Pastelaria low-cost

As crises trazem muito de mau mas também suscitam a que se puxe pela imaginação para descobrir ou inventar novas oportunidades de sucesso.
Talvez por isso, a crise (ou crises) que nos têm "assistido" nos últimos anos têm feito muitos puxar pela imaginação para tentar dar uma volta à vida.
No meio disto tudo, um conceito que tem ganho cada vez mais expressão entre nós tem sido o de "low-cost". Desde as companhias aéreas até aos hotéis, passando pelos funerais, os ramos onde o conceito tem entrado são cada vez mais.

E agora, pelo menos por cá, apareceu em mais um. Desta vez foi o ramo das pastelarias. Foi ontem inaugurada a primeira pastelaria low-cost em Portugal. Foi no centro de Oliveira de Azeméis que a "Low-Costa.Come" abriu portas ao público.
Esta pastelaria "diferente" propõe-se, como a designação indica, vender a baixo custo todos os produtos fabricados por alunos que lá mesmo têm aulas de Pastelaria e Panificação.

"O projecto resulta de uma ideia do professor Paulo Costa, que, leccionando nesse estabelecimento comercial 18 horas práticas semanais do Curso de Educação e Formação em Pastelaria e Panificação, decidiu não desperdiçar a produção dos alunos dessas duas turmas da Escola Secundária Ferreira de Castro".

Segundo palavras do professor Paulo Costa, "a pastelaria estava fechada e sem utilização, mas passou a funcionar como local das aulas práticas e decidimos que o melhor era também a usar para pôr à venda todos os pastéis que aqui vão ser feitos ao longo do curso".

"Referindo que o projecto envolve várias parcerias com outras entidades locais, nomeadamente ao nível da cedência de equipamento industrial para produção em quantidade, Paulo Costa acredita que a população saberá aproveitar esta oferta, porque, em tempos de crise, não é coisa pouca comprar bolos a metade do preço que eles custam noutros sítios".

E parece que será mesmo assim, pois, a título de exemplo, croissants e outros bolos irão custar 40 cêntimos, bem com o café. Já o pão, será vendido a 7 cêntimos e os rissóis e outros salgados irão custar 50 cêntimos. Bolos de aniversário serão cobrados ao preço de 5,999 euros o quilo.

A economia nos custos, para além da mão-de-obra mais barato dos pasteleiros, irá assentar também em outros pontos. Serviço de mesa não existirá. Os clientes terão de ir ao balcão fazer os seus pedidos e transportá-los para as mesas, para não haver necessidade de empregados de mesa.
Os copos e pratos serão de papel, para não ser necessário contratar pessoal para lavar a loiça.

Para terminar, apenas dizer que para assinalar a inauguração da pastelaria foram distribuídos gratuitamente 5 mil pasteis de nata, a oferecer a todos aqueles que se lá deslocassem com um dos panfletos promocionais que foram distribuídos pela cidade.

JP