude da Democracia.
Tem que ser acautelada e estimulada.
É o resultado de ninguém ser igual, de poder pensar de forma diferente para o mesmo problema, deter a sua forma de estar no mundo e também da forma diferente que deseja o futuro.
Deu-se a alternância depois do que cada um entendeu sobre o que se passou.
E foi muito!!!
Desde o "deixem-me trabalhar" que foi o mesmo que chamou "monstro" ao Orçamento, pois já não o conseguia controlar, a dois que foram para melhor função, a um outro que nos deixava bem dispostos todas as manhãs pelo que fazia, até que foi mandado embora, até este ultimo que acabou por ser afastado pelo que iniciou este problema, o tal do monstro.
Que mudança vamos ter?
Mais impostos, mais desregulamentação de tudo e de todos, mais greves e protestos, mais boys, mas vamos ter que saber se a mudança nos leva para muito longe pois como estamos á beira do abismo...
Pensava que com um para o Brasil, (o das cartas) e um das relvas desaparecido como dizia o Marcelo, o novato que dentro do parti do ninguém queria, tivesse o tino de perceber que no final vai ter que carregar com o que os três querem que faça no governo.
E vai ver a mudança que a vida por vezes dá...