Negócio da China

Os temas desta semana têm andado só à volta de coisas tristes e pouco agradáveis. Para recuperar e tentar animar um pouco nada como uma notícia suficientemente parva, que vou partilhar convosco.
Esta notícia chega da China, esse país tão fantástico e invulgar que consegue exportar para todo o mundo não apenas os seus produtos como também a mão-de-obra para os vender localmente.

Como insistentemente falamos de finanças e economia, esta notícia também está de certa forma relacionada com isso. Está ideia, bem aproveitada, até pode ser uma óptima dica para ganhar uns trocos, numa altura em que eles tanto escasseiam, e ajudar a sair da crise.

Parece que os nossos amigos chineses (provavelmente algum que também andava mal de finanças) chegaram à conclusão que a urina humana pode ser bastante benéfica no tratamento de inúmeras doenças.
E qual a forma de usar essa urina e beneficiar dos seus extraordinários poderes curativos?! É simples. Basta bebe-la. Sem mais.
De acordo com os vendedores deste elixir, não convém ser uma urina qualquer. Segundo eles, o poder curativo da urina diminui com a idade do "mijador". Por isso, recomendam eles, é conveniente que seja urina de crianças com menos de cinco anos. Ainda está fresquinha.

A primeira dúvida que me surge e me faz pensar duas vezes antes de encomendar já uns garrafões deste elixir é, como posso eu ter garantias que a urina que me vão vender é mesmo de uma criança com menos de 5 anos?!
Posso estar a ser enganado e estar a comprar urina de um marmanjo mais velho que eu. Ah, pois é! Tomem atenção a isso antes de encomendarem. Exijam garantias.

E perguntam vocês, mas se é urina de criança, para que preciso eu mandar vir da China e aumentar ainda mais o volume de importações do meu país. Porque não pode ser urina nacional? Até fazemos vinho do melhor que há no mundo, porque não podemos também fazer urina?!
A resposta é simples. É que esta urina tem um tratamento altamente tecnológico. É recolhida ainda em fresco e selada em embalagens a vácuo. Sem deterioração do produto, entre o produtor e o consumidor.
Deve ser este tratamento extremamente evoluído que justifica o preço. Segundo a notícia, 30 mililitros deste néctar curador custam cerca de 235 euros. Ora tomem lá.

Já sabem, se tiverem putos mijões lá em casa, com menos de 5 anos, e conseguirem extrair-lhes o mijo e embalarem-no imediatamente em vácuo, podem ter nas vossas mãos a solução para esta crise.
Eu só tenho pena desta limitação da idade. E certamente que o NP também. Depois daquelas ingestões maciças de cerveja e vinho aos fins-de-semana, aquilo era só pôr os garrafões a jeito e toca a encher. E quando o vinho é daquele mesmo, mesmo bom, enchíamos os garrafões e ainda lhes púnhamos o rótulo de gourmet.

Podem ler a notícia aqui.

JP