Propositadamente no nosso roteiro da semana passada não incluímos uma paragem no que é o ex-libris elvense.
Apesar de estar intimamente ligado à temática das fontes de Elvas uma vez que foi através dele que se garantiu o abastecimento de água à cidade, pareceu-me que o Aqueduto da Amoreira por si só mereceria um passeio mais detalhado.
É a obra mais importante da arquitectura elvense tendo sido edificado com o esforço e sacrifício de todos os que, durante décadas, contribuíram para a sua construção.
Foi o monarca D. Manuel I quem criou o imposto a que chamaram Real d’Água que incidia sobre o consumo de cada canada, arrátel ou outra unidade de compra de carne, bebidas alcoólicas e fermentadas, arroz descascado, vinagre e azeite de oliveira.
Pretendia-se inicialmente juntar dinheiro para as obras que se impunham no Poço de Alcalá que abastecia a povoação, mas as mesmas resultaram insuficientes face ao aumento populacional e em 1537 o arquitecto Francisco de Arruda foi designado para executar a obra de um novo aqueduto em Elvas custeado pela população.
No entanto, a água só correria pelo aqueduto em 1620, ou seja, oitenta e três anos depois, confirmando a grandiosidade da obra e as dificuldades que à data se foram colocando. Mais uma vez o espírito de sacrifício dos elvenses foi notório, ao suportarem impostos cada vez mais elevados à medida que a obra avançava e exigia cada vez maior investimento.
As obras foram suspensas algumas vezes por falta de verbas ou por questões políticas, assistiu ao poder luso, mas também ao poder castelhano sob a face dos Filipes e atravessou gerações. Muitos foram os que contribuíram afincadamente para a sua concretização e que não chegaram a ver de pé o Aqueduto que hoje identifica a cidade.
É uma obra grandiosa, orgulho dos elvenses, deslumbrando todos os que por aqui passam.
Estende-se por oito quilómetros, desde o Chafariz d’El Rei até ao centro histórico da cidade. É formado por um conjunto de diversas galerias, algumas subterrâneas, apresentando exteriormente quatro arcadas sobrepostas, apoiadas em pilares quadrangulares e fortalecidas por contrafortes semi-circulares, atingindo trinta e um metros de altura.
Do seu curriculum consta ainda a classificação de Monumento Nacional atribuída pelo IPPAR em 1910.
Imponente, hão-de concordar!
São Mais Dualidades!!!
NP
EU HOJE SOU...
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Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
5 comentários:
Amizade!!!
ESPECTÁCULO!!!!
Essas "subterrâneas, podem-se visitar? Não sabia.
Gostava de ver isso!
Outra visita guiada?
:)
Depois das férias, ou de um fds fora, voltar a Elvas e dar logo com o Aqueduto, faz-me sentir "em casa"! Sem dúvida é a referência da cidade!!!
Jinhos,
MS
Grandioso!
Falam, falam mas visitas guiadas nada!!
Quem é que fica de organizar ???
A pedido do Nuno Pires reforço a ideia que quem trabalha numa agência de viagens é que deve organizar estas visitas guiadas!
O mail anterior era pouco esclarecedor e este não deixa margem para dúvidas!
Pq é k o Sr. Undertaker, não mete a cunha ao NP, para ele organizar a visita?
Assim, não sou só eu a pedir!
Quem faz a visita guiada é quem conhece o patrimonio. O NP já deu mostras de o conhecer!
Percebeu?
:)
Jinhos,
MS
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