Oito e Oitenta (#164)

Oito – Região autónoma da Madeira

O país viveu momentos difíceis de aperto de cinto e medidas de austeridade que prometem não tornar brando o ano de 2012.

Enquanto isso, as noticias que nos chegam da região autónoma da Madeira também não nos tranquilizam. As contas públicas do arquipélago estão de pernas para o ar e, nestas alturas, o governo da Republica é sempre chamado a apagar os fogos criados por outros.
Mas, com que recursos age esse mesmo governo? Com o dinheiro dos contribuintes, os da Madeira e os do Continente também.

Estas coisas fazem muita confusão a cabeça de um alentejano como eu que, apenas tem memoria de ver desaparecerem valências a sua volta sempre sob a desculpa de redução de custos e racionalização de investimentos como se, os que aqui estamos, sejamos menos portugueses ou de uma categoria inferior.

Senhores do Governo, do Governo Regional e outros que tais, tenham vergonha na cara e não gozem com a cara de quem, a custa do seu trabalho e do seu suor, paga impostos, cria riqueza e movimenta a economia, contrariando as mares de ma de gestão e oportunismo que a todos vos tem pautado.


Oitenta – Linha de mercadorias

Acredito que pressionado pelo vizinho governo espanhol, Passos Coelho e o seu sequito vem anunciar um investimento na linha de mercadorias que une o porto de Sines a fronteira do Caia, com passagem pela capital da região, Évora.

Esta medida é anunciada como compensação ao TGV que, todos concordamos, ser um projecto megalómano e desajustado da situação económico-financeira do país.

Contudo, para quem vive no tal interior esquecido e ostracizado, é positivo perceber que, através das melhorias que poderão ser realizadas, talvez nasça no Caia, quer seja do lado português ou espanhol, a tão falada plataforma logística multimodal que crie riqueza, postos de trabalho e salve a região do abismo.

Conforme anunciado, com a realização das obras anunciadas a ligação passara de oito a quatro horas e meia, com evidentes benefícios para os empresários que usufruam deste transporte seguro, funcional e agora mais rápido.

Ficamos a torcer para que o projecto saia do papel e possa ser uma realidade para beneficio do concelho, do distrito e do Alentejo.

São Mais Dualidades!!!
NP