Estas eleições que se aproximam apresentam motivos de interesse como há muito não acontecia.
À medida que nos aproximamos do dia do voto, que é como quem diz, do dia 5 do próximo mês de Junho, as dúvidas e os cenários possíveis sobre o que pode vir a acontecer são cada vez mais. Senão vejamos.
Embora em politica a palavra “certeza” seja muito relativa e… temporal, mais até do que no futebol, em que o que hoje é verdade amanhã é mentira, vou arriscar a dizer que a propósito destas eleições, para já, temos estas certezas:
• Nenhum Partido vai ter maioria absoluta. Para que uma maioria parlamentar seja conseguida vão ser necessárias alianças pós-eleitorais;
• Jerónimo de Sousa e Francisco Louça dizem que não se imaginam a formar Governo com o PS, pois isso implicaria seguir o acordo feito com o FMI/UE;
• Paulo Portas já disse, ou pelo menos foi o que toda a gente entendeu, que não forma Governo com o PS;
• Passos Coelho também já disse que não se alia com o PS de Sócrates. Como não temos outro PS que não o de Sócrates, assumimos que não vai haver aliança entre os dois maiores Partidos;
• O candidato José Sócrates diz que nunca poderá chamar CDU e BE para uma aliança pois os dois Partidos recusaram-se assinar o acordo com a Troika (ou Triunvirato, se preferirem), acordo esse que será a base para a futura legislatura;
A juntar a tudo isto, o Presidente da República, Cavaco Silva, já deu a entender que apenas dará posse a um Governo maioritário, de forma a garantir que vai existir a tal estabilidade politica de que o país precisa e, em bom português, evitar que passada uma semana da tomada de posse de um Governo comecem logo todos à estalada. Assim sendo, e segundo as conclusões que se podem tirar daqui, quer dizer que até pode chamar a formar Governo não o Partido mais votado, se ele não conseguir um parceiro, mas o segundo Partido mais votado desde que tenha esse tal parceiro que lhe garanta a necessária maioria parlamentar.
Mas ontem, Pedro Passos Coelho, juntou mais uma variável à já complicada equação, que foi dizer que não tomará posse se não for o mais votado nas eleições, que o mesmo é dizer que se José Sócrates for o mais votado nas eleições, Pedro Passos Coelho não se junta a Portas para formar Governo.
Ora bem... pegando em todas estas "certezas" (embora politicas), eu que não percebo muito disto, tiro a seguinte conclusão: no dia a seguir às eleições, o país só vai ter Governo e acalmar minimamente se o vencedor for o PSD (mesmo que com apenas mais 1 voto que o PS) e os seus votos somados aos do CDS derem uma maioria parlamentar. Todos os outros cenários vão resultar num enorme granel.
Quem sabe se depois de um 25 de Abril não vamos ter um 6 de Junho. Ou então fazemos com o a Bélgica e deixamos isto andar assim, em piloto automático, o que não deixa de ser melhor que ter um pilotagem manual por parte de um piloto que não tem o brevet. :)
JP
EU HOJE SOU...
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Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
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