Precoce ou prudente?

Precoce ou prudente? Esta é a questão que muito provavelmente passa pela cabeça dos Suíços nos dias que correm.
O governo suíço pôs à venda preservativos mais pequenos para crianças entre os 12 e os 14 anos. Chamaram-lhes HotShot.
Segundo o Governo Suíço, estes preservativos, os Hotshot, nasceram depois de uma investigação que detectou que os jovens desta idade não estão suficientemente protegidos ao utilizar preservativos para adultos.
De uma investigação feita aos jovens deste país, a maioria dos 1480 inquiridos e com idades entre os 10 e os 20 anos disseram que mantêm relações sexuais.

Estes preservativos "especiais" vão ser colocados à venda e dada caixa de seis preservativos custará cinco euros.
Depois deste arranque pioneiro da Suíça, a empresa fabricante dos preservativos já pensa em alargar o negócio e já anunciou que o Reino Unido o próximo pais onde pretendem colocá-los à venda. A razão desta escolhe é mais ou menos óbvia se tivermos em conta que é um dos países com maior índice de relações sexuais entre adolescentes na Europa.

Pelo que pude ler e segundo alguém escreveu, um preservativo normal tem um diâmetro de 5,2 centímetros e estes novos HotShot têm apenas 4,5 cm. Claro que os mais "desenvolvidos" que se sintam apertados poderão sempre usar a "roupa" dos pais.
No entanto, apesar do diâmetro ser inferior, os HotShot também têm 19 centímetros de comprimento, à semelhança dos preservativos normais. Faz sentido. Quem é que ainda nunca comprou e/ou vestiu uma peça de roupa uns números acima e resolver um problema com umas dobras estratégicas?! Aqui é a mesma coisa.

Como comecei por escrever no início do texto, a questão que se coloca por estes dias na Suíça gira à volta de saber se esta é uma medida prudente ou algo precoce.
E se fosse em Portugal? Como será que nós, portugueses, iríamos encarar uma medida destas?
A questão central acredito que seria exactamente a mesma, saber se mais valeria prevenir que remediar ou se seria estarmos a pôr o carro à frente dos bois.

Posso sempre acabar por dar a minha modesta opinião.
Uma vez que os nossos jovens, pelo menos nestas coisas, já andam muito à frente e muitos deles mais depressa aprendem como dar uso ao aparelho reprodutor do que a tabuada do 9, não via nenhum inconveniente que uma medida destas fosse implementada por cá.

JP