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terça-feira, 30 de março de 2010

Sismo no Alentejo

No passado sábado assinalou-se mais uma iniciativa "Uma hora pelo Planeta".

Em Portugal foram várias as cidades que entre as 20h30 e as 21h30 apagaram as luzes de alguns dos seus monumentos como forma de sensibilizar as populações para os danos que continuamos a causar ao ambiente.

Desperdiçamos recursos, poluímos o ambiente, pensamos apenas no nosso bem estar e conforto e não paramos para reflectir nas consequências dos nossos actos irreflectidos que nos prejudicarão e às gerações vindouras.

A verdade é que as alterações climáticas estão à vista de todos. Este ano Elvas teve direito a um nevão como há décadas não se via...

E que dizer do abalo sísmico do passado sábado? Não deram por nada?

Eu não posso dizer o mesmo. Ocorreu por volta das 13h40 e por Elvas sentiu-se na perfeição. O epicentro estava situado a seis quilómetros da vila de Sousel, atingiu os 4.1 na escala de Richter e foi percebido um pouco por todo o Alentejo, havendo testemunhos não só no distrito de Portalegre, como no de Évora e até no de Beja.

Segundo o director da Divisão de Sismologia do Instituto de Meteorologia, Fernando Carrilho, "o abalo sísmico foi o maior dos últimos 30 anos na região Alentejo, que não se caracteriza por elevada actividade sísmica, ao contrário de outros pontos do País, nomeadamente as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve".

A sensação é de total impotência. Já ouvi pessoas dizerem que correram para a rua, que procuraram proteger-se em portas e outras estruturas. Particularmente permaneci imóvel ao decorrer da situação, sem reacção. Espero bem que a experiência não se repita nos próximos tempos.

Se pensarmos que numa madrugada de Dezembro, ao largo da costa algarvia houve outro abalo sentido em grande parte do país, atingindo os 6.1 da mesma escala, sou obrigado a admitir que o país parece em intensa actividade sísmica, mais ainda porque nos meus mais de trinta anos de vida não me recordo de ter vivido uma experiência desta natureza. Maior estranheza me causa que agora ocorra com maior frequência.

Os noticiários mostram-nos diariamente catástrofes naturais que ceifam vidas e deixam atrás de si um rasto de morte e destruição. Não conseguimos ficar alheios e apreensivos. Viveremos algum dia um cenário semelhante?

Sou tentado a pensar que algo se passa sob os nossos pés...e filmes como o 2012 também não ajudam a tranquilizar...

São Mais Dualidades!!!

NP

6 comentários:

Dualidades JP disse...

Eu ando um bocado preocupado com isto. Não ando a gostar nada disto, o chão anda a abanar por todo o lado. :)

Elvascidade disse...

Está a ficar o bocado complicado, todas estas alterações não me agradam nada.

Anónimo disse...

Desta vez, não senti, tb não estava no alentejo, mas em Dezembro, senti e bem em Lisboa...
É uma sensação mto estranha e de gde impotência para nós!
O planeta anda desgostoso,com o que os homens andam a fazer com ele e responsabilizou a mãe natureza de ir dando uns sinais assustadores,para os homens começarem a ganhar consciência do que anda a fazer....e será k os homens têm percebido?????
Eu acho k não :o(
Esta dissertação daria panos para mangas...mas o meu patrão não me paga para isto ! lol
Bjocas
AP

Sandra disse...

E eu a pensar que os terramotos eram originados pelo movimento das placas téctonicas.Afinal é porque o planeta anda desgostoso.

Anónimo disse...

Pois, o planeta anda desgostoso com tanta ignorância e tanta graçola também!!!

Anónimo disse...

A percepção dos sismos depende dos pontos de vista de cada. No norte alentejano são raros mas a cada poucos anos sinte-se pelo menos um no Algarve e em sítios como os Açores é um evento semanal. Provavelmente açorianos que estivessem no Alentejo nessa altura nem pararam o que quer que estivessem a fazer. Não é o fim do mundo, é uma coisa perfeitamente natural.

Para quem gosta de história sugiro pegar num livro ou site sobre o tema, escolher um ano ou década qualquer ao calhas e contar as grandes catástrofes do período.

Para cinéfilos sugiro rever os grandes filmes catástrofe dos anos 70, muitos, variados, bem melhores que estes modernos cheios de efeitos especiais e bastante tranquilizadores.