Que Mundial estranho

Depois do finalista vencido do último Mundial ter feito sido eliminado na fase de grupos e ter arrumado as malas prematuramente, ontem foi o finalista vencedor. O ainda campeão em título, a Itália, também caiu, sem glória, na fase de grupos.
Integrada num grupo onde aparentemente não deveria te grandes dificuldades na qualificação, a verdade é que a Itália regressa a casa sem uma única vitória. A sua participação neste Mundial resume-se a dois empates e uma derrota. Muito pouco.

Outro caso em que também posso considerar que houve alguma surpresa é o da nossa conhecida Dinamarca. Integrada no grupo da Holanda, onde esta seria o principal favorito e até se veio a confirmar, a Dinamarca deveria discutir a qualificação com os Camarões e o Japão.
E foi precisamente com os orientais que ontem a deixou fugir, ao ser batida (justamente) por 3-1.

Virando a agulha, do outro lado temos as surpresas pela positiva.
Antes do Mundial começar, quem diria que equipas como a Coreia do Sul, Estados Unidos, Eslováquia e o próprio Japão estariam no Oitavos de final.

Como dizia ontem um colega meu: este Mundial está tão estranho que Portugal ainda se arrisca a ganhá-lo.
Seria muito bom, sem dúvida, mas eu continuo com o meu saco cheio de dúvidas em relação a isso.
Seja como for, esse futuro passa (ou não) pelo jogo de hoje. Provavelmente mais do que decidir quem passa ou não aos Oitavos, o jogo de hoje é quase uma questão de “orgulho” nacional, não fosse contra o Brasil e o facto dos 6 a 2 ainda estarem presentes em todos nós.

Mas a interpretação dos resultados do grupo de Portugal ganha a maioria do seu interesse se os analisarmos em conjunto com os resultados do outro grupo, o H, de onde sairá o nosso adversário.
É o grupo da Espanha, campeã da Europa, mas onde ainda três equipais têm hipóteses de passar e também de ficar em primeiro ou segundo lugar. Ou seja, as incertezas quanto ao próximo adversário de Portugal são bastantes, independentemente de ficarmos em primeiro ou segundo do grupo. São tantas, que fica a dúvida sobre se será melhor acabar em primeiro ou segundo no grupo.
Como não há certezas, hoje toca a jogar para ganhar.

Força Portugal.

JP