Lei das 125. 6 meses depois

Já passou um pouco mais de 6 meses desde que a lei que ficou conhecida como a "Lei das 125" foi aprovada.
Para os que não estejam por dentro do tema, posso recordar que esta lei permite que possuidores da carta de condução de automóveis possam conduzir motas até 125 c.c..

Por outro lado, estão a completar-se quase 6 meses (faltam poucos dias) desde que aqui o JP, aproveitando esta lei, comprou a sua mota de 125 c.c. e se tornou num JP sobre 2 rodas.

Passados estes quase 6 meses, dá para fazer um pequeno balanço.
Excepção feita ao Inverno que se fez sentir este ano, que foi chuvoso como há muito não se via e limitou bastante os dias em que dava para andar de mota, a experiência tem sido óptima.
Porque em Lisboa circular de mota permite poupar tempo nas deslocações diárias entre casa e o trabalho e também porque andar de mota é bastante porreiro, pá!
Na minha fase da adolescência já tinha conduzido em mota de 50 c.c. e voltar a andar de mota dez lembrar esses tempos.

Mas pela impressão com que tenho ficado ao andar na estrada, parece que muitas mais pessoas, pelo menos aqui por estes lados, terão aderido a esta "moda".
Já andava com a sensação que o número de motas que se viam a circular tinha aumentado nos últimos tempos e isso confirmou-se com um artigo que li.
Segundo o artigo, que divulgava dados fornecidos pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), as vendas de motas entre os 50 e os 125 centímetros cúbicos, no mês de Fevereiro deste ano, registaram um crescimento de 388% comparativamente com o mesmo mês do ano passado. Ou seja, venderam-se quase quatro vezes mais motas que no mesmo período do ano passado.
E até me atrevo a dizer que só não se venderam mais por causa do mau tempo que se tem feito sentir. Por isso acredito que com a chegada do sol e do calor as vendas vão aumentar ainda mais.

O grande senão de andar de mota por estes lados são mesmo os buracos nas estradas. Para além de todos aqueles buracos que já incomodam quem anda de carro, andar de mota tem o grande inconveniente de nos tornarmos mais "sensíveis" aos buracos. Mesmo aqueles mais pequenos, dos quais nem nos apercebemos quando lá passamos de carro, quando se anda de mota sentem-se na perfeição e fazem toda a diferença.
Acho que o Sr. António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, devia investir algum dinheiro a tapar tantos buracos que há por aí.

Ainda assim, deixo a sugestão de comprar uma motita. É muito agradável, nem que seja para dar uma voltinha ao fim-de-semana. ;o)

JP