Em dois anos e meio de vida do nosso Dualidades, a economia nacional tem sido um dos assuntos mais recorrentes, ao fim e ao cabo não podemos viver sem o vil metal e constantemente queixamo-nos do estado das coisas.No entanto, nunca como agora nos sentimos tão penalizados desde que o Governo anunciou as medidas de austeridade.
Estamos lixados!
A carga fiscal aumenta para valores nunca vistos. Vimo-nos penalizados no IRS através de taxas que se querem socialmente justas, mas que disso têm pouco ou nada. Sobe-se o IVA sobre todos os produtos o que quer dizer que tudo vai encarecer, desde o pão, ao leite, aos combustíveis...tudo o que consumimos.
Governo e oposição parecem de acordo : era necessário. Todos concordamos que o país tem que levar um rumo, mas tenho que concordar com o líder do CDS, Paulo Portas na sua análise. Efectivamente o Governo tem de conseguir reduzir o défice. Tem duas formas de o fazer: aumentar as receitas ou reduzir as despesas. E o que é mais fácil? Aumentar a carga fiscal e, por conseguinte, aumentar as receitas.
Mas, e o que foi feito relativamente ao corte na despesa? A esse nível não houve clareza na informação que foi passada. E acredito que haja muito a cortar.
Senão vejamos, como ainda na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa referia na sua presença no programa de Miguel Sousa Tavares. Reduziu-se o staff dos executivos públicos? As regalias? Os voos em primeira classe? Os carros de luxo oficiais? Se calhar não. Reduziram-se os salários dos presidentes das empresas públicas? Ainda ontem recebi um e-mail que considero escandaloso. Os vencimentos mensais dessa gente são uma ofensa para um país neste estado.
Um por cento de aumento de IRS sobre o vencimento de um trabalhador de quinhentos ou seiscentos euros pesa bastante mais que os falados cinco por cento nos salários destes senhores, até porque estou convencido que, apesar do imposto que têm de pagar, por certo arranjarão algum esquema manhoso de ajudas de custos e afins de forma a que lhes seja reposto o débito anterior.
É uma vergonha! O estado das contas públicas é fruto do oportunismo de alguns que não abdicam dos seus esquemas e regalias ignorando qualquer sentido de patriotismo ou de interesse nacional.
Hoje como sempre, os trabalhadores continuam a ser o garante deste país, vendo tributados todos os seus rendimentos sem forma de ludibriar o Fisco, enquanto que os grandes enchem os bolsos à conta de economias paralelas que os beneficia única e exclusivamente a eles e aos seus compadrios.
Assim não vamos lá!
Lamento mas hoje não proponho nenhum Oitenta, considero que a situação é grave de mais para ser contra-balançada com outra questão de menor relevância.
São Mais Dualidades...
NP
3 comentários:
Podias ter dado um oitenta ao nosso taxista !!! :o))))
Beijinhos,
E olhem que o pior ainda está para vir.
O Presidente do BPI já deu ontem o aviso. Houve muita gente que não gostou de ouvir mas talvez porque a verdade às vezes custa a ouvir.
Assino por baixo!!
Os salários desses senhores, que são NOMEADOS PELO GOVERNO, são um escandalo!!!!
O pior é que o grande culpado destas coisas foi reeleito!
Mais uma vez, temos o k merecemos!
Chamem o k quiserem aos espanhois, mas seguramente que já se tinham rebelado e posto este currupto na linha!!
Jinhos
MS
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