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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tragédia na Madeira

A força da natureza voltou a manifestar-se e, como habitualmente, fez-nos pensar na nossa pequenez e na nossa impotência relativamente à sua vontade.

Pode parecer mania minha, mas ultimamente tem-se verificado um maior número de catástrofes causadas por fenómenos meteorológicos, o que me faz pensar que advêm das alterações climáticas. Há poucas semanas Portugal abanou com um forte sismo e este sábado chuvas intensas na ilha da Madeira já causaram mais de quatro dezenas de mortos, cem feridos e quase duzentos e cinquenta desalojados.

Não conheço o arquipélago, mas impressionaram-me as imagens de destruição que ontem passaram repetidas vezes nos diversos noticiários. A força da água arrastou vidas, casas, objectos…tudo sem excepção, não deixando pedra sobre pedra.

Ainda a semana passada o Funchal vivia alegre mais uma edição do seu famoso Carnaval com Alberto João Jardim vestido de Vasco da Gama à procura de Portugal e oito dias depois abatem-se sobre o arquipélago fortes chuvadas que originam todo este pandemónio.

O Instituto de Meteorologia e Geofísica não foi capaz de prever a gravidade da situação, já se fala na ausência de um radar no arquipélago, mas verdade seja dita, o fenómeno não seria evitável, no entanto, poderiam ter-se salvo vidas humanas e isso já seria muito importante.

Os bens materiais voltarão a adquirir-se, as construções serão reerguidas, mas nada se poderá fazer em relação aos que perderam a vida e aos seus familiares que ficarão para sempre marcados pela tragédia.

Destaco pela positiva a capacidade de entendimento conseguida entre o Governo da República e o Governo Regional da Madeira em prole do interesse comum, atenuar e aliviar o sofrimento dos que directamente foram atingidos pela catástrofe.

Não podemos também esquecer-nos que grande parte das comunicações da ilha estão cortadas e que há povoações isoladas...

Começam a surgir as primeiras vozes solidárias. Cristiano Ronaldo, a estilista Fátima Lopes e Joe Berardo também vieram a público manifestar o seu pesar pelos acontecimentos. Considero que os três podem ser importantes no processo de angariação de fundos para ajudar a reconstrução do que a força da água arrastou, atendendo à sua elevada notoriedade.

Mais uma vez entre todos será mais fácil. E somos um povo muito solidário. Se ainda há pouco nos condoíamos com a desgraça vivida pelos haitianos, agora que a infelicidade nos toca muito mais perto, estaremos por certo juntos para dar uma resposta positiva.

São Mais Dualidades...infelizmente muito tristes!
NP

1 comentário:

Dualidades JP disse...

Até faz impressão ver aquelas imagens. O Funchal parecia uma cidade em guerra que tinha sido bombardeada.