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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Madeira mantém-se igual...

35 anos passaram desde que a tão ansiada democracia tomou conta de Portugal, mas muitas vezes temos dúvidas de que assim seja...

Ontem a região autónoma da Madeira foi a votos e mais uma vez Alberto João Jardim levou a melhor, apesar de todas as notícias que vieram a público nas últimas semanas.

As tiradas do líder madeirense, as respostas na ponta da língua, plenas de ironia e a frontalidade capaz de chocar até os mais tolerantes, ocupou jornais e noticiários televisivos numa estranha impunidade e numa arrogância despropositada para quem conduziu as contas do arquipélago para o abismo e manchou ainda mais a credibilidade nacional aos olhos dos investidores e parceiros europeus.

Nenhum de nós esperava que, mesmo assim, os cidadãos madeirenses fossem capazes de uma reviravolta... há muitos interesses em jogo e infelizmente muitas famílias dependem do governo regional. Acredito que a tirania do líder amedronte e intimide os cidadãos numa situação incomportável para o século XXI e para um estado de direito.

Apesar do valor da abstenção ser considerável, o PSD consegue a maioria absoluta mesmo à risca, podendo liderar os destinos do arquipélago por mais quatro anos.

Foram mais de 48% os que quiseram continuar com as politicas que conhecem há mais de três décadas, que construiu estradas, pontes, infra-estruturou a ilha, mas que constituiu um buraco financeiro que tornará ainda mais complicados a vida dos madeirenses.

As medidas de austeridade a impor no futuro ainda não foram divulgadas, certamente serão do conhecimento dos interessados nas próximas semanas e por certo não serão do agrado da larga maioria dos tais 48%... nem dos outros, mas é inevitável.

O CDS foi o grande vencedor da noite quadruplicando a sua votação e conseguindo nove dos quarenta e cinco deputados regionais.

O PS é que continua sem convencer e o resultado fica muito aquém do esperado.

A polémica ocupou a actualidade nacional nos últimos dias e mesmo em dia eleitoral pairaram no ar as irregularidades no transporte de votantes e na manipulação de resultados. Mas a culpa morre solteira como sempre neste país...e a impunidade impera forçando-nos a não acreditar nas instituições nem na justiça...

Lastimável...

São Mais Dualidades!!!
NP

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