De há uns anos para cá tem-se acentuado o surgimento e o ganhar "peso" de uma nova "época" na vida dos portugueses. Começa logo imediatamente após o Natal e consegue juntar o entusiasmo de quase tantos como esta festividade santa.
Refiro-me à época das promoções. Oficialmente não são saldos, chamam-lhe promoções, porque as contingências da lei a isso obrigam, e conseguimos vê-las nas montras da grande maioria das lojas, logo a começar no dia 26 de Dezembro, assim que a nossa mente deixa para trás o Natal e começa a focar-se no ano novo.
Nos últimos anos, com todas as crises que por aí têm andado, que têm provocado diminuição do poder de compra das pessoas e consequentemente menos vendas por parte das lojas nas épocas normais, elas aproveitam estas ocasiões para "obrigar" as pessoas a gastarem o que têm e às vezes o que não têm. Maravilhas do crédito.
Parece um contra-censo, mas é verdade. Por vezes damos por nós sem perceber como é que havendo menos dinheiro, se gasta mais e se fazem mais levantamentos de multibanco e mais pagamentos, como foi noticiado nos meios de comunicação social, dias antes do Natal. Este ano voltámos a bater recordes!
Será que o aumento do IVA que aí vem, já na próxima semana, justifica tudo?! Humm...
Mas voltando à minha ideia inicial, creio que é indesmentível para toda a gente que mal o dia de Natal faz parte do passado começa a loucura dos saldos. Perdão, das promoções. Que os saldos vêm umas semanas depois.
Vemos as montras das lojas e os saldos, perdão, as promoções, vão desde 20%, 30% até 60% ou 70%. Muitas vezes os saldos já nada de novo trazem. Quando chegam, já tudo foi "promocionado".
E nós, os portugueses, parece que mesmo tendo menos dinheiro na carteira respondemos ao apelo e lá vamos nós comprar com descontos. Rapar aqueles euritos que sobreviveram às compras de Natal e "investi-los" a comprar aquela peça de roupa ou outro fetiche que tanto queríamos mas ninguém no-los ofereceu no Natal. Imperdoável.
É bem verdade que não chegamos (ainda) a loucuras semelhantes a outros países, que por vezes temos oportunidade de ver na televisão. Pessoas que vão de véspera para a porta das lojas, que lá se amontoam e empurram com o único objectivo de entrarem a correr por lá a dentro assim que as portas abrirem e serem os primeiros a comprarem qualquer coisa que talvez nem precisassem, simplesmente porque está mais barato que no dia anterior.
Português gosta de saldos, perdão, promoções, mas ordeiramente. Pronto, é verdade, há sempre algumas excepções. Servem para confirmar a regra. E não estou só a pensar na Media Markt de Alfragide à meia-noite.
Mas com esta época que vai ganhando força entre o Natal e o ano novo, com os preços a caírem consideravelmente, em que um produto que compramos dois dias antes e nos custou os olhos da cara está agora a metade do preço, começo seriamente a ponderar a hipótese de assinar um protocolo com os meus familiares e amigos com direito a prendas de Natal para que essa troca de prendas passe do dia 24 para o dia 26. Olha que não é mau pensado, não senhor. ;)
JP
EU HOJE SOU...
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Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos
bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no
hos...
Há 2 meses
2 comentários:
A crise: http://economico.sapo.pt/noticias/portugueses-gastaram-mais-100-milhoes-neste-natal-face-a-2009_107619.html
Olha o dinheirinho que eu te poupei :o)))
Eu cá já andava enlouquecida com as compras no Natal. Agora que começou os saldos, bem ... vou continuar enlouquecida! :o))
Mas a culpa não é minha não senhor!!! É de quem me coloca em projectos à porta dos centros comerciais numa altura de Saldos :o))
Enfim, haja saúde ;o)
Beijinhos e não te esqueças de enfeirar qq coisinha para a Mimi :o))
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