Euromilhões: 50% para cada um

Aposto que ninguém estava à espera deste desfecho. :P
O mais que famoso caso dos dois namorados que ganharam o primeiro prémio do Euromilhões parece ter chegado ao seu fim. Um caso que dura desde 2007 e durante todos estes anos se tem arrastado nos tribunais.
Os dois namorados, pelo menos eram-no na altura dos acontecimentos, ganharam o fantástico prémio de 15 milhões de euros, um prémio que faria a maioria dos (comuns) mortais agradecer a todos os santos e dar saltos de alegria e o que decidiram fazer? Ela, em vez de festejar e tirar o maior partido desta enorme sorte decidiu pegar-se com ele e exigir o prémio na íntegra.

Mesmo que 15 milhões de euros tenham feito esta moça perceber que já não gostava do namorado dos últimos 3 anos, parece que não lhe deram a sensatez de já não querendo nada com ele, dividir o prémio ao meio e cada um seguir a sua vida. Cada um com 7,5 milhões de euros no bolso. Certamente era uma boa ajuda para encontrarem novos amores.

Querendo os 15 milhões todos para si, decidiu avançar com um processo em tribunal exigindo o prémio todo para si, alegando que os direitos intelectuais da chave vencedora seriam dela.
Ele, embalado pela exigência dela, decidiu embalar na história o pedir o mesmo para si, pegando no argumento de que teria sido ele a pagar o registo do boletim.

Resultado disto é que tivemos duas pessoas parvas, que durante mais de 4 anos não puderam gozar do enorme prémio que ganharam e em vez disso passaram todo este tempo em advogados e tribunais. Isto para, como acho que seria o justo, o tribunal da Relação ter confirmado a decisão do tribunal de primeira instância e reforçar a decisão de que o prémio de 15 milhões deveria ser dividido em partes iguais para cada um.
Uma decisão que no meu entender faz todo o sentido e que obriga estas duas figuras a contentarem-se com a modesta quantia de 7,5 milhões de euros.

Um caso que prova que a ganância às vezes consegue cegar e não deixar ver o que é óbvio e, neste caso, monetariamente muito agradável. Por isso perderam mais de 4 anos da sua vida em que a podiam ter desfrutado de outra forma.
Mas com certeza que os advogados agradecem. Afinal de contas também têm de viver de histórias tolas.

JP