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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

100 anos de República

Este ano vai ser um ano de parabéns. A República portuguesa vai comemorar os 100 anos.
Oficialmente, começaram ontem as comemorações dos 100 anos da República. Com os protestos dos clientes do BPP pelo meio, que continuam ser ver a solução para o seu problema à vista, as comemorações tiveram início com os discursos das mais altas entidades do país.

Após estes quase 100 anos a nossa República tem problemas e por isso há muitos que reclamam o regresso à Monarquia. Quanto a mim, não vejo que esse regresso ao passado pudesse servir para resolver quaisquer dos problemas de que a República apresenta. Acho até que a Monarquia iria trazer um outro grande problema. Provavelmente o D. Duarte de Bragança seria o rei. Cruzes, canhoto.

Para marcar este dia aqui no Dualidades, lembrei-me de trazer um pouco de história, sobre a nossa República. Para saber ou relembrar.

"Na noite de 4 para 5 de Outubro de 1910 eclodiu em Lisboa um movimento revolucionário, que culminaria com a proclamação da República em Portugal. O rei D. Manuel 2º, que nessa noite oferecera um banquete em honra do Presidente da República do Brasil (Dr. Afonso Pena), no Palácio das Necessidades (hoje Ministério dos Negócios Estrangeiros). Foi aí que o monarca português foi surpreendido pelo inesperado acontecimento. Enquanto o ilustre visitante, assustado com o tiroteio, corria a refugiar-se no seu navio São Paulo, o rei permaneceu no palácio, procurando entrar em contacto com o seu Governo. Foi então que soube que diversos regimentos, entre eles o de Artilharia 1, tinham aderido já ao movimento. No Regimento de Infantaria 16, havia também alguns aderentes que, abrindo as portas aos civis e matando o coronel Pedro Celestino da Costa e o capitão Barros, acabaram por sair para a rua, dando vivas à república, e dirigindo-se a Artilharia 1, onde o povo também entrara. Este regimento fora o centro da revolução, que se estendia agora ao Bairro de Alcântara. Um grupo de civis, dirigiu-se para o Quartel da Marinha, quase em frente do Palácio das Necessidades, onde os marinheiros aguardavam os civis, tendo o comandante do corpo de marinheiros sido ferido, ao tentar baldadamente evitar a rebelião. Entretanto, os membros da comissão revolucionária estavam reunidos em casa de Inocêncio Camacho. A revolução estalava por todos os lados, tanto nos regimentos como na rua. Muitos civis armados batiam-se corajosamente. Do lado do Governo, tudo era indecisões, não tomando medidas concretas. Apenas o capitão Paiva Couceiro, com os seus soldados, aparecia a dar combate aos revoltosos. O tiroteio continuava, cada vez mais vivo. O Governo, desorientado, pediu pelo telefone a D. Manuel 2º que retirasse para Mafra, onde se lhe juntou, no dia seguinte, a rainha-mãe, D. Amélia de Orleans e Bragança, que estava no Palácio da Pena, em Sintra. Às duas horas da tarde, chegou a Mafra a notícia da proclamação da República em Lisboa e a constituição do governo provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga. A revolução republicana triunfara. A Família Real dirigiu-se para a Ericeira e embarcou para Gibraltar onde um barco de guerra inglês os transportou até ao exílio, em Inglaterra.
A revolução correu todo o País e, dentro em pouco, sem grandes resistências, a República era proclamada em todas as capitais de distrito."


Para os mais interessados em história, podem ler o resto aqui.

Boa semana.

JP

3 comentários:

JPS disse...

Sairam uns parasitas, entraram outros ...

Anónimo disse...

FAZ FALTA UM SALAZAR PARA POR ESTE PAÍS NA ORDEM.

JPS disse...

Esse então não era um parasita, era um cancro !!!