A situação económico-financeira da Grécia inspira hoje este Oito e Oitenta.
Finalmente os parceiros europeus deram luz verde para o auxilio financeiro ao Estado helénico num total de 110 milhões de euros, dois terços garantidos pelos 15 países da Zona Euro e o restante através dos cofres do Fundo Monetário Internacional.
Portugal assumirá cerca de 2,6% do montante global, qualquer coisa como dos mil milhões de euros, ou seja, cada um de nós emprestará cerca de 194 euros ao estado grego por um período de 3 anos, enquanto que cada alemão emprestará à volta de 272 euros.
No entanto, continua a especular-se se tais medidas cortam pela raiz o drama grego ou se continua a existir a hipótese de contágio, principalmente aos dois países ibéricos.
Aqui d’El Rei! Portugal multiplica-se em debates e análises sem precedentes. Os especialistas e analistas da economia traçam cenários, caracterizam a situação, enumeram semelhanças e diferenças.
Os mais optimistas afirmam que a nossa situação é francamente melhor que a grega e que teríamos de desbaratar alguns largos milhões de euros para cairmos num cenário igualmente catastrófico.
Outros apontam o dedo à gestão lusa das últimas décadas e vaticinam um cenário semelhante caso não se corrijam os erros crassos cometidos.
Discute-se a produtividade, os elevadíssimos números do desemprego, os grandes investimentos públicos em carteira.
O país vive alarmado e começam a surgir as primeiras dúvidas reais sobre o projecto europeu e a moeda única. Se por um lado de nada nos serviria ter continuado orgulhosamente sós, a Europa falha enquanto todo ao assistirmos às desigualdades apontadas.
O governo de Berlim tem tomado as rédeas da situação e para que o auxílio à Grécia não seja entendido como uma rede de salvação para os países endividados, tais como Espanha e Portugal, no sentido de relaxarem os seus esforços de pôr as contas públicas em ordem, sugere um endurecimento nas sanções a quem não cumpre as directrizes da Zona Euro.
Assim, para evitar cenários drásticos de expulsões da zona euro, Berlim propõe a suspensão do direito de voto na EU, bem como as transferências dos fundos estruturais e empréstimos do Banco Europeu de Investimento.
Resumindo e concluindo, a coisa promete!
Por cá, continuamos expectantes, apesar de a visita do Papa vir relegar para segundo plano os problemas financeiros. Já que assim é, pedimos apenas a influência divina para os problemas que, os homens parecem não ter capacidade de resolver…
São Mais Dualidades!!!
NP
EU HOJE SOU...
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Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
2 comentários:
Estamos bem lixados, isso sim.
Emprestar mais dinheiro à Grécia dificilmente corta pela raiz o drama, o problema da Grécia, Portugal e outros iguais, é precisamente ter dinheiro emprestado a mais e poucas perspectivas de o conseguirem pagar.
Lendo o último parágrafo lembrei-me de um ditado popular que diz qualquer coisa como "Fia-te na Virgem e não corras".
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